Pinto da Costa suspenso por 90 dias e multado em mais de 11 mil euros

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O presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa

O presidente do FC Porto foi castigado, esta terça-feira, com 90 dias de suspensão pelo Conselho de Disciplina, no seguimento de um editorial onde criticou a influência das arbitragens na Primeira Liga.

Pinto da Costa foi castigado com 90 dias de suspensão pelo Conselho de Disciplina devido a um editorial na Revista Dragões no qual critica as arbitragens. O presidente do FC Porto terá ainda de pagar uma multa de 11.480 euros.

“Infelizmente, parece que por vezes é mais fácil para o FC Porto ter êxito nas competições europeias, frente a rivais mais difíceis, do que em Portugal, onde muitas vezes os adversários vestem de preto, andam com um apito ou estão sentados em frente a ecrãs de televisão”, lê-se no editorial citado pelo Observador.

“Triste o país onde abundam as paixões vermelhas e os pinheiros pouco iluminados, sempre disponíveis a subverter para classificação do campeonato, como agora o fizeram, demonstrando que o crime compensa e que não há camião de coação que não continue a dar resultados”, escreveu o presidente dos azuis e brancos na edição de maio da revista.

Além do editorial, Pinto da Costa também deixou duras críticas à influência dos árbitros e do VAR, numa entrevista ao jornal desportivo O Jogo.

“Não se pode dizer que tivemos sete pontos de avanço ou quatro ou dez. Em termos de resultados, chegámos ao momento crucial, depois do FC Porto-Benfica, com dois pontos de atraso. Esta reta final defino-a da seguinte forma: o FC Porto teve um empate anormal em Vila do Conde porque dois penáltis claríssimos não foram marcados. Houve influência direta da arbitragem e do VAR nesse empate.

“Depois do clássico, o Campeonato decidiu-se em três sítios: Vila da Feira, Braga e Vila do Conde. São três jogos onde ainda gostava de saber quem, a partir daí, foi buscar os padres à sacristia?”, questionou.

“O Conselho de Arbitragem – e bem – chega à época passada e verificou que havia árbitros que não tinham as mínimas condições para apitar. O senhor Bruno Paixão e o senhor Bruno Esteves deixaram de apitar e, para estarem calados e não protestarem, meteram-nos no VAR. Um indivíduo que não tem categoria – e eles é que o decidiram – para arbitrar, não pode ter categoria para ir para o VAR”, disse ainda.

“No Feirense-Benfica, quando tocou a reunir, quem foram os intervenientes? O senhor João Pinheiro, que toda a gente conhece do seu envolvimentos nos emails. Foram ressuscitá-lo para esse jogo e tiveram a peregrina ideia de ressuscitar o senhor Bruno Paixão para o VAR, tendo influência direta ao anular o golo limpo do Feirense e ao inventar um penálti que deu a vitória ao Benfica”, cita o jornal online.

O castigo agora anunciado acontece no seguimento das queixas do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol e da Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol.

Em nota informativa publicada no site do FC Porto, Pinto da Costa considera a decisão do CD “injusta e atentatória do direito à liberdade de expressão” e anunciou que vai recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) da decisão do Conselho de Disciplina.

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