O FC Porto recebeu e venceu o Vitória de Guimarães por 3-0. A formação portista beneficiou da expulsão de Edmond Tapsoba logo aos 45 segundos para dominar desde cedo os acontecimentos, mas não evitou totalmente as subidas perigosas da formação visitante.
Ao invés, sentiu algumas dificuldades para criar perigo, marcando os dois últimos golos bem perto do final do encontro, quando os minhotos jogavam com apenas nove elementos. Moussa Marega e Iván Marcano marcaram os golos.
O jogo explicado em números
- Logo aos 45 segundos, o árbitro mostrou cartão vermelho directo ao central Tapsoba, por falta sobre Moussa Marega. O Vitória pareceu, logo a seguir, não acusar muito a inferioridade numérica, mas na primeira vez que a bola chegou em condições à área minhota, o Porto marcou.
- Marega recolheu a bola, tirou um adversário da frente e rematou sem hipóteses para Miguel Silva. Um golo que surgiu ao segundo remate portista, primeiro enquadrado, numa fase em que os da casa registavam 58% de posse de bola e 90% de eficácia de passe.
- Em superioridade numérica, os “dragões” iam dominando os acontecimentos, com 65% de posse de bola e 92% de eficácia de passe à chegada da meia-hora, mas de resto pouco se notava essa vantagem. O Porto somava apenas mais um remate que os vimaranenses (3-2, um enquadrado para cada) e somente três acções com bola na área contrária, duas por Marega, uma por Iván Marcano.
- Marega, com um golo, somente dois passes e dois dribles eficazes em 11 acções com bola, ia-se destacando nos ratings, com 6.6, sendo que Davidson (nesta partida como homem mais adiantado do Vitória) registava 5.9, com uma acção flagrante criada, desperdiçada por Rochinha perante Marchesín.
- Jogo morno no Dragão, condicionado desde cedo pela expulsão de Tapsoba aos 45 segundos.
- O Vitória teve de mudar a sua estratégia, mas não se deixou dominar de forma clara, criando perigo e limitando as incursões portistas junto da sua grande área.
- O golo de Marega aconteceu numa das poucas jogadas de perigo dos homens da casa no primeiro tempo, com Rochinha a ter nos pés a outra ocasião flagrante do desafio.
- O melhor nesta primeira parte foi mesmo Marega, com um GoalPoint Rating de 6.5, ele que completou, igualmente, as duas tentativas de drible.
- Os primeiros 15 minutos do segundo tempo tiveram a mesma toada da primeira parte, com mais Porto (66% de posse), qualidade no passe (94% de eficácia), mas somente dois disparos, desenquadrados.
- Os vimaranenses começaram a sentir mais dificuldades para subir no terreno, cada vez mais empurrados pelo Porto, e à passagem dos 70 minutos somavam somente dois disparos, um enquadrado, e 33% de posse bola. A eficácia de passe descera para 70%, mas os pontapés de canto começaram a surgir com mais regularidade (4).
- Qualquer veleidade minhota de tentar chegar ao empate sofreu um golpe fatal aos 79 minutos, altura em que Davidson viu o segundo cartão amarelo, por protestos, e deixou a sua equipa reduzida a nove elementos. O brasileiro estava a ser a melhor unidade da sua equipa.
- Até que o segundo golo acabou por surgir aos 88 minutos. Luis Díaz rematou, Miguel Silva não segurou a bola e Iván Marcano, oportuno, surgiu a empurrar para o fundo da baliza. Um tento ao 17º disparo portista na partida, nono enquadrado. E o 3-0 apareceu nos descontos, com Marega a finalizar perante o guardião vimaranense.
O melhor em campo GoalPoint
Excelente jogo do maliano Marega, pela eficácia demonstrada no ataque. O avançado marcou dois golos e foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.3. Marega fez cinco remates, todos enquadrados, e completou as duas únicas tentativas de drible.
É certo que falhou três dos 12 passes que realizou, mas registou uma entrega para finalização. A sua nota poderia ter sido ainda mais elevada, caso não tivesse desperdiçado uma ocasião flagrante de golo.
Jogadores em foco
- Iván Marcano 7.2 – Belo jogo do central espanhol, em especial nos momentos ofensivos, pois na retaguarda não teve muito trabalho na sua zona de acção. Marcano fez um golo no único remate enquadrado que conseguiu, mas terminou com quatro disparos (três de cabeça), um deles ao ferro. Foi ainda o jogador com mais acções com bola (101).
- Jesús Corona 7.0 – O mexicano está a cimentar cada vez mais o seu lugar a lateral-direito, tendo registado o terceiro rating mais elevado. Para além de uma assistência, Corona fez quatro passes para finalização, teve eficácia em seis de sete cruzamentos e completou três de seis tentativas de drible.
- Alex Telles 6.9 – O lateral-esquerdo portista teve muito espaço para atacar e fê-lo com qualidade, tendo criado duas ocasiões flagrantes de golo em quatro passes para finalização.
- Danilo Pereira 6.6 – O “trinco” esteve muito certo no seu jogo, terminando com uma eficácia de passe de 89% e cinco recuperações de posse. Mas teve liberdade para arriscar o drible, tendo sucesso nas duas tentativas.
- Agustín Marchesín 6.2 – Apesar de ter estado o jogo todo em superioridade numérica, o Porto não evitou, ainda assim, que os vimaranenses criassem alguns lances de perigo, e quando tal aconteceu, o argentino esteve bem, com quatro defesas, todas a remates na sua grande área, uma a disparo ao ângulo.
- Falaye Sacko 5.5 – O lateral-direito foi o melhor dos homens de Guimarães. Apesar das dificuldades da sua equipa, o maliano nunca deixou de atacar, registando dois passes para finalização, sete recuperações de posse e nove acções defensivas.
Resumo
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