Braga 0-4 Benfica | Goleada com duas ofertas minhotas

O Benfica voltou às vitórias no campeonato, e de forma categórica. Após a derrota caseira frente ao FC Porto, os “encarnados” responderam com uma goleada por 4-0 no terreno do Sporting de Braga, com Pizzi em destaque ao marcar os dois golos inaugurais da sua equipa, o primeiro de grande penalidade.

Bruno Viana e Ricardo Esgaio contribuíram de forma acidental para o descalabro com autogolos, numa noite de má memória para os “arsenalista”, que voltaram a ficar aquém das expectativas frente a um dos “grandes”.

O jogo explicado em números

  • Início de partida disputado a um ritmo baixo, com dois remates, um para cada lado, ambos desenquadrados. Como se esperava, o Benfica entrou em campo disposto a mandar, chegando ao primeiro quarto-de-hora com 57% de posse e 89% de eficácia na distribuição (81% para o adversário).
  • O marcador sofreu a sua primeira alteração aos 25 minutos, numa grande penalidade convertida por Pizzi após falta de Hassan sobre Florentino Luís. Quarto golo no campeonato para o médio português, que abria a contagem ao quarto remate do Benfica, o segundo à baliza.
  • Volvidos 30 minutos desde o início da partida, o Braga continuava sem rematar à baliza de Vlachodimos. A sua unidade mais ofensiva, o egípcio Hassan, levava apenas oito acções com bola e três passes, tendo ainda perdido os cinco duelos disputados até então.
  • Ainda antes do intervalo houve tempo para duas ocasiões flagrantes desperdiçadas, uma para cada lado. Primeiro foi Ricardo Horta, que atirou ao poste após receber uma bola longa nas costas da defesa “encarnada”.
  • Pouco depois, Seferovic rematou ao lado apenas com Mattheus pela frente, depois de um excelente passe de Raúl de Tomás, que já levava duas ocasiões de perigo criadas.
  • Vantagem justa por parte do Benfica no final dos primeiros 45 minutos.
  • A equipa “encarnada” esteve por cima praticamente desde o apito inicial frente a um Braga que, à excepção do remate de André Horta ao poste, demonstrou grandes dificuldades para se soltar das marcações adversárias e dar largas à sua criatividade.
  • Florentino Luís surgia destacado nos GoalPoint Ratings, com nota 6.9, somando à grande penalidade sofrida nove acções defensivas, apenas dois passes falhados em 25 tentativas e cinco duelos ganhos em sete disputados.
  • Ainda mal a bola rolava na segunda parte e já o Benfica festejava novo golo. Aos 47 minutos, Pizzi bisou na partida após cruzamento rasteiro de André Almeida, que disputava a sua primeira partida da época. Quatro minutos depois surgiu o 3-0 num autogolo de Bruno Viana, que tentava tirar a bola do caminho de Raúl de Tomás quando este se preparava para rematar.
  • O primeiro disparo do Braga à baliza surgiu aos 54 minutos, numa “bomba” de Murilo que obrigou Vlachodimos a uma excelente defesa. Apesar do resultado dilatado, os “arsenalistas” não baixavam os braços, chegando ao minuto 60 com 58% de posse e 84% de eficácia de passe – números bastante superiores aos apresentados pela equipa no primeiro tempo.
  • O resultado ficou ainda mais dilatado aos 73 minutos. Jota, acabado de entrar, cruzou rasteiro para o centro da área, onde Esgaio acabou por colocar a bola dentro da sua baliza ao tentar impedir o remate de Seferovic. Nesta altura, o Benfica tinha mais golos do que remates no decorrer da segunda parte.
  • Sequeira esteve no melhor e no pior do Braga. A cinco minutos do final da partida, o lateral “arsenalista” levava duas situações de perigo criadas e vencera 12 duelos em 15, mas ainda não tinha acertado nenhum cruzamento após cinco tentativas e levava 28 perdas de posse – o dobro de qualquer outro jogador da sua equipa.

O melhor em campo GoalPoint

Noite em alta para Florentino Luís. Após ter estado ligado ao 1-0, ao sofrer a grande penalidade convertida por Pizzi, o médio-defensivo foi um autêntico rochedo na Pedreira, contabilizando 15 acções defensivas, entre as quais cinco desarmes e quatro intercepções.

Para além disso, recuperou nove vezes a bola, falhou apenas dois passes em 50 tentativas e venceu oito dos dez duelos que disputou. Tudo somado, o jogador do Benfica deixa Braga com nota 7.8 nos GoalPoint Ratings, a mais alta da noite.

Jogadores em foco

  • Raúl de Tomás 7.3 – Foi um dos mais rematadores (três disparos, dois deles à baliza), mas deu sobretudo nas vistas com as duas ocasiões flagrantes que criou. Falhou apenas um passe em 14 tentativas.
  • Rafa Silva 7.3 – Não marcou nem assistiu, mas foi uma verdadeira dor de cabeça para a equipa adversária. Sofreu quatro faltas, uma delas em zona de perigo, e arrancou cinco dribles, três dos quais no último terço. Recuperou ainda oito vezes a posse e contribuiu com seis acções defensivas.
  • Nuno Sequeira 6.5 – Foi o jogador com mais acções com bola (95), mas nem sempre decidiu bem. Errou 15 passes, perdeu 28 vezes a bola não acertou nenhum dos seus cinco cruzamentos. Pela positiva, fez um corte decisivo, somou cinco dribles eficazes e sofreu cinco faltas.
  • Haris Seferovic 5.4 – Fez três remates, todos eles desenquadrados, acabando por desperdiçar duas ocasiões flagrantes. Contabilizou três desarmes e errou sete passes em 16 tentativas.
  • Trincão 4.9 – O jovem atacante acabou por mexer com o jogo ofensivo minhoto, desperdiçando uma ocasião flagrante. Nos 21 minutos em que esteve em campo acertou os nove passes que realizou e arrancou dois dribles, ambos no último terço do terreno.
  • Hassan 3.5 – Noite para esquecer. O egípcio cometeu uma grande penalidade, sofreu dois desarmes e controlou mal a bola em duas ocasiões. Para além disso, teve apenas 12 acções com bola e fez somente seis passes. Acabou substituído ao intervalo.

Resumo

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