A seleção portuguesa venceu a Lituânia por 1-5 em jogo de apuramento para o Campeonato Europeu de 2020. A grande estrela da partida foi Cristiano Ronaldo, que apontou um “poker” e deixou (novamente) todos de queixo caído.
A partida não se estava a revelar nada fácil. Apesar de um golo madrugador de Cristiano Ronaldo, que converteu uma grande penalidade aos sete minutos, Portugal viria a sofrer golo 20 minutos depois. A seleção estava com dificuldades em perfurar o último terço do terreno e o empate segurou-se até ao apito para intervalo.
Com a seleção em dificuldades, era preciso que Ronaldo vestisse a capa de herói e voltasse a fazer das suas. O desejo dos portugueses foi cumprido e CR7 catapultou a equipa para a vitória. Com três golos marcados, a juntar ao primeiro apontado na primeira parte, o capitão português consumava, assim, um “poker”. A cereja no topo do bolo ficou à responsabilidade de William Carvalho, que já para lá da compensação fez o quinto tento.
Portugal venceu categoricamente a Lituânia e a imprensa internacional não deixou passar ao lado a exibição de Cristiano Ronaldo. “Contaremos aos nossos netos o que vimos de Cristiano”, escreveu o jornal espanhol AS; “Outro festival de Cristiano”, lê-se no jornal Marca; ou ainda “Ronaldo coloca Portugal no abrigo”, escreveu o L’Équipe, referindo-se à contribuição do capitão nacional – não só neste jogo, mas no jogo frente à Sérvia.
Com os quatro golos conseguidos na noite desta terça-feira, Ronaldo torna-se no primeiro jogador a conseguir dois “pokers” ao serviço da seleção. De acordo com o jornal A BOLA, só Eusébio, à Coreia do Norte, e Nuno Gomes, à Andorra, é que conseguiram marcar quatro golos num jogo.
Há ainda um outro recorde que caiu por terra: o maior número de golos em jogos de qualificação para o Euro. A marca, 23 golos tinha sido conseguida por Robbie Keane ao serviço da República da Irlanda.
Este fim de semana, quando CR7 tinha apenas 20 golos marcados em qualificações para o Euro, o antigo internacional irlandês fez mesmo um pedido a Ronaldo: “Acho que já tens demasiados recordes, Cristiano, deixa este“, escreveu Keane no seu Instagram.
Mas “demasiados recordes” não é coisa que exista para Ronaldo, e bastaram ao goleador português 79 minutos para responder ao “desafio” do antigo capitão da Irlanda e do Manchester United. O novo record é agora de 24 golos, e é mais um no palmarés de CR7.
De CR7 para CR700
Aliás, os quatro tentos de Ronaldo permitiram ao jogador superar os 700 golos na carreira. A Lituânia foi apenas a mais recente vítima de CR7, que soma já 603 tiros certeiros ao serviço de clubes, 93 pela seleção AA, três pelos sub-21, dois pela seleção olímpica e um pelos sub-20 – contabiliza o jornal Record.
“Para mim, é um orgulho representar a seleção. Estamos a passar por um bom momento, eu estou a passar por um bom momento, a equipa esteve bastante bem hoje, como esteve também frente à Sérvia”, disse o capitão da seleção lusa.
“Desfrutar deste momento, não só por ter marcado os golos, mas por ver o nível que a equipa tem demonstrado nos últimos anos. Estou muito feliz por isso”, frisou Ronaldo, que, no sábado, já tinha faturado, uma vez, no 4-2 na Sérvia.
Segundo o avançado luso, de 34 anos, Portugal já fez o mais difícil, com duas vitórias nesta jornada dupla, depois de ter começado a qualificação da pior forma, com empates caseiros face à Ucrânia, a zero, e à Sérvia, a um golo.
“Acho que o mais difícil foi feito, era ganhar na Sérvia. Hoje, também, por isso estamos mais perto do apuramento. Se ganharmos mais um dos jogos já é suficiente“, afirmou o número 7 luso, que foi substituído aos 79 minutos.
Ronaldo, que já foi eleito por cinco vezes o melhor jogador do mundo, é candidato, mais uma vez ao ‘The Best’ da FIFA, mas deixou claro que os prémios individuais não são o mais importante.
“Como digo sempre, não vivo o futebol pensando nos prémios individuais, mas obviamente que isso é uma consequência daquilo que ganhamos coletivamente. É bom, não vou mentir, mas não penso nisso. O importante era ajudar a seleção. Estou muito feliz e o que mais quero é continuar assim”, finalizou.
Quem também não escondeu a sua admiração foi o selecionador nacional. “É o melhor do Mundo. Isto foi a prova clara e inequívoca de que é o melhor do Mundo!“, disse Fernando Santos, no final da partida.
“Ganhámos porque somos e fomos melhores. São três pontos muito importantes, mas temos mais quatro finais para ganhar. Só assim vamos conseguir chegar ao final no primeiro lugar”, explicou o selecionador português, citado pelo Record.
Ainda assim, Santos assume a culpa nas dificuldades que a seleção teve na primeira parte. “Não estivemos bem em termos de organização e isso é culpa minha. Deixamos o jogo partir que era o que eles queriam para baterem a bola na frente. Criaram-nos problemas assim. Se tivéssemos feito na primeira parte o que fizemos na segunda tudo teria sido mais diferente”.
[sc name=”assina” by=”DC, ZAP” url=”” source=”Lusa”]
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