Paulo Ferreira: “Os jogadores, e falo também por mim, têm sempre desculpas”

Paulo Ferreira, que acompanha e faz tutoria aos jogadores emprestados pelo Chelsea, admite que às vezes tem de ser um pouco duro. Isto porque “os jogadores têm sempre desculpas”.

Seja uma coisa boa ou má, o Chelsea é uma equipa conhecida por emprestar bastantes jogadores. Só na última temporada foram 49 jogadores dos quadros dos “blues” que foram cedidos a outro clube. Para fazer o acompanhamento a estes jogadores, o Chelsea tem uma pessoa responsável e bem conhecido do público português: Paulo Ferreira.

Com uma passagem de sucesso no FC Porto, foi em Londres que Paulo Ferreira culminou e pôs um fim à sua carreira. Depois de pendurar as botas, o clube ofereceu-lhe o cargo pioneiro de Loan Player Technical Coach. Basicamente, o seu objetivo é fazer o acompanhamento aos jogadores emprestados numa situação mais próxima e garantir que tenham o máximo de minutos possíveis para que possam dar o salto para a equipa do Chelsea.

Tammy Abraham, Mason Mount e Fikayo Tomori são exemplos de sucesso do clube, que depois de estarem emprestados na época passada, voltaram em força e ganharam um lugar no onze.

Contudo, Paulo Ferreira admite que, por vezes, é necessário ser um pouco mais duro com os atletas. “Os jogadores, e falo também por mim, têm sempre desculpas. A culpa nunca nossa, é o treinador, o campo ou o não sei quê, há sempre qualquer coisa”, explicou.

Com muita experiência dentro das quatro linhas, o antigo internacional português não se deixa enganar. “É lógico que eles sabem que têm ao lado alguém com experiência, que passou por muita coisa e fica difícil eles quererem enganar. Quem já esteve ali sabe como é”, acrescentou, citado pela Tribuna Expresso.

A frontalidade e honestidade são duas características necessárias para exercer o seu cargo. “Dizer as coisas que têm de ser ditas, quer eles gostem, ou não. É a realidade e o que fazemos é por eles”, apontou.

Paulo Ferreira deixou ainda em aberto a possibilidade de seguir o rumo de muitos outros colegas seus e ingressar na carreira de treinador. “Via-me mais a começar como um adjunto, para trabalhar com um treinador com experiência e poder aprender o outro lado, que é totalmente diferente. É giro e algo que vejo a fazer no futuro, se for possível”.

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