Portugal 3 vs 0 Luxemburgo | Três passos rumo ao Euro

Portugal está cada vez mais próximo de garantir a presença no Euro 2020. Num jogo de sentido único no Estádio José Alvalade, os campeões da Europa venceram o Luxemburgo por 3-0, demonstrando uma superioridade inequívoca, apenas manchada pela menor eficácia no momento do remate, em especial no 1.º tempo.

No final, 22 disparos – 12 deles de fora da área -, dez enquadrados, um Bernardo Silva verdadeiramente endiabrado, um Cristiano Ronaldo a registar números incríveis no que toca ao remate e quatro portugueses com rating superior a 7.0. Segue-se a Ucrânia, segunda-feira, pelas 19h45.

O jogo explicado em números

  • Logo aos 15 minutos, João Félix, com tudo para marcar, rematou ao lado da baliza luxemburguesa, no lance mais perigoso da formação lusa até então. Portugal registava nesta fase 76% de posse de bola, quatro remates, só um deles enquadrado, e demorava a acontecer o primeiro golo… Mas este surgiu pouco depois, ao quinto disparo.
  • Aos 16, Nélson Semedo fugiu a grande velocidade pela direita e, à saída de Anthony Moris, o lateral do Barcelona serviu Bernardo Silva, que só teve de escolher para onde rematar, sem o guardião entre os postes, para fazer o 1-0
  • Como era esperado, a superioridade portuguesa era, à meia-hora de jogo, incontestada. Aos 72% de posse de bola juntavam-se três remates enquadrados em oito tentativas e 91% de eficácia de passe em 260 entregas, contra somente um disparo (desenquadrado) dos luxemburgueses, que não tinham mais do que duas acções com bola na área lusa.
  • Bernardo Silva destacava-se dos demais, com um rating de 6.4, ele que fora o autor do golo de Portugal e registava, nesta altura, uma ocasião flagrante criada, a tal desperdiçada por João Félix. Pepe, com 51 acções com bola, 96% de eficácia de passe e sete recuperações de posse, dava segurança na retaguarda.
  • Perante uma selecção de menor valia e muito fechada, esperava-se um futebol de ataque com opção pelas faixas laterais, mas a verdade é que, chegados os 40 minutos, Portugal registava somente três cruzamentos de bola corrida, nenhum eficaz, contra dois dos visitantes (um certo), que iam anulando as investidas lusas pelo corredor central.
  • Vantagem curta de Portugal para tanto domínio, mas consequência da opção por canalizar o seu futebol pelo centro do terreno – quase 37% dos lances atacantes. Numa das poucas incursões pelas faixas laterais, a Selecção fez golo, mas a partir daqui, pouco perigo voltou a criar, com muitos remates (dez, três deles enquadrados), muita bola (67%) e qualidade no passe, mas a última entrega tardava em surgir com qualidade e regularidade. O melhor em campo nesta fase era Bernardo Silva, com um GoalPoint Rating de 6.8, fruto, acima de tudo, do golo que marcou, de uma ocasião flagrante que criou em dois passes para finalização e de dois dribles eficazes.
  • Reentrada forte de Portugal, a somar cinco remates no primeiro quarto-de-hora do segundo tempo, quatro deles com boa direcção. Ia salvando Moris, com algumas boas intervenções. Cristiano Ronaldo e Bruno Fernandes, com dois disparos cada, todos enquadrados, iam assumindo as despesas neste particular.
  • Assim, o 2-0 apresentava-se como uma inevitabilidade e surgiu aos 65 minutos, através de Cristiano Ronaldo, que aproveitou um erro de Maxime Chanot para se isolar e fazer o seu 94º tento por Portugal, através de um chapéu de belo efeito ao guardião contrário. Um golo ao oitavo remate português no segundo tempo, quinto enquadrado.
  • Cristiano Ronaldo saltava assim para a liderança dos ratings, chegando aos 70 minutos com 7.6. O capitão era, de longe, o mais rematador nesta fase, com oito disparos, quatro deles enquadrados, outros tantos de fora da área, mas também com três passes para finalização.
  • Aos 89 minutos, o recém-entrado Gonçalo Guedes fez o 3-0, com um remate na grande área após um lance confuso – ao 22º disparo da turma das “quinas”, décimo enquadrado. O jogo só pendia para um lado e restava saber apenas por quantos golos seria a vitória de Portugal.

O melhor em campo GoalPoint

O jogo ia decorrendo, com Bernardo Silva a registar os melhores ratings ao longo da partida, mas ultrapassado por Cristiano Ronaldo em alguns momentos. No final do encontro, e apesar de ter saído aos 77 minutos, o jogador do Manchester City acabou por arrecadar a distinção de melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.7.

Para além de ter aberto o activo, Bernardo esteve em todo o lado, registando dois remates (ambos enquadrados), uma ocasião flagrante em três passes para finalização, 86% de eficácia de passe e três dribles completos em cinco tentativas. Uma constante fonte de criatividade.

Jogadores em foco

  • Cristiano Ronaldo 7.6 – Grande jogo do capitão. Não foi só o golo que abrilhantou a prestação do atacante da Juventus, mas também a sua disponibilidade. CR7 terminou como o mais rematador da partida, de longe, com dez disparos, quatro deles enquadrados. E ainda fez três passes para finalização.
  • Bruno Fernandes 7.5 – Uma exibição menos visível, mas igualmente importante, com um rating final elevado. O médio do Sporting enquadrou dois dos três remates que fez, realizou dois passes para finalização, somou o número máximo de acções com bola (105) e foi, a par de Bernardo, o português com mais dribles eficazes (3).
  • Danilo Pereira 7.1 – O Luxemburgo atacou mais do que muitos poderiam esperar e aí Danilo foi fundamental, ao registar o número máximo de recuperações de posse, nada menos que 16. E ainda somou três desarmes e outras tantas intercepções.
  • Nélson Semedo 6.7 – O lateral integrou-se muito bem nas acções ofensivas, sendo muito importante a compensar o facto de Portugal ter atacado muito por zonas centrais. Mas também esteve sólido a defender, tendo terminado a partida com seis desarmes (máximo da noite) e quatro intercepções.
  • João Moutinho 6.5 – De regresso à titularidade, Moutinho foi, como sempre, um “relógio suíço”, com 103 acções com bola, cinco passes para finalização e 76 passes completos em 86 tentativas (88% de eficácia).
  • Anthony Moris 7.5 – O melhor dos luxemburgueses. O guarda-redes teve muito trabalho na segunda parte, terminando a partida com sete defesas, quatro a remates na sua grande área, registando ainda uma saída pelo solo e outra pelo ar eficazes.

Resumo

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