Benfica 2-0 Rio Ave | Triunfo de “águia” em crescendo

O Benfica deu seguimento à boa exibição e goleada frente ao Portimonense com mais uma prestação de qualidade, desta feita na recepção ao Rio Ave.

A equipa “encarnada” esteve mais perdulária desta feita e venceu por 2-0, mas realizou uma exibição sólida, com muito futebol de ataque e jogadas de envolvimento e uma pressão em terrenos adiantados que chegou a sufocar o seu adversário.

Rúben Dias e Pizzi foram os autores dos golos do líder do campeonato.

O jogo explicado em números

  • Arranque de jogo equilibrado na Luz, com o Rio Ave a mostrar tudo menos receio de um Benfica que sentia muitas dificuldades para pegar no jogo. No primeiro quarto-de-hora, os visitantes registaram 55% de posse de bola e um remate, tantos como os “encarnados”, e impressionantes 89% de eficácia de passe.
  • Estava o Benfica a dominar em cima da meia-hora, e a pressionar bastante, quando surgiu o golo, aos 32 minutos. Na sequência de um canto da direita, Rúben Dias saltou mais alto que toda a gente e cabeceou para o 1-0, num tento que surgiu ao quarto disparo da “águia”, segundo enquadrado. O Rio Ave havia já perdido o controlo das operações e os homens da Luz já tinham mais bola (56%).
  • Florentino Luís, com cinco recuperações de posse e dois desarmes, para além de 100% de passes certos (em 24), destacava-se nesta fase do jogo, mas o líder dos ratings passou a ser Rúben Dias, com 6.5, fundamentalmente pelo golo apontado.
  • Apesar do bom arranque dos vila-condenses na partida, a verdade é que aos 40 minutos registavam apenas uma acção com bola dentro da área benfiquista. E aos 41, no segundo lance na área de Vlachodimos, Nuno Santos entrou de rompante pela esquerda e atirou com estrondo ao ferro da baliza do grego.
  • Boa primeira parte na Luz, com duas equipas apostadas a atacar, primeiro o Rio Ave, depois o Benfica a controlar a luta do meio-campo a partir dos 20 minutos e a terminar em cima do seu adversário, com um golo de vantagem na chegada ao descanso.
  • A formação da Luz rematou mais nesta fase, teve mais bola e impediu os vila-condenses de criarem perigo, com excepção para uma bola no ferro de Nuno Santos.
  • O melhor nesta fase era Rúben Dias, com um GoalPoint Rating de 6.8, com um golo, dois passes para finalização e 93% de eficácia de passe.
  • Boa reentrada do Benfica na partida, com o 2-0 a surgir aos 51 minutos. Bom lance pela esquerda, Franco Cervi cruzou para a área e Pizzi, com um bom trabalho individual, tirou dois jogadores da frente e atirou a contar. Um tento ao terceiro remate benfiquista no segundo tempo, primeiro enquadrado.
  • Pela hora de jogo o Benfica dava mostras de controlo dos acontecimentos, mas o Rio Ave tinha mais bola que os “encarnados” na segunda parte, cerca de 58%, embora sem conseguir traduzir esse facto em lances de ataque – somente um remate e sem boa direcção, e nenhuma acção com bola na área contrária.
  • Excelente segundo tempo dos “encarnados”, a pressionar bastante no ataque e a registar uma verdadeira avalancha de lances ofensivos. Aos 70 minutos voltavam a ter mais bola (53%) e nove remates contra um, embora só por uma vez tenham acertado com a baliza.
  • Florentino Luís liderava os ratings nesta altura, com 7.1, mercê de dez recuperações de posse, cinco intercepções e 96% de eficácia de passe.
  • O jogo foi-se encaminhando para o fim com o Benfica sem vacilar e o Rio Ave sem capacidade para contrariar a supremacia caseira. As “águias” chegaram aos 13 remates no segundo tempo, mas só dois enquadrados, pelo que o resultado, naturalmente, acabou por não sofrer qualquer alteração.

O melhor em campo GoalPoint

Bom jogo do Benfica, com boas movimentações colectivas, pressão ofensiva e confiança individual dos seus jogadores, que surgiram em crescendo e complicaram a “eleição” de MVP da partida.

No final, os três melhores GoalPoint Ratings ficaram separados por pouco mais de duas décimas, com Carlos Vinícius a terminar com o mais elevado.

O ponta-de-lança não marcou, é certo, mas teve números muito bons que lhe garantiram uma nota de 7.5. O brasileiro fez cinco remates, apenas ultrapassado neste detalhe por Franco Cervi, e não enquadrou nenhum, e até desperdiçou uma ocasião flagrante.

Contudo, fez dois passes para finalização, falhou apenas um de 14 remates, ganhou os dois duelos aéreos ofensivos em que participou e em cinco tentativas de drible teve sucesso em quatro, todas no último terço do terreno. Só lhe faltou o golo.

Jogadores em foco

  • Franco Cervi 7.3 – Após meses de apagamento, o argentino tem aproveitado bem as oportunidades concedidas para dar nas vistas e foi o segundo melhor no tapete verde da Luz. Cervi foi o mais rematador, com seis disparos, dois enquadrados, fez uma assistência e criou uma ocasião flagrante em dois passes para finalização, e somou três desarmes.
  • Florentino Luís 7.3 – O “trinco” benfiquista esteve por diversas vezes na liderança dos ratings, mas acabou ultrapassado perto do fim. O facto de o Rio Ave poucas ou nenhumas transições ofensivas ter conseguido no segundo tempo, perdendo quase todas as segundas bolas, deve-se em grande medida a Florentino, que terminou o jogo com 12 recuperações de posse e seis intercepções. E ainda completou 70 dos 73 passes que fez, dois deles para finalização.
  • Pizzi 6.7 – O médio voltou a rubricar uma boa exibição, coroada com um golo de belo efeito. Pizzi fez ainda dois passes para finalização, teve sucesso em dois de três cruzamentos e esteve no melhor que o Benfica fez ofensivamente.
  • Chiquinho 6.5 – Difícil não colar as recentes boas exibições benfiquistas à intensidade e vigor que o português empresta à equipa. Chiquinho voltou a fazer uma exibição positiva, com uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, 91% de eficácia de passe e um drible eficaz em duas tentativas.
  • Rúben Dias 6.3 – Outro dos jogadores que chegou a liderar o rating. O central abriu o activo com um belo golo de cabeça, completou 75 dos 80 passes que fez (94%) e ainda fez dois passes para finalização. Defensivamente não teve muito trabalho.
  • Pawel Kieszek 5.9 – O melhor do Rio ave. O polaco acabou por não fazer muitas defesas, apenas duas, visto que o Benfica enquadrou somente quatro disparos, mas esteve muito bem a anular vários lances “encarnados”, nomeadamente com três saídas pelo solo eficazes e uma saída a soco. E ainda fez três lançamentos longos certos.

Resumo

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