O Benfica venceu hoje o Sporting de Braga por 2-1 e apurou-se para os quartos de final da Taça de Portugal em futebol, num encontro em que esteve a perder, disputado no estádio da Luz, em Lisboa.
No reencontro entre dois semifinalistas da época passada, o autogolo do central Ferro colocou os visitantes em vantagem aos 14 minutos, mas a dupla benfiquista deu a ‘volta a texto’, com o médio a empatar, aos 18, enquanto o avançado participou no lance que consumou a reviravolta, aos 62, que contou com a ‘ajuda’ do guarda-redes Tiago Sá, que acabou por introduzir na sua baliza.
Com o triunfo, o Benfica juntou-se a Académico de Viseu, Varzim, Rio Ave, Canelas 2010 e Paços de Ferreira nos quartos de final da ‘prova rainha’, cujo alinhamento ficará definido na quinta-feira, com os duelos FC Porto-Santa Clara e Famalicão-Mafra.
O guarda-redes Zlobin foi a única novidade num ‘onze’ que está a ser cada vez mais rotinado e trabalhado por Bruno Lage, desde logo com uma dupla de meio-campo que tem dado ‘frutos’, composta por Taarabt e Gabriel, e um Pizzi que está a subir de produção com o decorrer da época.
O ‘criativo’ marroquino foi o primeiro a tentar ‘desatar o nó’, com um remate que saiu ligeiramente ao lado, algo que não iria suceder logo de seguida, na baliza de Zlobin, quando Ferro desviou um cruzamento de Sequeira para a própria baliza e colocou os bracarenses em vantagem.
No entanto, Pizzi voltou a ‘puxar dos galões’ e, nem cinco minutos volvidos, repôs a igualdade na Luz, com um pontapé fora do alcance de Tiago Sá, dando sequência à temporada mais produtiva da carreira – 19 golos em 25 partidas oficiais.
Se o clima esteve pouco convidativo para idas ‘à bola’, quem se deslocou ao recinto benfiquista não terá dado por mal empregue o tempo em que ali esteve, tendo em conta a qualidade técnica e tática apresentada pelas duas equipas, que colocaram em campo todos os ‘condimentos’ para um belo jogo de futebol.
Mesmo assumindo uma postura de menor domínio, o Braga conseguiu construir duas excelentes situações para voltar à vantagem, primeiro num livre de Sequeira, que rasou a baliza de Zlobin, e depois num pontapé de Wilson Eduardo, a tentar surpreender o guardião russo.
A dinâmica imprimida pelo Benfica esteve na génese de uma soberana situação para os ‘encarnados’, só que, desta feita, o poste ‘minhoto’ evitou males maiores e rechaçou a tentativa de Chiquinho.
O médio benfiquista reentrou na segunda parte com vontade de assistir Carlos Vinícius, mas, depois de tirar Wallace do caminho, não direcionou da melhor forma o passe para o avançado brasileiro, que já só estava à espera de confirmar a reviravolta ‘encarnada’.
O mesmo Vinícius iria perder o duelo com Tiago Sá, pouco depois, valendo a grande intervenção do guarda-redes ‘arsenalista’, que, à passagem da hora de jogo, ficou muito mal na ‘fotografia’ e abriu caminho para a vantagem do Benfica.
Taarabat, absolutamente desaparecido desde o reatamento, emergiu no jogo, ‘rasgou’ a defesa bracarense com um passe a isolar Carlos Vinícius, que, quase sem ângulo, rematou algo atabalhoado, mas acabou por beneficiar do ‘erro’ do jovem guardião.
A desvantagem levou Ricardo Sá Pinto a dar maior propensão ofensiva ao Sporting de Braga, tirando o central Wallace e lançando Paulinho, que ficou perto do empate, enquanto Bruno Lage colocou Samaris e ‘desenhou’ um meio-campo a três, com o grego atrás de Taarabt e Gabriel.
A dificuldade física dos jogadores benfiquistas começava a evidenciar-se, particularmente no marroquino e no luso-brasileiro, mas, mesmo assim, as ‘águias’ ainda dispuseram de duas situações soberanas para aumentar a vantagem e ‘fechar’ a partida, por Chiquinho e, depois, por Seferovic e Pizzi, desperdício esse que não teve consequências para o desfecho do duelo.
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