Guimarães 0-1 Benfica | Águias passam primeiro teste de 2020

O Benfica passou no difícil teste de Guimarães e alcançou o nono triunfo consecutivo diante do Vitória SC na Liga NOS. Mas não foi uma vitória fácil para os campeões nacionais, que sofreram para levar de vencida a armada vimaranense.

A culminar um lance que ainda contou com as participações de Chiquinho e de Pizzi, o argentino Franco Cervi apontou o único golo da partida que decorreu na noite deste sábado e que teve nas bancadas mais de 27 mil pessoas.

Foi a 12ª vitória de rajada dos homens de Bruno Lage, que agora ficarão à espera de saber qual será o desfecho do “clássico” de domingo entre Sporting e FC Porto. Por sua vez, os comandados de Ivo Vieira voltaram a perder, após sete jogos em todas as provas sem desaires.

O jogo explicado em números

  • Galvanizados pela massa adepta que preencheu as bancadas do Estádio D. Afonso Henriques, os donos da casa entraram em jogo de forma personalizada, pressionando alto a primeira fase de organização dos “encarnados”.
  • Nesta fase inicial, os vimaranenses tinham 63% da posse de bola e uma eficácia de 87%.
  • Porém, até aos dez minutos nenhum dos dois conjuntos tinha registo de remates à baliza contrária. Aos 12, Davidson assinou o primeiro remate do encontro, que saiu por cima da baliza de Vlachodimos.
  • Eficácia máxima. Aos 23 minutos, na primeira jogada da partida com princípio, meio e fim, os campeões nacionais foram letais e inauguraram o marcador.
  • Pizzi assistiu – pela oitava vez na prova – e Cervi, com um remate colocado, bateu Douglas e apontou o seu segundo golo na Liga NOS. Estava aberto o activo, no primeiro remate enquadrado do duelo.
  • Com 23 acções com bola, 15 passes – eficácia de 87% – uma falta cometida, dois cortes e uma assistência, Pizzi era o elemento em destaque dentro das quatro linhas.
  • À passagem do minuto 31, Lucas Evangelista ficou próximo do empate, mas o “guardião” do Benfica esticou-se e estragou a festa dos minhotos.
  • A equipa de Ivo Vieira voltou a ameaçar a cinco minutos do intervalo. Edwards “sentou” Ferro, rematou, Vlachodimos impediu o golo e, na sequência do lance, João Carlos Teixeira atirou por cima da baliza adversária. Um minuto depois, o “camisola 10” voltou a testar os reflexos do guardião das “águias”, que voltou a demonstrar segurança.
  • Na saída para os balneários, a vantagem era dos forasteiros, que foram eficazes e souberam finalizar a única ocasião de golo que gizaram.
  • O Vitória SC demonstrou o porquê de ter chegado a este duelo sem perder há sete jogos em todas as competições.
  • Fizeram mais remates – seis contra apenas dois do Benfica -, três tiros enquadrados contra um, mais cruzamentos (11 contra seis), mas pecaram no capítulo da eficácia. Ao intervalo, o melhor jogador era Vlachodimos.
  • O internacional grego tinha um GoalPoint Rating de 6.5, com 27 acções com a bola, dois alívios, cortando dois contra-ataques adversários, e três defesas a remates feitos já na área da equipa de Bruno Lage.
  • No recomeço, destaque para dois momentos: aos 54 minutos, Tapsoba, no coração da área, cabeceou por cima. Na resposta, dois minutos volvidos, Carlos Vinicius desferiu uma “bomba” que foi travada por Douglas.
  • Após ter comprometido, Vlachodimos redimiu-se e defendeu o remate de Lucas Evangelista. Neste momento, marcava o relógio 69 minutos.
  • A cinco minutos dos 90, Tomás Tavares subiu no terreno, centrou e Pizzi, isolado perante Douglas, não conseguiu marcar. Já em período de descontos, o guarda-redes dos vimaranenses voltou a estar em evidência, quando voou e defendeu um livre directo cobrado por Gabriel.

O melhor em campo GoalPoint

Numa partida de alta voltagem, o jogador que mais se destacou esteve no centro do terreno e chama-se Pêpê. O médio, que fez a formação no Seixal, brilhou no reencontro com as “águias”, terminando o jogo com um GoalPoint Rating de 7.0.

Esmiuçando os números, realçamos os seguintes dados: 101 acções com a bola, dez recuperações de posse, um remate, 88% de eficácia no capítulo do passe – 64 certos e nove falhados -, dois cruzamentos, 16 passes longos certos em 18 tentados e uma eficácia máxima nos dois dribles tentados.

Jogadores em foco

  • Taarabt 6.8 – Exibição em crescendo do marroquino. Após uma primeira parte em que não apareceu, fruto da pressão constante dos adversários, na etapa final surgiu a melhor versão do camisola 49, mais operário do que artístico com nove recuperações de posse, 51 acções com a bola, seis desarmes, uma intercepção e quatro alívios.
  • Vlachodimos 6.6 – Ia “borrando” a pintura quando aos 69 minutos não agarrou um cruzamento de Davidson, mas segundos depois deu “o peito às balas” e travou o remate de Lucas Evangelista. Tirando esse momento, exibição (quase) sem mácula do grego, que contabilizou quatro defesas e foi sempre veloz a sair da baliza quando chamado à acção.
  • Cervi 6.5 – Rafa está na recta final da recuperação, mas o internacional argentino não parece preocupado. Na noite deste sábado, voltou a rubricar mais uma exibição positiva. Além do golo, que foi decisivo, no único remate que fez, sofreu duas faltas, dois desarmes e foi sempre uma “muleta” importante para Grimaldo.
  • Edwards 6.1 – Enquanto teve “gás” foi um verdadeiro sobressalto para a defensiva “encarnada”. Ligado à corrente, o antigo extremo do Tottenham ameaçou em duas ocasiões a baliza benfiquista, e registou cinco tentativas de drible, duas com acerto. Precipitou-se um pouco no momento de decidir.
  • Rochinha 4.2 – O extremo, que também passou pela formação do Benfica, não foi feliz. Apenas esteve 15 minutos no terreno de jogo e acabou por ser expulso, por acumulação de amarelos, após entrada dura sobre Samaris.
  • Rúben Dias 4.2 – Dos 65 passes tentados, falhou dez. Dos 12 passes longos que fez, acertou apenas metade. O defesa-central teve uma das piores notas desde que está na equipa principal do Benfica.

Resumo

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