Atletas do Sporting são tratados por médicos da clínica de Varandas

Os atletas sportinguistas são tratados por médicos que partilham funções entre o clube e a Comcorpus, clínica que pertence ao presidente ‘leonino’, Frederico Varandas.

O jornal Público avança esta sexta-feira que muitos dos médicos do departamento clínico do Sporting CP são da Comcorpus, a clínica inaugurada em 2015 pelo atual presidente do clube, Frederico Varandas. Ao todo são cinco clínicos e dois fisioterapeutas desta empresa que prestam serviços no clube.

Nuno Loureiro, coordenador clínico do Sporting desde junho de 2019; Pedro Pessoa, responsável da cirurgia ortopédica do departamento de futebol profissional; Nuno Oliveira, ortopedista; Filipe Bettencourt, fisiatra; e Manuel Resende Sousa, ortopedista e médico das modalidades e da equipa olímpica são os médicos que partilham funções entre o clube e a Comcorpus.

Há ainda o caso de Virgílio Abreu, que dirigiu interinamente o departamento médico do emblema de Alvalade, mas que acabou por abandonar funções. Por sua vez, o fisioterapeuta Gonçalo Álvaro, que está no clube desde 2004, terminou funções com a Comcorpus há um ano e meio.

Também os fisioterapeutas Vasco Cabral e Patrice Sacramento estão na mesma situação que os clínicos descritos.

Em declarações ao Público, Frederico Varandas, considera normal os médicos partilharem este tipo de funções. “Todos estes médicos trabalham em vários sítios. Não têm exclusividade”, explicou.

O presidente sportinguista explica ainda que há casos de profissionais que já estavam no clube e na sua empresa ainda antes da sua chegada ao cargo.

Foram encontradas ainda discrepâncias nos currículos de Nuno Loureiro, que para além de estar na Comcorpus e no Sporting, coordena o departamento médico desportivo da Clínica do Dragão, no Porto. No caso do currículo apresentado na clínica portuense, faltam as referências à Comcorpus e às funções que exerce no Sporting. Por outro lado, no currículo da clínica de Varandas, Nuno Loureiro não refere o seu cargo na Clínica do Dragão.

“Não faço ideia por que é que ele não colocou no currículo da Comcorpus as suas funções na Clínica do Dragão. É uma pena porque até seria uma mais-valia. Só posso dizer que ele é um ótimo fisiatra. Mas não sei quantas vezes é que ele vai ao Porto”, disse Varandas.

Em sua defesa, o médico explica que não é ele que controla aquilo que é publicado nos currículos e que não tem exclusividade com nenhuma das clínicas.

A Comcorpus e o Sporting não têm qualquer tipo de protocolo, mas Varandas argumenta que a sua clínica nunca cobrou nada ao clube ou à SAD. “Quando eu era diretor clínico do Sporting, Bruno de Carvalho sugeriu e insistiu que se fizesse um protocolo com a minha clínica, mas eu rejeitei a ideia. Não achava correto”, adiantou.

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