O Benfica foi a Paços de Ferreira vencer por 2-0, colocando pressão sobre o FC Porto, segundo classificado, que na próxima terça-feira recebe o Gil Vicente.
A formação “encarnada” foi superior na maioria dos principais momentos de jogo, mas não teve vida fácil, perante uns “castores” que deram muita luta e criaram alguns lances de perigo, embora não o suficiente para fazer funcionar o marcador para o seu lado.
Rafa Silva, na primeira parte, e Carlos Vinícius, na segunda, foram os marcadores dos golos, mas o MVP foi outro.
O jogo explicado em números
- Início de jogo muito mexido, com as duas equipas a tentarem lances de ataque e o Benfica a usufruir de duas boas ocasiões para marcar aos dez minutos. Primeiro foi Álex Grimaldo, num livre directo, a obrigar Ricardo Ribeiro a ir buscar a bola “na gaveta” e a evitar o 1-0. No canto subsequente, Carlos Vinícius, ao primeiro poste, desviou a bola de cabeça para a barra pacense.
- O equilíbrio em termos de posse de bola foi a nota dominante nos primeiros 15 minutos, com o Benfica a superiorizar-se em termos de situações de perigo. As “águias” fizeram três remates nesta fase, um enquadrado, contra nenhum disparo dos “castores”. Aos 18 minutos, Rafa Silva lançou Vinícius, este cruzou para o segundo poste onde apareceu Pizzi a finalizar. Porém, o tento acabou anulado por fora-de-jogo. Mas estava feito o aviso.
- Mas a verdade é que à passagem da meia-hora, os homens da casa dominavam territorialmente, com 57% de posse de bola, e também três remates, um enquadrado, ainda longe, contudo, dos oito disparos “encarnados”, três com boa direcção.
- As “águias” mostravam-se mais fortes, contudo, nos duelos individuais, com 31 ganhos em 42, e também na capacidade em entrar na área contrária, com muitas acções com bola, ao contrário dos anfitriões, que se limitavam a quatro. E numa dessas situações, o Benfica marcou mesmo.
- Aos 39 minutos, Rúben Dias lançou Rafa, este, na grande área, trabalhou bem sobre Marco Baixinho, flectiu para o meio e rematou para o fundo da baliza. Um tento aos 13º remate dos visitantes na partida, quarto enquadrado. O Paços sentiu o golpe e Ricardo negou um grande golo a Pizzi perto do descanso.
- Primeira metade muito animada e interessante na “Capital do Móvel”, com as duas equipas a repartir a posse de bola, mas com o Benfica a mostrar-se muito mais objectivo a chegar a zonas de finalização, o que explica a grande superioridade dos visitantes nos remates e, por consequência, a vantagem no marcador, ainda que mínima. Dos 14 remates que os “encarnados” realizaram nesta fase, 13 aconteceram dentro da área do Paços, o que mostra bem os problemas que os da casa enfrentaram para travar, acima de tudo, Rafa Silva. Mas era Pizzi o melhor em campo ao intervalo, com um GoalPoint Rating de 7.1, fruto de três passes para finalização, 13 passes certos em 15 e três dribles eficazes em quatro tentativas, dois deles no último terço.
- O segundo tempo começou logo com o 2-0. Recuperação rápida, transição ofensiva sem perder tempo e, na direita, Rafa Silva cruzou rasteiro para a finalização fácil de Carlos Vinicius. Um remate no segundo tempo, um golo. O Paços não tremeu e, logo a seguir, Vlachodimos negou por duas vezes o tento dos homens da casa. O jogo estava animado.
- Porém, o Benfica conseguiu, aos poucos, “esconder” um pouco a bola ao Paços, que começou a surgir com menos frequência junto da área de Vlachodimos. Chegada a hora de jogo, as “águias” tinham 52% de posse, apostando nas transições para criar perigo. Por esse motivo, as duas formações registavam dois disparos cada, também um com boa direcção para cada lado.
- Por volta dos 70 minutos, o jogo já havia perdido intensidade e lances de perigo rareavam, com o Benfica a tentar controlar o jogo e o ritmo deste. Pizzi e Rafa continuavam a dominar os ratings, com 7.7 e 7.6, respectivamente, enquanto do lado pacense, o guarda-redes Ricardo Ribeiro, com quatro defesas, era o elemento que mais dava nas vistas, com um rating de 6.4.
- Até final, o Benfica controlou os acontecimentos, o Paços perdeu intensidade e esperança em conseguir, pelo menos, chegar ao empate, pelo que o destaque vai apenas para uma perdida incrível de Haris Seferovic, a atirar por cima da barra em plena pequena área, sem qualquer marcação. De resto, poucos lances ofensivos, facto expresso na pouca quantidade de remates nesta etapa complementar.
O melhor em campo GoalPoint
Os golos passaram todos por Rafa Silva, que marcou e assistiu, mas foi Pizzi, por tudo o que fez na partida nos diversos momentos, a levar para casa o prémio de MVP.
O médio benfiquista terminou com um GoalPoint Rating de 7.8, com três remates, um enquadrado, três passes para finalização, 36 passes certos em 39 (92%), oito recuperações de posse e cinco dribles eficazes em sete tentativas (máximo do jogo), quatro no último terço do terreno. O médio não parece abrandar e mantém uma forma invejável.
Jogadores em foco
- Rafa Silva 7.4 – Mesmo não tendo ainda o ritmo de jogo ideal, Rafa é verdadeiramente decisivo, graças à sua velocidade e imprevisibilidade. O atacante marcou um golo, fez a assistência para o segundo, enquadrou os seus dois remates e ainda completou três de cinco tentativas de drible.
- Carlos Vinícius 6.8 – Jogo de muita luta do brasileiro, que não só fez um golo como abriu muitos espaços para a entrada dos seus companheiros de trás para a frente, graças à sua força e movimentação, a arrastar os defesas contrários. Vinícius fez cinco remates, um à barra.
- Álex Grimaldo 6.6 – Talvez menos rigoroso no cruzamento ou no último passe, o lateral espanhol criou uma ocasião flagrante (desperdiçada por Seferovic) em três passes para finalização, completou dois dribles em três tentativas e, espante-se, ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou.
- Julian Weigl 6.5 – A sua compleição aparentemente frágil não tira preponderância ao alemão no “miolo” benfiquista. Weigle fez quatro desarmes e outras tantas intercepções (máximos do jogo) e, a construir, completou 46 de 51 passes.
- Ricardo Ribeiro 6.5 – O melhor do Paços. O guarda-redes teve períodos de pouco trabalho, mas quando o teve, foi obrigado a aplicar-se. Ao todo fez quatro defesas, três a remates na sua grande área, uma a um disparo ao ângulo, e ainda somou duas saídas pelo solo eficazes.
- Ferro 6.4 – O central não tem estado no seu melhor mas em Paços mostrou-se seguro e, acima de tudo, pragmático. Perante o perigo não teve problemas em afastar sem cerimónias, terminando a partida com oito alívios e ainda dois bloqueios de remate. O jovem ganhou ainda dois de três duelos aéreos defensivos e somou 12 passes progressivos eficazes.
Resumo
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