Benfica, FC Porto, SC Braga e Sporting foram eliminados nos 16 avos de final da Liga Europa. Portugal passou assim de ser o clube com mais representantes nesta prova europeia a um dos poucos sem clubes nas provas da UEFA.
Nesta jornada, que arrancou na quarta-feira e terminou nesta quinta-feira, as equipas lusas somaram três derrotas e um empate. No conjunto das duas mãos, o saldo é claramente negativo: uma vitória, um empate e seis derrotas.
No que toca a golos, os números não são melhores: as equipas portuguesas sofreram na segunda mão dos 16 avos 11 golos, tendo marcado apenas cinco.
A “jornada negrada” arrancou na quarta-feira, com a derrota do SC Braga (1-0) frente ao Rangers do Steven Gerrard. Os arsenalistas tinham já perdido na primeira mão (3-2).
Já na quinta-feira, foi o FC Porto a ser eliminado: perdeu com o Bayer Leverkusen (3-1) no Dragão, depois de ter perdido na Alemanha (2-1). Seguiu-se o Sporting, que, após prolongamento, acabou goleado (4-1) frente aos turcos do Basaksehir. Os leões traziam uma vantagem da primeira mão (3-1), em Alvalade, que não conseguiram segurar.
O Benfica foi o último a entrar em campo, mas teve o mesmo fim: a eliminação da Liga Europa. Depois de uma derrota na primeira mão (2-1), o Benfica não conseguiu mais do que um empate na Luz (3-3).
Juntado todos os jogos, isto é, os jogos das pré-eliminatórias, das fases de grupos e desta segunda fase, as equipas portuguesas disputaram 50 jogos, somando 25 vitórias, oito empates e 17 derrotas, tal como observa o Sapo Desporto.
Portugal conseguiu recuperar o 6.º lugar do ranking da UEFA, o que significa que na próxima época (2021/2022) terá duas equipas com acesso direto à fase de grupos da Liga dos Campeões e uma terceira nas pré-eliminatórias.
Lenços brancos Bruno Lage
Descontentes com o percurso europeu do Benfica, alguns adeptos mostraram lenços brancos a Bruno Lage no final da partida. Questionado sobre esta atitude, o técnico dos encarnados considerou-a inevitável, recordando o caso de Rúben Amorim.
“Entre mim e vós, há duas coisas que nunca vamos fugir delas: a primeira é a morte, a segunda são os impostos. O treinador, a terceira é que um dia é despedido. Esta é a nossa vida, para vós, para todos nós… Não há maneira de fugir. Para o treinador é a morte, os impostos e terminar os vínculos com os clubes. É a nossa vida de treinador”, disse.
“Ainda hoje, curiosamente, vi que o melhor treinador, que fez um fantástico mês de janeiro, o Rúben Amorim, hoje já foi medalha de lata. É a nossa vida, e em Portugal às vezes ainda é mais difícil. Neste momento não temos nenhum treinador bom português, foi tudo eliminado, tudo perdeu… Até o Rúben já é medalha de lata”, apontou.
Sérgio Conceição revelou que a equipa está “desiludida” com o resultado, frisando que os dragões vão continuar a lutar para conquistar títulos.
“Obviamente que estamos desiludidos, queremos acabar a época com títulos. Agora temos dois ao nosso alcance. Pensar já no jogo com o Santa Clara, complicado. Vamos focar no campeonato e na final da taça e dar o nosso melhor”, disse.
Por sua vez, o adjunto de Sporting, Emanuel Ferro, considerou que o Sporting foi superior na eliminatória, lamentando os golos sofridos de bola parada.
“Era um jogo diferente, o adversário ia ter mais iniciativa, baixámos um pouco as linhas, se calhar demasiado e demonstrámos alguma incapacidade de pressionar. Acabámos por sofrer da iniciativa do adversário. Na segunda parte entrámos bem, dominámos o jogo, marcámos, ficámos por cima da eliminatória, tivemos situações de golos e sofremos em cima do final do jogo, de forma injusta, a nosso ver”, começou por dizer.
“Tínhamos sido superiores no conjunto das duas mãos. É inadmissível que tenhamos permitido cinco golos de bola parada no conjunto das duas mãos. Fomos superiores, podíamos ter matado a eliminatória, mas acabámos por sofrer com as bolas paradas”.
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