O FC Porto soube fazer fácil uma deslocação difícil, batendo um atrevido (mas ineficaz) Santa Clara por 2-0, nos únicos dois remates que fez à baliza e ainda se dando ao luxo de falhar uma grande penalidade.
Wilson Manafá e Marcano fizeram os golos mas quem brilhou acima de todos foi o “reforço de inverno” Sérgio Oliveira, com duas assistências e mais uma prova de que gosta de aparecer, ao mais alto nível, nas fase crucial da época.
O jogo explicado em números
- Arranque “morno” de partida, com apenas um remate (e bloqueado) nos primeiros 10 minutos, de fora da área, da autoria do “açoriano” Carlos Júnior. A bola essa era monopolizada pelos “dragões”, com 75% de posse, mas sem consequências ofensivas de maior.
- Aos 20 minutos seria a vez de Anderson Carvalho alvejar, de forma desastrada, a baliza de Marchesín, simbolizando uma fase de jogo mais atrevida dos insulares. O Porto esse, ainda estava por aparecer em jogo.
- O primeiro disparo “azul-e-branco” surgiria apenas aos 30 minutos, por Corona, de fora da área e para as “nuvens”. Aos 33 surgia o primeiro lance de perigo digno desse nome: bola na trave de Marchesín, por intermédio de Costinha, na marcação de um livre directo em cima da linha da área.
- Aos 37 minutos Manafá desbloqueava o marcador de forma inesperada, numa combinação rápida com Sérgio Oliveira, no primeiro remate enquadrado da partida e também o primeiro já dentro de qualquer das áreas. O lateral apanharia um susto aos 43′, com a ameaça de expulsão, posteriormente revertida pelo árbitro após recurso ao VAR.
- Os “dragões” chegavam ao intervalo na frente e com o tipo de registo que faz campeões: um remate à baliza, um golo. Manafá liderava por esta altura os ratings, com 6.5, pese as 14 perdas de posse acumuladas, fruto não só do golo mas também dos dois desarmes somados.
- Pelos açorianos brilhava Costinha 6.1, com apenas cinco passes mas todos certeiros, quatro acções defensivas e ainda a (perigosa) bola à trave que assustou os portistas.
- A retoma da partida trouxe o “déjà vu”, com a bola a “beijar” novamente os ferros de Marchesín na marcação de um livre directo, desta vez cobrado por Carlos Júnior.
- Aos 71′ era a vez dos “dragões” atirarem ao ferro e logo no lance teoricamente mais favorável: Alex Telles atirava ao poste, na cobrança de uma grande penalidade, adiando assim a tranquilidade desejada por Sérgio Conceição, para o final da partida.
- O descanso chegaria sim na cabeça do central Iván Marcano, que respondia aos 76 minutos da melhor forma a um livre marcado por Sérgio Oliveira para a área. O médio somava a sua segunda assistência, rumo à eleição como MVP da partida.
- Os açorianos fariam um forcing final e até terminariam a partida com mais disparos, mas os “dragões” saiam dos Açores na liderança da Liga, à espera do resultado do rival, fruto de uma exibição suficiente e super-eficaz, pese o penálti desperdiçado.
O melhor em campo Goal Point
Mais um jogo a provar a importância de Sérgio Oliveira, o “dragão” que gosta de aparecer nas fase decisiva das épocas “azuis-e-brancas”.
As assistências para os dois golos da noite seriam suficientes, mas o médio ainda acertou todos os passes longos que somou (4), mantendo uma eficácia de passe atípica para as características do jogo (e relvado), com 89%, e ainda completou três dos quatro dribles tentados. A brincar a brincar o Sérgio já é o “dragão” com mais eleições MVP GoalPoint nesta Liga apesar de só ter sido titular em sete ocasiões.
Jogadores em foco
- Marcano 6.7 – Mais um jogo conseguido do discreto mas letal central. Marcou o golo que deu a tranquilidade, da forma que mais gosta (cabeça) e ainda limpou o perigo das imediações da baliza de Marchesín com seis alívios.
- Danilo Pereira 6.4 – Bom regresso à titularidade, fazendo dupla eficaz com Sérgio Oliveira. Desarmou adversários em quatro ocasiões e foi o segundo jogador que mais bolas recuperou, 11. Pelo caminho ainda ensaiou o remate.
- Lincoln 6.3 – Uma das maiores “dores de cabeça” para os portistas. Foi o mais rematador do Santa Clara (3) ao mesmo tempo que terminou a partida como o jogador que mais passes interceptou (4).
- Wilson Manafá 6.3 – Com 17 perdas de posse foi batido apenas por Marega (18), entre os portistas que mais jogo deram ao adversário mas o que não conseguiu na arte obteve no esforço, assinando o importantíssimo primeiro golo da partida, numa altura em que nada o fazia prever. E isso conta e muito, na corrida ao título.
- Alex Telles 5.0 – Tantas vezes “abono” portista, o mais recente jogador do mês GoalPoint não terá embarcado rumo aos Açores, perdendo a posse 17 vezes e desperdiçando uma grande penalidade. Somou ainda assim um passe para finalização e seis acções defensivas.
Resumo
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