O médico e empresário anunciou, esta segunda-feira, que vai candidatar-se à presidência do FC Porto, depois do comentador desportivo José Fernando Rio também ter confirmado que está na corrida.
Costuma dizer-se que “não há duas sem três”. E, por isso, José Martins Soares anunciou que vai candidatar-se novamente à presidência do FC Porto em abril deste ano, depois das tentativas contra Pinto da Costa em 1988 e 1991.
“Vai ser a terceira vez, já fui à primeira no auge do Futebol Clube do Porto. Nessa altura, a minha candidatura foi positiva, uma vez que mudou a estrutura do clube. Na segunda, o FC Porto continuava no auge e a estrutura voltou a mudar”, afirmou à rádio TSF.
“Neste momento, não sou um grande acionista porque, infelizmente, não vale a pena. Mas tenho a dignidade de ter ações para poder estar em reuniões da SAD. Enquanto que, por exemplo, Adelino Caldeira não têm uma única ação da SAD e é vice-presidente do organismo”, critica o médico e empresário.
“Pinto da Costa começa a deixar de ser intocável. Foi um grande presidente, mas, neste momento, deveria sair em grande. Não devia sair empurrado, porque vai levar o FC Porto para uma situação idêntica à do Sporting, com muitos candidatos”, explica ainda.
O anúncio de Martins Soares surge um dia depois do anúncio de José Fernando Rio, jurista e comentador do Porto Canal que também confirmou estar na corrida para a liderança do clube azul-e-branco.
Esta será a primeira vez que dois candidatos concorrem contra Pinto da Costa, presidente dos dragões desde 1982 e que, aos 82 anos, poderá recandidatar-se ao 15.º mandato.
A Assembleia Geral eleitoral para os órgãos sociais do FC Porto para o quadriénio 2020/2024 realiza-se a 18 de abril de 2020, na sede social do clube, entre as 10h00 e as 19h00, sendo que as candidaturas têm ser apresentadas até 30 dias antes do ato eleitoral, ou seja, até 19 de março.
As listas para a Mesa da Assembleia Geral, Direção e Conselho Fiscal e Disciplinar deverão ser unitárias, sendo necessário que integrem os nomes dos respetivos presidentes e sejam propostas por, pelo menos, 300 associados.
Os nomes dos restantes elementos daqueles órgãos sociais devem ser indicados até 8 de abril, enquanto o Conselho Superior poderá ter listas autónomas, sendo os eleitos apurados segundo o método de Hondt.
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