O futebolista italiano Daniele Rugani, que representa a Juventus, está infetado com Covid-19, mas não apresenta sintomas, revelou hoje o clube campeão de Itália, no qual alinha o internacional português Cristiano Ronaldo.
“O futebolista Daniele Rugani deu positivo no teste para o coronavírus Covid-19 e está atualmente assintomático. A Juventus já começou a ativar todos os procedimentos de isolamento estabelecidos por lei, incluindo todas as pessoas que estiveram em contato com ele”, informou a Juventus, em comunicado divulgado no site oficial.
O central internacional italiano, de 25 anos, está a cumprir a quinta temporada consecutiva nos octocampeões de Itália, sendo que esta época participou apenas em sete partidas, quatro das quais neste ano civil, diante de Udinese, Roma, Brescia e SPAL.
Segundo avançou esta noite a TVI-24, Cristiano Ronaldo, que se encontra na ilha da Madeira, recusa-se a regressar a Itália enquanto se mantiver a atual situação de pandemia. Segundo o canal televisivo, o avançado português já comunicou esta decisão, tomada ainda antes de se conhecer o caso de Rugani, aos responsáveis do clube italiano.
A decisão de Ronaldo tem impacto direto na participação da Juventus na Champions League, competição em que o clube italiano disputa no próximo dia 17 a segunda mão dos oitavos-de-final, mas não influi para já no Campeonato italiano, que se encontra suspenso. Na primeira mão dos oitavos da Champions, a Juve perdeu em casa do Lyon por 1-0.
O Governo italiano decidiu, na segunda-feira, suspender de forma temporária o campeonato italiano de futebol, devido ao avanço significativo do Covid-19 em Itália, o segundo país do mundo mais afetado pela pandemia, a seguir à China.
A decisão governamental, com efeitos imediatos, vai afetar, durante várias semanas, o campeonato italiano, que é liderado pela Juventus.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje a doença Covid-19 como pandemia. A OMS justifica a declaração de pandemia com “níveis alarmantes de propagação e inação”.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo. O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país. Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.
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