Adão Mendes confessou que usava as expressões padres e missas como códigos para árbitros e locais de jogos do SL Benfica. O ex-árbitro foi ouvido pelo DCIAP no âmbito do caso dos e-mails.
O antigo árbitro e ex-observador da Federação e da Liga, Adão Mendes, confessou que usava as expressões padres e missas como códigos para árbitros e locais de jogos do SL Benfica, noticia a Tribuna Expresso.
Ouvido pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em janeiro, Adão Mendes justificou que este era um hábito usado pelo Conselho de Arbitragem para referirem-se às nomeações, por “questões de confidencialidade”.
Ao DCIAP disse que os nomes dos árbitros nas mensagens trocadas com Pedro Guerra “eram mencionados por terem uma profissão por conta própria e condições favoráveis para serem profissionais no futebol”. Esta alegação contraria a ideia de que os nomes indicados eram de árbitros afetos ao emblema da Luz.
Adão Mendes confessou ainda conhecer Pedro Guerra e Paulo Gonçalves, embora só desse conselhos a Guerra para o ajudar nos comentários televisivos e apenas pediu a Gonçalves o contacto de um advogado para o filho.
Além disso, admitiu ter assistido a alguns programas do “Universo Porto da Bancada”, após saber que era um dos visados nas revelações feita por Francisco J. Marques. O antigo árbitro disse ter-se sentido “vexado” e “sob suspeita por parte dos seus concidadãos”.
Após a divulgação dos e-mails pelo diretor de comunicação do FC Porto, Adão Mendes garantiu nunca ter voltado a falar com “alguém do Benfica”, já que ficou “sem vontade de ter contacto com o tema”.
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