SC Braga 2-1 FC Porto | Tri sobre o campeão garante pódio “guerreiro”

O Sporting de Braga bateu o campeão nacional, pela terceira vez nesta época, e termina por mérito próprio no terceiro lugar da Liga NOS 19/20. 

No entanto, o feito não foi isento de sofrimento, ou não tivesse o Porto dominado a Pedreira nos primeiros 45 minutos, para na segunda parte ser surpreendido por um conjunto que fez jus à alcunha que gosta de carregar. Os pupilos de Artur Jorge foram “conquistadores” e saíram da Liga em festa.

O jogo explicado em números

  • Os “dragões” entraram fortes na Pedreira, tão fortes que aos seis minutos já tinham marcado, por intermédio de Uribe, emendando um cruzamento de Corona já dentro da área arsenalista. O Porto chegava aos 10 minutos com os únicos dois remates e 76% da posse mas pagava um preço alto pela ousadia: Uribe, lesionado no lance do golo, dava lugar a Sérgio Oliveira aos 12 minutos.
  • Apesar do contratempo e das duas primeiras tentativas de remate caseiras, pouco mudou nas principais características do jogo. Os “dragões” chegavam aos 25 minutos com 80% da posse e com uma eficácia de passe acima dos 90%, isto apesar de não mais terem rematado à baliza de Matheus.
  • O FC Porto chegava ao intervalo na frente e com naturalidade, fruto de um claro domínio dos acontecimentos, começando pelo controlo da bola e da sua circulação. Não admirava por isso que os ratings fossem dominados pelos “dragões”, com cinco campeões no top-5. À cabeça surgia Alex Telles 6.5, que apesar de não ter tido intervenção directa no golo, ia personificando a qualidade de passe que os “azuis-e-brancos” demonstraram na primeira metade: 31 passes entregues em 33 (94%), 6 deles longos noutras tantas tentativas, e dois para duas das cinco finalizações com que os comandados de Sérgio Conceição foram para o descanso.
Fransérgio Barbosa
  • Artur Jorge demonstrava o seu descontentamento no regresso do intervalo, retirando André Horta e Pedro Amador e lançando Samuel Costa e Fabiano. Conceição trocava também Tiquinho por Zé Luís.
  • O Futebol é mesmo assim e o Braga regressou do intervalo capaz de não só somar o seu primeiro remate enquadrado como também convertê-lo no golo do empate. Ricardo Horta apanhou um alívio incompleto à entrada da área e bateu Diogo Costa para o empate, aos 54 minutos. Aos 58 Paulinho disparava o segundo enquadrado, também perigoso e aos 60 Diogo Costa impedia a reviravolta numa mancha a remate de Fransergio. Em poucos minutos os “guerreiros” igualavam os campeões em remates enquadrados e assinalavam a vontade de discutir o resultado.
  • Acabávamos de escrever as linhas anteriores e Fransergio rematava para a reviravolta aos 66′, a passe de Trincão. O Braga havia virado o resultado, o pendor ofensivo do jogo (4-3 em disparos enquadrados, todos na segunda parte) e 55% de posse. A segunda parte só dava Braga.
  • O jogo foi caminhando para o final sem momentos nucleares a mexer com a sua História, com os “guerreiros” a colherem os frutos da sua ambição após o apito final: o Braga assegurava o terceiro lugar e podia gabar-se de ter batido o novo campeão nacional em três ocasiões na época 2019/20.

O melhor em campo GoalPoint

Ricardo Horta ainda lhe robou a “pole” a meio da segunda parte mas no final seria mesmo o inevitável Alex Telles a fechar com o melhor rating da partida, com 6.9 . O brasileiro fechou o encontro liderando nos passes para finalização (4), nos dribles eficazes (2) e ainda nos desarmes (4) ou seja, essencial nas nas duas dimensões do jogo. Qualquer portista sabe que, caso Telles diga adeus ao Dragão, será muito difícil de substituir. O brasileiro esclareceu hoje, mais uma vez, os que ainda não tenham noção dessa realidade.

Jogadores em foco

  • Ricardo Horta 6.9 – A saída do irmão ao intervalo não o fez esmorecer: abriu caminho à reviravolta com um golo de fora da área e até podia ter bisado, ao desperdiçar uma ocasião ainda mais flagrante que essa. Terminou na liderança do jogo em passes para finalização (4) e intercepções (4).
  • Matheus 6.4 – O guardião bracarense fez a sua parte na hora de manter os colegas em jogo até estes serem capazes de o virar. Terminou com quadro defesas, duas delas a remates já dentro da sua área.
  • Otávio 6.5 – Merecedor de destaque recorrente nas nossas análises, pelo trabalho que oferece à equipa, Otavinho voltou a merecer menção, ao entregar 53 passes (90%), somar 2 dribles eficazes (ambos no último terço ofensivo) e ainda três desarmes.
  • Diogo Leite 6.4 – Imperial sobretudo na primeira parte, ao nível do passe, o central terminou com 94% de passes entregues (em 70) e liderando (com larga vantagem) o ranking de jogadores com mais passes progressivos: somou 19. Pelo ar também não esteve mal: ganhou “apenas” cinco dos cinco duelos aéreos defensivos que travou.
  • Diogo Costa 6.3 – É certo que foi batido duas vezes mas o jovem guardião foi até onde pôde para evitar uma reviravolta bracarense ainda mais rápida, terminando com apenas menos uma defesa que as somadas por Matheus (3).

Resumo

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