Pela 11ª vez o Bayern de Munique carimba presença numa final da prova milionária. Esta quarta-feira, os bávaros venceram o Lyon de Anthony Lopes por 3-0, graças a um bis de Gnabry e a um tento do inevitável Lewandowski, e no domingo irão defrontar o PSG, numa final que promete ser emocionante. Os alemães procuram o sexto troféu, enquanto os parisienses tentam alcançar um título inédito.
Início de encontro frenético em Alvalade. O Lyon tinha a lição bem estudada e não precisou de ter muita bola (35%) para criar as duas principais ocasiões de golo no encontro em quatro tentativas, primeiro aos quatro minutos por intermédio de Depay, que falhou o alvo por escassos centímetros, e aos 13 minutos, Boateng foi gigante e impediu que o cruzamento de Cornet chegasse a Ekampi. Quatro minutos volvidos, sempre a explorar a principal lacuna do Bayern – a transição defensiva – e accionando uma das suas principais armas dos comandados de Rudi Garcia – o ataque à profundidade -, o camisola 21 tirou Davies do caminho e acertou no poste.
Tanto desperdício, acabou por ser penalizado segundos depois. Gnabry, supersónico e letal, apontou um golaço, o oitavo em nove partidas na competição. Até este lance, o Bayern apenas tinha dado um sinal de perigo por intermédio de Goretzka.
Em mais um lance de ataque rápido, à passagem do minuto 33, que foi iniciado e finalizado por Gnabry, os campeões germânicos dilataram a vantagem e ficaram mais próximos da final. Nesta fase, os “gones” tinham quatro remates e nenhum dos quais enquadrado, quatro cruzamentos, 28% de posse de bola e uma eficácia no passe de 68%. Por sua vez, os bávaros, amealhavam 11 remates – seis dos quais em direcção ao alvo -, dois golos, 72% da posse da bola, eficácia de 88% no passe e três cantos.
O Bayern de Munique não foi exuberante, como tinha sido nos quartas-de-final ante o Barcelona (8-2), e só arrebitou após dois valentes sustos do Lyon. Porém, o tento inaugural acordou o gigante bávaro, que a partir dos 18 minutos passou a dominar todas as acções do encontro, colocando a sua identidade – pressão alta, constantes trocas posicionais, agressividade na recuperação da bola e intensidade – dentro das quatro linhas, e não mais deu espaços aos gauleses.
No reatamento, e com a partida num ritmo mais lento, perto da hora de jogo, Neuer foi gigante e impediu que Ekampi reduzisse a desvantagem francesa.
Já na fase final, aos 88 minutos, Lewandowski, nas alturas, cabeceou de forma fulminante e assinou o 15º golo na prova em apenas nove partidas esta temporada. Robert Lewandowski é o primeiro jogador na história do Bayern de Munique a marcar em nove jogos consecutivos nas principais competições europeias.
Foi o carimbo final no marcador. O Bayern com mais argumentos e que, não obstante o triunfo folgado – falhou ainda quatro ocasiões flagrantes de golo -, não rubricou uma exibição de elevada “nota artística”, e sofreu nos primeiros minutos da partida. Porém conseguiu levar de vencida um abnegado Lyon – foi perdulário e desperdiçou três ocasiões flagrantes para marcar – e diz presente à final.
Resumo
Serge Gnabry 8.5 – Um dos heróis da noite. Quando a equipa mais precisava surgiu que nem uma flecha e abriu o caminho para a vitória. Incisivo no ataque ao reduto contrário, espalhou magia e calafrios ao longo dos 73 minutos em que esteve em campo. Além do bis – em três remates enquadrados –, desperdiçou seis passes em 26 tentados e foi uma autêntica dor de cabeça para os defensores gauleses. Do lado bávaros, realce ainda para as exibições de Lewandowski (8.0) , Thiago (6.7) e Kimmich (6.6).
Anthony Lopes 6.2 – O guardião demonstrou nesta “final 8” que é a principal sombra de Rui Patrício na luta pela baliza da selecção campeã europeia. Não teve culpa em nenhum dos três golos que sofreu e ainda brilhou com cinco defesas, todas a remates realizados no interior da área francesa.
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