O Brasil e a Alemanha, os dois países com mais presenças em finais de campeonatos do mundo, disputam esta terça-feira a primeira meia-final do Mundial 2014, marcada pela ausência de Neymar na equipa brasileira.
As seleções encontram-se hoje no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, às 17h locais (21h em Lisboa), numa partida que será arbitrada pelo mexicano Marco Rodríguez.
Para o Brasil, o jogo é um teste para o poder desta seleção, que encontra o primeiro grande rival nesta edição do Mundial precisamente sem dois dos seus principais jogadores, o capitão Thiago Silva, suspenso com dois cartões amarelos, e a grande estrela Neymar, que se despediu do torneio devido a uma lesão na coluna.
Já os alemães, na quarta semi-final consecutiva, procuram coroar o bom momento do futebol local com um título depois de algumas derrotas nas competições internacionais dos últimos anos: perdeu a final do Mundial 2002 para o Brasil (que foi, aliás, o único jogo entre ambos em Mundiais) e as duas semi-finais dos Mundial seguintes; em Europeus, também vem de um terceiro lugar e um vice-campeonato.
Escrete desfalcado
A seleção anfitriã afastou a Colômbia nos quartos de final, mas uma joelhada de Camilo Zúñiga – que não será alvo de processo disciplinar, anunciou a FIFA – fraturou uma vértebra ao avançado do FC Barcelona e deixou o Brasil sem a sua principal referência para o confronto com a Alemanha.
Além da ausência de Neymar, que poderá ser colmatada com a entrada de Willian, a equipa de Luiz Felipe Scolari enfrenta outra baixa de peso, a do capitão e defesa-central Thiago Silva, suspenso, que deverá ser rendido por Dante.
O “zagueiro” David Luiz, estrela da partida contra a Colômbia, assume a braçadeira de capitão contra a Mannschaft.
Se Joachim Löw apostar no mesmo onze que derrotou a França, o avançado Miroslav Klose terá uma nova oportunidade de passar a ter sozinho o estatuto de melhor marcador em fases finais de Mundiais. Atualmente com 15 golos, basta-lhe mais um para desempatar com o brasileiro Ronaldo Nazário de Lima, o Fenómeno.
Alemanha em boa fase, mas Brasil tem vantagem histórica
A jogar em casa em busca do sexto título mundial, depois dos conquistados em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002, o Brasil está pela 11ª vez entre os quatro primeiros lugares, um número só superado pelas 13 presenças dos germânicos.
Três vezes campeã do Mundo (1954, 1974 e 1990) e segunda em quatro ocasiões (1966, 1982, 1986 e 2002), a Alemanha deixou a França pelo caminho nos quartos e está meias-finais pela quarta vez consecutiva, procurando desforrar-se da vitória brasileira que lhe negou o título há 12 anos.
Além da vitória na grande final do Mundial 2002 (2-0), foram outros quatro encontros em competições e nenhuma vitória alemã: Brasil 4 a 1 no Mundialito de 1981; empate de 3 a 3 na US Cup de 1993; Brasil 4 a 0 na Taça das Confederações de 1999; e Brasil 3 a 2 na Taça das Confederações de 2005.
Quem vencer o encontro, que está marcado para as 17h locais (21h em Lisboa), qualifica-se para a final de 13 de julho, no Maracanã, no Rio de Janeiro, onde vai enfrentar o vencedor da outra meia-final, que opõe Argentina e Holanda na quarta-feira, em São Paulo.
Estatísticas no Mundial 2014
De acordo com os números oficiais divulgados pela FIFA, no ataque o Brasil tem uma ligeira vantagem sobre a Alemanha neste Mundial. Ambas as seleções têm 10 golos marcados, mas o Brasil finalizou mais (82 x 74) e criou mais jogadas ofensivas (221 x 216).
Defensivamente, o Brasil soma 117 desarmes contra 82 dos alemães. Mas é pior na questão disciplinar: enquanto os brasileiros já cometeram 96 faltas e levaram 10 cartões amarelos, os alemães fizeram 57 infrações e receberam só quatro cartões. Os europeus também sofreram só três golos, enquanto o Brasil já levou quatro.
No que diz respeito ao número de passes, o estilo alemão, com mais posse de bola do que o brasileiro, fica claro: são 3.577 contra 2.471. O aproveitamento da Alemanha também é maior, já que acerta 82% dos toques, enquanto o Brasil completa 73% deles.
Outro destaque alemão diz respeito à resistência da equipa: Müller, Kroos, Lahm e Howedes estão entre os dez jogadores que mais correram neste Mundial, todos acima dos 54km cada no total dos cinco jogos. O melhor brasileiro, Oscar, ocupa apenas o 22º lugar, com 50,1km corridos.
ZAP / Futebol365 / BBC
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