A Alemanha esmagou hoje o anfitrião Brasil por impensáveis 7-1, escrevendo uma das mais memoráveis páginas da história dos Mundiais de futebol, rumo à sua oitava final.
O onze de Joachim Löw despedaçou o sonho do hexa em 29 minutos fenomenais, em que chegou a 5-0, com um golo de Thomas Müller (11 minutos), o 16.º, recorde, de Miroslav Klose (23), dois de Toni Kroos (25 e 26) e ainda um de Sami Khedira (29).
Na segunda metade, um bis de Andre Schürrle (69 e 79 minutos) acentuou a humilhação de uns incrédulos canarinhos, que só por uma vez em Mundiais havia perdido por três golos. O golo de Óscar (90) soube a menos do que nada.
Depois do Maracanazo de 1950, o 1-2 com o Uruguai, há 64 anos, o 7-1 de Belo Horizonte entrará, certamente, para a história como o Mineirazo ou algo semelhante.
A Alemanha foi gigante, imensa e parte como favorita para a final, seja para a reedição da de 1974, com a Holanda (2-1), ou para as de 1986 (2-3) e 1990 (0-1), com a Argentina, duas seleções que jogam quarta-feira e até devem ter medo de ganhar.
O jogo
Em relação aos quartos, Scolari fez entrar Dante e Bernard para os lugares do castigado Thiago Silva e do lesionado Neymar e regressar Luiz Gustavo, retirando Paulinho, enquanto Löw repetiu o onze.
O Brasil foi o primeiro a ameaçar, num remate ao lado de Marcelo e num centro de Hulk, detido por Neuer, mas foi a Alemanha que quase marcou logo aos oito minutos, com Khedira, lançado por Özil, a rematar contra… Kroos.
O golo apareceu pouco depois, aos 11 minutos, com Kroos a marcar um canto na direita e Thomas Müller, deixado só no coração da área, a marcar à vontade o seu 10.º golo em Mundiais e quinto na edição de 2014.
A formação canarinha não conseguiu reagir e a Alemanha tomou conta do jogo, chegando ao segundo aos 23 minutos, numa jogada de envolvência, com Müller a tabelar com Kroos e a deixar para Klose, que bate Júlio César à segunda.
Não se sabia, mas estava a começar algo de memorável, de impensável. O Brasil “morreu” e a Alemanha a jogar um futebol do outro mundo, com passes atrás de passes, sempre certeiros e a grande velocidade.
De repente, aos 25 e 26 minutos, Kroos bisou, primeiro após passe de Lahm e depois, logo após a bola ir ao centro, na sequência de uma tabela com Khedira.
O quinto não demorou muito, quase nada. Aos 29 minutos, Hummels arrancou pelo centro do terreno, deixou em esforço em Khedira, que lançou Özil. O médio do Arsenal não quis marcar e preferiu devolver o passe ao jogador do Real Madrid.
O encontro como que acabou ai, mas ainda faltava uma eternidade, sobretudo para o Brasil, que ainda tentou reagir no início da segunda parte, só que o gigante Neuer parou as intenções de Ramires, Óscar e Paulinho.
A Alemanha jogava agora com grande calma, enorme descontração e quase não atacava, mas, quando o fazia, ameaçava sempre o sexto, que chegou, aos 69 minutos, obra de Schürrle, servido por Lahm.
O massacre não estava, porém, acabado. Uma dezena de minutos depois chegou o sétimo, um tiraço de Schürrle, após assistência de Müller, numa jogada iniciada num lançamento lateral.
Até final, os germânicos ainda tiveram uma oportunidade de ouro para chegarem ao oitavo, mas Özil atirou ao lado e, na jogada seguinte, aos 90 minutos, Oscar marcou para o Brasil, um pesado golo de honra.
Miroslav Klose, o maior goleador dos Mundiais
Ao marcar o segundo tento da Mannschaft, Miroslav Klose isolou-se na liderança dos melhores marcadores da história dos Mundiais, com 16 golos, mais um do que o brasileiro Ronaldo, o Fenómeno.
No seu quinto jogo na prova, segundo como titular, o avançado da Lázio de Roma marcou o histórico golo aos 23 minutos, colocando a Mannschaft a vencer os anfitriões por 2-0, em embate das meias-finais.
[one_half last=”no”]Meias finais:
Terça-feira, 8 de Julho de 2014
Brasil – Alemanha, 1-7
Quarta-feira, 9 de Julho de 2014
Holanda – Argentina, 21:00, RTP1
Futebol 365[/one_half][one_half last=”yes”][/one_half]
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