O anfitrião Brasil, o país com mais títulos mundiais de futebol, somou esta terça-feira uma série de recorde negativos, ao ser goleado por 7-1 com a Alemanha, nas meias-finais do Mundial2014.
No Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, os canarinhos voltaram a perder por 6 golos de diferença quase um século depois: só tinha acontecido uma vez, no longínquo ano de 1920, em Viña del Mar, no Chile, frente ao Uruguai.
Então, a 18 de setembro de 1920, a formação celeste bateu os brasileiros por 6-0, rumo à vitória na Copa América, disputada nessa edição por quatro seleções, no sistema de todos contra todos, no Chile.
Em solo brasileiro, o Brasil só tinha perdido por 4 golos de diferença e num particular, disputado frente à Argentina, que ganhou por 5-1 no Rio de Janeiro, também há muitos anos, mais precisamente em janeiro de 1939.
No que respeita apenas ao Mundial, que os canarinhos ganharam em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002, a goleada face aos alemães duplicou a maior de sempre.
Antes, em 102 jogos, o Brasil só tinha perdido em 15 ocasiões e só uma vez por 3 golos, na final do Mundial de 1998, frente à anfitriã França, que ganhou por 3-0, com dois golos de Zinedine Zidane e um, a acabar, de Emmanuel Petit.
De resto, os brasileiros tinham perdido 9 vezes por um golo e 5 vezes por 2 golos, uma delas com Portugal (1-3 em 1966, com dois de Eusébio).
Os 7 golos sofridos também são um recorde negativo para o Brasil em Mundiais, superando em 5 os sofridos nos oitavos de final da edição de 1938, mas, então, numa vitória por 6-5 sobre a Polónia, após prolongamento.
Como visitada, a Suíça tinha sofrido 7 golos numa ocasião, mas quando perdeu por 7-5 com a Áustria, na edição de 1954.
O anfitrião de um Mundial também nunca tinha perdido por 6 de diferença, nem nada parecido: o máximo estava em três, no Suécia-Brasil (2-5, em 1958), no México-Itália (1-4, em 1970) e no África do Sul-Uruguai (0-3, em 2010).
Numa meia-final da principal competição também não há nenhuma vitória por 6 golos, sendo que os recordes eram longínquos, os 6-1 de Argentina aos Estados Unidos e do Uruguai à Jugoslávia (ambos em 1930) e ainda da RFA à Áustria (1954).
A velocidade da goleada também foi recorde, já que nunca uma equipa tinha chegado aos 29 minutos a vencer por 5-0, o que aconteceu hoje, rumo ao 7-1 final.
Na história das fases finais, a Jugoslávia tinha sido a selecção a estar mais perto, quando, em 1974, frente ao Zaire, chegaram ao 5-0 aos 30 minutos. Chegariam ao intervalo a vencer por 6-0 e acabariam por ganhar por 9-0.
Além dos 7 recordes negativos que o Brasil “ganhou” no jogo com a Alemanha, os brasileiros viram Miroslav Klose tornar-se o Maior Marcador de Sempre em fases finais de mundiais, ao marcar o seu 16ª golo – perdendo assim o record que Ronaldo “Fenómeno” mantinha ex-aequo, com 15 golos marcados nos mundiais de 1998 (4), 2002 (8) e 2006 (3).
Também nos recordes, 7-1.
ZAP / Lusa
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