Apito Dourado? “Começou no Minho e acabou em Leiria; percebeu-se logo a geografia”

Em entrevista à TVI, Jorge Nuno Pinto da Costa falou sobre tudo, desde a explicação para a saída de Alex Telles até ao Apito Dourado.

Presidente do FC Porto desde 1982, Pinto da Costa é o dirigente desportivo há mais tempo na liderança de um clube e também o que conquistou mais títulos à frente de um clube de futebol. Com as eleições à presidência a aproximarem-se, Pinto da Costa prepara a sua recandidatura para mais um mandato.

“Não estou nada preocupado com o que falta fazer”, admitiu Pinto da Costa, focando a sua prioridade em avançar com a Cidade Desportiva. Ainda em junho, Pinto da Costa anunciou que planeia construir a Cidade Desportiva do FC Porto em Matosinhos, um plano que já terá sido aprovado pela Câmara Municipal. A infraestrutura terá sete campos de futebol de 11, um deles com uma bancada com 2500 lugares, e dois campos de futebol de sete.

Quanto à situação financeira do clube, o presidente portista mostra-se otimista, garantindo estar otimista que vão “sair brevemente desta situação”. Pinto da Costa disse que os seus jogadores estão subvalorizados e que os jogadores de hoje em dia “só conhecem o net – valores líquidos; os impostos em Portugal são muito altos”.

Sobre a saída de Alex Telles, o líder dos ‘dragões’ salienta que foi uma escolha do jogador e que, ainda assim, tentou segurá-lo pelo menos até ao fim do ano. “Ele dizia que queria sair porque, segundo ele, o atual selecionador do Brasil só convocava jogadores de três ou quatro campeonatos que acompanhava”, explicou, citado pelo Tribuna Expresso.

Ainda sobre o mercado, diz que Fábio Silva foi um bom negócio para o empresário, jogador e FC Porto. “Parece estranho mas é assim. Os bons empresários têm oportunidade de meter jogadores em grandes clubes que os outros não chegam lá”, realçou.

“O meu filho foi dirigente do FC Porto há muitos anos. Pediu a demissão porque no FC Porto há um princípio: quem está no FCP não pode estar na política e ele foi eleito como vereador da Câmara. Hoje, ele é apenas sócio há 52 anos, que é tantos quantos tem de vida; não mérito dele, mas meu, que fui muito rápido. O Alexandre é empresário de futebol e não faz negócios com o FC Porto. Não faz, porque nem pode. Os outros empresários não precisam dele”, disse Pinto da Costa sobre o assunto.

Através do Twitter, Rui Pinto reagiu à entrevista de Pinto da Costa, mencionando o alegado desconhecimento das “comissões do filho, Pedro Pinho, Caldeira e companhia limitada”.

Aliás, Rui Pinto foi tema de uma das perguntas que foi lançada ao presidente ‘azul e branco’. Pinto da Costa admitiu não ter opinião sobre o denunciante português: “É um processo que não liguei muito, não vou dizer se é herói ou criminoso”.

“Mas agora há algo estranho: muita gente com responsabilidade no país que o considera o país. Porquê? Porque denunciou irregularidades – se essas irregularidades não fossem postas cá fora, estavam no cesto. Se o Rui Pinto for considerado um herói, espero que o nosso funcionário, que foi condenado por revelar conteúdos dos emails, também seja considerado herói”, atirou.

Um dos assuntos em que o presidente do FC Porto tem sido mais crítico é em relação à ausência de público nos estádios.

“Todos me dão razão e me dizem que é incompreensível não haver público. Na final da Taça de Portugal houve várias figuras da Nação que me disseram isso. Aqui nos nossos camarotes não podem estar algumas pessoas? Faz sentido?”, questionou. Segundo Pinto da Costa, o FC Porto já perdeu 29 milhões de euros devido à realização dos jogos à porta fechada.

“Nós temos aqui camarotes familiares… e não pode vir aqui ver o jogo, mas pode ir a um restaurante? Quem me tem ajudado aqui? O presidente da Liga e o presidente da FPF”, acrescentou.

No que toca ao Apito Dourado, Pinto da Costa diz que quem o conhece, sabe que nunca se preocupou com isso. “Aquilo foi um processo que começou no Minho e acabou em Leiria; percebeu-se logo a geografia”, afirmou.

“Até lhe conto uma coisa: quando foi aquela coisa toda do Apito Dourado, dez dias depois, neste sítio aqui onde estamos, foi apresentado o livro “Largos Dias têm 100 anos”. Quem é que estava aqui? O general Ramalho Eanes e o Fernando Martins, antigo presidente do Benfica. Depois do 25 de abril, o Ramalho Eanes é a pessoa número um em Portugal. Sabe o que é que o Fernando Martins me disse? Que toda a gente sabia de onde é que aquilo vinha”, acrescentou.

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Comentários

Um comentário a “Apito Dourado? “Começou no Minho e acabou em Leiria; percebeu-se logo a geografia””

  1. O Padrinho…

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