Com as eleições à presidência do SL Benfica a aproximarem-se, Luís Filipe Vieira concedeu uma entrevista ao programa Trio d’Ataque, da RTP3, este domingo.
O recandidato à liderança do emblema da Luz falou sobre tudo, desde a Operação Lex e o caso dos emails até à novela de Cavani e a vinda de Jorge Jesus.
Sobre este último, Luís Filipe Vieira garantiu que não foi uma jogada para ganhar as eleições, “até porque o Jorge Jesus era muito controverso na família benfiquista”. O treinador português regressou esta época ao Benfica após uma ausência em que treinou Sporting, Al Hilal e Flamengo.
“Agora, o Seixal faz parte da estratégia do Benfica e não faz parte da estratégia de nenhum treinador. É prioritária e vai continuar a ser”, disse Vieira, justificando que as saídas de Florentino, Jota, Gedson e Tiago Dantas foram pedidas pelos próprios jogadores.
Há quase 20 anos à frente do clube, Luís Filipe Vieira salienta o trabalho que desenvolveu: “O Benfica foi refundado, o que é uma diferença muito grande. Naquela altura, vi desaparecer quem hoje se diz ser da oposição. Era preciso arriscar muito. Outros fugiram, outros ficaram ressabiados”.
Em relação às contratações dos benfiquistas neste mercado de transferências, o presidente encarnado não mostra arrependimentos. E até dá o exemplo de Darwin, que foi o que custou mais dinheiro e que “será uma referência no futuro do futebol mundial”.
E sobre Cavani? “O Benfica fez uma proposta sensata, a que podia fazer. Nunca houve um papel escrito. Até que ele vai para Ibiza e, quando recebi a proposta por escrito, vi que o valor era quase o dobro. Então nada feito. Mas houve esse interesse. Se me tenho encontrado com ele, tínhamos assinado se calhar. Cara a cara”, explicou LFV, citado pela Tribuna Expresso.
Questionado sobre por que não aceitou debates com outro candidatos, Vieira diz ter apreciado muito os debates no Sporting, mas que não quer aquilo para o seu clube. “Não podemos ter aquela palhaçada. Aquilo era o riso nacional”, atirou.
“Sou presidente do Benfica há 16 anos e nunca fiz um debate com ninguém. Há canais de televisão e podem lá ir apresentar medidas. Eu não me presto a isso. Ainda não ouvi nenhum candidato dizer o que vai fazer de novo no Benfica”, acrescentou.
Um dos temas que também gerou mais polémica recentemente foi a presença de António Costa na Comissão de Honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira. “O António foi meu apoiante em 2016, como cidadão e sócio do Benfica, e agora foi na mesma condição”, explicou.
Sobre o fraco desempenho do clube nas competições europeias, o presidente das ‘águias’ garante ter equipa para disputar a Liga dos Campeões.
“Vamos ser claros. Imaginemos que o Benfica tinha sido apurado e chegava aos oitavos-de-final. A partir dali é uma lotaria. Quem jogou à bola sabe que é assim”, disse.
Luís Filipe Vieira é um dos principais arguidos da Operação Lex, no entanto, nesta entrevista, recusou estar envolvido.
“Não lhe ofereci nada [a Rangel]. A justiça acho que funciona em Portugal. Nunca serei julgado por nenhum jornal, nem por nenhuma televisão. Se não fosse presidente do Benfica, tenho a certeza que não estava naquele julgamento. O que se devia dizer é como é que o Estado português, seja eu ou outro, fechar-lhe a porta. Demorei nove anos a ser ressarcido de dinheiro. O que tinha eu de pedir ao juiz Rui Rangel?”, questionou.
Sobre o caso dos emails, a posição é a mesma, negando a veracidade das acusações: “Acham que o Benfica, nos últimos sete ou oito anos, não teve os melhores plantéis de Portugal? Ganhámos quatro campeonatos seguidos. Era preciso andarmos a pedir favores a árbitros?”.
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