João Almeida e Rúben Guerreiro foram duas das maiores figuras desta edição do Giro, a volta a Itália em bicicleta. Os dois ciclistas aterraram esta segunda-feira, em Lisboa, e parece que ainda não perceberam a dimensão daquilo que fizeram.
“O balanço é mais do que positivo. Depois de conquistarmos a rosa fomos vendo até onde podíamos segurar a camisola. É um momento sem palavras. Ainda sei bem o que fiz”, disse João Almeida, o português que terminou no quarto lugar da prova, conseguindo a melhor classificação de sempre de um português numa grande volta.
Natural das Caldas da Rainha, João Almeida foi líder durante 15 dias, perdendo a camisola rosa na etapa rainha, a subida do Stelvio. Ainda assim, depois de cair para o quinto lugar da geral, o português reduzir o tempo para os outros corredores e ascender ao quarto posto já na última etapa, em contrarrelógio.
Rúben Guerreiro também fez história ao tornar-se o primeiro português a ganhar uma classificação numa grande volta. O ciclista da EF Education First terminou o Giro como incontestável líder da classificação de montanha.
“O objetivo era lutar por uma etapa, a camisola foi um bónus”, disse Guerreiro, citado pela Rádio Renascença.
“Foi luta muito difícil, mas o apoio dos meus companheiros foi decisivo. Foi apenas a segunda grande volta que fiz, mas tive boas sensações. Depois de um merecido espero planear o meu futuro”, acrescentou.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, felicitou João Almeida e Rúben Guerreiro por terem feito “duas prestações extraordinárias”.
Numa nota publicada no site da Presidência, é notado que os dois ciclistas “fizeram história com duas prestações extraordinárias que durante as últimas três semanas empolgaram todos os portugueses”.
“Estes registos constituem a melhor prestação de sempre de ciclistas portugueses no Giro, fizeram jus à história do ciclismo nacional, honraram o nome de Portugal e merecem o reconhecimento do Presidente da República”, pode ler-se na nota.
A 103.ª edição da Volta a Itália em bicicleta terminou hoje, com a vitória do britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), após a conclusão do contrarrelógio individual da 21.ª etapa, em Milão.
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