Albert Elis e Angel Gomes foram duas das figuras de destaque do Boavista na avassaladora vitória sobre o SL Benfica. A dupla de centrais ‘encarnada’ esteve em evidência pelo número de bolas perdidas.
No jogo de fecho da ronda, o Benfica deslocou-se ao terreno do Boavista e perdeu por expressivos 3-0. Os ‘axadrezados’ conseguiram a primeira vitória neste campeonato, ao mesmo tempo que os ‘encarnados’ registaram a primeira derrota. Se o resultado choca aqueles que não viram o jogo, quem teve oportunidade de ver os 90 minutos do encontro no Bessa não se deixa surpreender.
O Boavista apresentou um futebol rápido e apoiado, que deixou a defesa benfiquista baralhada e sem saber como lidar com a fluidez do jogo adversário. No final da partida, o próprio Jorge Jesus admitiu a qualidade do Boavista, embora se tenha focado mais no demérito da sua equipa.
“Não fomos uma equipa bem organizada defensivamente, algo que se deve ao número de jogos que esta dupla de centrais tem jogado. Notou-se a falta de velocidade hoje. Na primeira parte, a equipa do Boavista matou o jogo constantemente com faltas e o árbitro também deixou que o jogo se prolongasse assim. Alguns jogadores do Benfica também falharam muitos passes, não é normal”, disse o treinador do SL Benfica.
“Apanhámos um Boavista que soube jogar com a falta de qualidade da nossa parte, foi uma noite não muito bem conseguida da nossa parte”, acrescentou.
A dupla de centrais Otamendi-Vertonghen esteve longe da perfeição e a estatística não mente. Juntos, o argentino e o belga perderam a posse de bola em 31 ocasiões. Os dados fornecidos pelo GoalPoint mostram que Otamendi totalizou 17 perdas de bola, enquanto Vertonghen perdeu a posse por 14 vezes.
No entanto, a derrota do Benfica no Bessa não pode meramente ser explicada pela má exibição das ‘águias’. O Boavista começa a justificar o investimento feito e protagonizou uma exibição de alto gabarito que fez lembrar os tempos áureos do clube.
Mais um extraordinário jogo de Angel Gomes, que cada vez mais promete ser uma das grande figuras deste campeonato. O extremo desfez por completo o meio-campo e a defesa dos ‘encarnados’, escreveu o GoalPoint, que o considerou o melhor em campo.
Começou por arrancar uma grande penalidade a Everton “Cebolinha”, e o próprio converteu o castigo máximo no 1-0. Depois esteve na origem do 2-0, de Elis, e acabou por sair aos 68 minutos, lesionado. Ao todo somou cinco ações com bola na área benfiquista, tudo na primeira meia-hora, e completou dois de quatro tentativas de drible. Defensivamente fez três intercetações.
Albert Elis esteve também em destaque. Um poço de força e velocidade, foi forte demais para uma defesa do Benfica que tinha de lidar com a subida em bloco do “miolo” contrário e, ao mesmo tempo, tentar travar um jogador superior em força e rapidez, a ganhar as costas dos centrais e aproveitando as subidas dos laterais.
O avançado hondurenho fez um golo, enquadrou os três remates, somou sete ações com bola na área contrária, completou três de sete tentativas de drible e participou em dez duelos aéreos ofensivos, ganhando dois. Acabaria por falhar duas ocasiões flagrantes, que lhe poderiam ter permitido ter uma noite (ainda mais) inesquecível.
“Estou muito feliz. Marquei um golo, as coisas correram bem e ajudei. Esta vitória é para todos os companheiros e dá confiança. A equipa é quase toda nova e agora é preciso continuar a lutar. Nós vamos lutar cara a cara com qualquer equipa”, disse Elis, no fim do encontro.
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