Kevin Love voltou a falar sobre a sua depressão, admitindo que o suicídio ainda “passa pela cabeça”. O basquetebolista venceu a NBA ao serviço dos Cleveland Cavaliers.
A saúde mental e as depressões voltam a ser abordadas por desportistas de alto nível e mediáticos. Kevin Love, que já foi campeão da NBA, voltou a falar sobre a sua depressão e abordou os seus pensamentos de suicídio, que ainda não desapareceram.
“Sei que a ideia de uma pessoa tirar a sua própria vida origina medo, mas isso foi algo que me passou pela cabeça muitas vezes. Tinha várias formas pensadas“, contou, em entrevista a um programa de televisão norte-americano, o In Depth with Graham Bensinger.
“O futuro começou a deixar de fazer sentido. E quando perdes a esperança, a única coisa que pensas é: o que posso fazer para que esta dor desapareça? Quando chegas a este ponto, em que os dias são todos iguais, os pensamentos suicidas entram em jogo. E começas a planificar qual seria a rota que tomarias. Foram momentos realmente aterradores na minha vida”, continuou.
O campeão olímpico e mundial pelos EUA contou também que, quando pesquisou por maneiras de cometer suicídio, apareceu-lhe imediatamente à frente o número da linha nacional da prevenção do suicídio. “É uma coisa boa”, destacou: “Pensei mesmo em algumas formas mas era simplesmente assustador seguir esse caminho e interiorizar a ideia de tirar a minha própria vida”.
No entanto, apesar dos seus pensamentos e das formas de os executar, o basquetebolista nunca tentou acabar com a própria vida.
Love, campeão da NBA em 2016 ao serviço dos Cleveland Cavaliers, não escondeu que a sua mente ainda atravessa esses pensamentos negativos: “Também sofro muito por causa do meu pessimismo constante: do género, muitas vezes sinto que não mereço nada. Não mereço o que consegui, o sucesso que tive… Sinto que sou uma fraude, muitas vezes, porque acho que não consegui o suficiente”.
“E, se estiveste ou estás nessa fase, sim, acho que os pensamentos suicidas continuam a passar pela tua mente. Eu aprendi a dizer a verdade, de forma honesta. Aprendi que nada te persegue mais do que aquilo que não dizes. O que me ajuda mais e o que é mais útil para mim é expor tudo”, explicou.
Kevin Love, 32 anos, já tinha dito em setembro que poderia não estar vivo a esta altura: “Se não fossem alguns dos meus amigos mais próximos, não sei se estaria aqui hoje a contar a minha história”.
O basquetebolista dos Cavaliers criou a fundação Kevin Love Fund, que tenta melhorar o bem-estar emocional e físico das pessoas.
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