Treinador do Rio Ave quer os seus jogadores a “pensar grande”, para recuperar dos maus resultados das últimas semanas.
A época 2020/21 está a ser atípica em Vila do Conde. Nas primeiras semanas foi atípica por boas razões mas, a partir de novembro a palavra “atípica” passou a ser sinónimo de negativa.
Primeiro, o Rio Ave começou por superar duas equipas nas pré-eliminatórias da Liga Europa. A segunda revelou-se uma surpresa, já que o adversário foi o Beşiktaş e o jogo realizou-se na Turquia. O terceiro adversário foi o “gigante” AC Milan e o Rio Ave ficou, literalmente, a segundos e a centímetros de afastar da Europa o líder do campeonato italiano.
A essa desilusão europeia seguiu-se uma boa fase, com apenas uma derrota (contra o Benfica) em seis jogos. No entanto, nos últimos oito compromissos, a turma nortenha só venceu dois, ambos para a Taça de Portugal. No campeonato a última vitória aconteceu no dia 31 de outubro.
Após cinco jornadas consecutivas sem ganhar (agora são seis), outro facto atípico em Vila do Conde: o treinador foi despedido durante a época. Mário Silva saiu, Pedro Cunha entrou. De forma interina mas, admitiu o presidente António Silva Campos, se os resultados mudarem o antigo técnico da equipa B fica.
Num invulgar 15.º lugar, há pressão sobre o Rio Ave? Pedro Cunha respondeu: “Quem tem pressão, muitas vezes, é a malta que devido à pandemia está desempregada. Querem ganhar dinheiro e estão desempregados devido à crise. Têm que ter um sustento para alimentar os seus filhos e não têm dinheiro. Esses têm pressão. Agora nós…? Nós estamos a fazer o que amamos e somos pago a horas e a dias. A pressão fica para trás. Estes jogadores têm de transformar a pressão numa coisa boa, como eu também faço”.
“Se os jogadores sabem pensar grande, também têm consciência de que, nos momentos difíceis, precisam de aparecer e de se mostrarem. Quem abana com o stress não vai chegar lá. Acredito que temos homens e jogadores para inverter este trajeto”, acrescentou o treinador do Rio Ave.
Para o duelo com o Portimonense desta sexta-feira, Pedro Cunha apontou o que os seus atletas devem fazer: “Precisamos de aumentar os nossos níveis de agressividade, com e sem bola. Acredito muito no processo de treino e potenciamos exercícios nesse sentido. De certeza que os jogadores vão adquirir esse processo, porque têm estado muito compenetrados”.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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