Os adeptos do clube francês invadiram, este sábado, o centro de treinos e atearam fogo a uma árvore. No protesto não faltaram tarjas contra a direção presidida por Jacques-Henri Eyraud, que já reagiu através de um comunicado.
Cerca de três centenas de adeptos reuniram-se na tarde de sábado junto ao centro de treinos do Marselha, horas antes do jogo frente o Rennes, num protesto contra a direção de Jacques-Henri Eyraud.
O jogo foi, entretanto, adiado, por causa da manifestação que durou cerca de uma hora e terminou com intervenção policial. A polícia deteve 25 adeptos.
De acordo com o Jornal de Notícias, a manifestação nada tem a ver com o treinador da equipa, o portuense André Villas-Boas, mas sim com o presidente do clube e com os seus jogadores.
“JHE [Jacques-Henri Eyraud]: inimigo público número 1″, lia-se numa tarja.
Os adeptos empunhavam também cartazes com a frase “direção fora” e nos muros do centro de treinos da equipa apareceram também pinturas com as expressões “Eyraud fora” ou “Eyraud vai-te embora”, relata o jornal A Bola.
A ação começou com uma manifestação a pé na rua la Martine, que leva ao centro de treinos, a Commanderie.
Dezenas de very-light foram arremessados e terão criado um pequeno incêndio, de acordo com o jornal La Provence.
https://twitter.com/SkySportsNews/status/1355595559596339205?s=20
Segundo o site Mais Futebol, o Marselha já reagiu, repudiando os “bárbaros” atos de violência protagonizados pelos adeptos como contestação aos maus resultados da equipa de André Villas-Boas.
“O Marselha condena os inaceitáveis ataques sofridos pelo clube no centro de treinos. Vários adeptos entraram, recorrendo à violência, nas instalações e no próprio edifício da equipa profissional. Mesmo com a intervenção da polícia, verificámos uma inaceitável onda de violência que colocou em perigo todos os presentes (jogadores, staff, polícia, seguranças) e os danos nas instalações ascendem a centenas de milhares de euros”, lê-se no comunicado oficial.
O clube acrescenta ainda que tem “todas as provas e imagens do que aconteceu” e que já as forneceu para investigação.
“Três centenas de funcionários estão em choque por terem vivido este ataque inenarrável contra o Marselha. Isto requer a maior severidade contra os criminosos que se dizem adeptos, mas destroem instalações e ameaçam funcionários e jogadores”, disse, citado em comunicado, o presidente do clube, um dos principais alvos da fúria.
No mesmo documento, o guarda-redes Steve Mandanda é citado como considerando os eventos “inaceitáveis”, enquanto o defesa espanhol Álvaro reiterou que “o que aconteceu hoje não pode acontecer nunca mais“.
O Marselha, já afastado das competições europeias, segue num ciclo de cinco jogos sem vencer, com quatro derrotas consecutivas e ocupa a sexta posição do campeonato francês.
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