Há um “boom” de investidores dos EUA em clubes europeus (e Portugal não escapa)

Estoril e Casa Pia são dois dos 38 exemplos do boom de investidores norte-americanos no futebol europeu. Mais de um terço das aquisições aconteceu nos últimos 13 meses.

O paradigma do futebol norte-americano tem mudado drasticamente nos últimos anos. O interesse dos EUA pelo soccer tem crescido e, com ele, o investimento em clubes europeus tem chegado quase de mãos dadas. Um pouco por toda a Europa, tem crescido o número de clubes com um investidor maioritário oriundo dos Estados Unidos.

Nos dois principais escalões das ligas europeias já há um total de 38 equipas detidas maioritariamente por investidores dos EUA. Em 14 destes casos (37%), a compra aconteceu nos últimos 13 meses.

Esbjerg fB, da Dinamarca, e Spezia Calcio, de Itália, são apenas os exemplos mais recentes da aposta norte-americana no mercado do futebol europeu.

O emblema dinamarquês desceu este ano para o segundo escalão e foi agora comprado pelo Pacific Media Group, que detém ainda Barnsley (Inglaterra), KV Oostende (Bélgica) e AS Nancy (França).

Paul Conway, falando em nome do grupo de investidores, disse estar ansioso por desenvolver a base sólida do Esbjerg e destacou o uso de dados e estatísticas a nível estratégico como uma ferramenta importante para o desenvolvimento do clube. O Pacific Media Group investiu cerca de 4,8 milhões de dólares.

Por sua vez, o Spezia foi comprado pelo investidor Robert Platek, tornando-se o quinto clube da Serie A italiana a ser gerido por norte-americanos.

Fiorentina, AC Milan, Parma e Roma são os outros emblemas do primeiro escalão que já contam com uma gestão maioritária de sociedades americanas. Também o Pisa e o Veneza, da Serie B, são detidos por investidores dos EUA.

Robert Platek é também investidor da SDUQ do Casa Pia e um dos proprietários da empresa MSD Capital. O norte-americano comprou ainda o Sønderjysk Elitesport, da primeira divisão dinamarquesa, no final do ano passado. Além disso, está envolvido numa série de empréstimos a clubes ingleses, nomeadamente ao Derby County e ao Southampton.

A chegada de Platek deu-se pouco antes do final do ano, mas acabou por não se refletir na janela de inverno do mercado de transferências. O clube lisboeta trouxe seis novos atletas a custo zero. Atualmente no oitavo lugar da II Liga, a 14 pontos do lugar de playoff, a hipótese de promoção à Liga NOS será definitivamente árdua.

Mas o Casa Pia não é a única equipa em Portugal com um ‘toque de Midas’ americano.

Em julho de 2019, o Estoril Praia Futebol SAD foi adquirido por investidores norte-americanos, através do MSP Sports Capital. O clube é desde então presidido por Jeffrey Saunders.

O caso dos ‘canarinhos’ é mais bem-sucedido, com o clube a ocupar, de momento, o segundo lugar da Liga SABSEG, que dá acesso direto ao primeiro escalão do futebol português.

[sc name=”assina” by=”Daniel Costa, ZAP” ]


Comentários

Um comentário a “Há um “boom” de investidores dos EUA em clubes europeus (e Portugal não escapa)”

  1. Avatar de de mal a pior
    de mal a pior

    Então e os milionários russos saídos do comunismo, já esgotaram a massa toda ou ainda têm mais alguma coisa para dar? Possivelmente a moeda é fraca e já deram o badagaio!

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *