Houve buzinão na Luz (mas sem “carinho”). Jesus culpa covid-19 pela crise do Benfica

Algumas dezenas de adeptos protestaram junto ao Estádio da Luz, entre gritos de “Rua Vieira” e com um buzinão, devido aos maus resultados do Benfica. Antes disso, Jorge Jesus tinha apelado a um “buzinão de carinho” numa conferência de imprensa onde atribuiu culpas à covid-19 pela crise no clube.

O “Movimento Rua Vi€ira” conseguiu juntar algumas dezenas de adeptos na rotunda Cosme Damião, junto ao Estádio da Luz, num protesto marcado para as 19:04 horas desta quarta-feira, para coincidir com o ano de fundação do Benfica que foi em 1904.

A PSP marcou presença no local, mas sem se verificarem distúrbios, com os adeptos a entoarem gritos como “Rua Vieira” e o “Benfica é nosso”.

O protesto teve repercussões noutras cidades do país e aconteceu mesmo depois de o treinador do Benfica se ter indignado com a ideia do buzinão.

Devia haver era um buzinão, mas era para nos dar carinho, a mim e aos meus jogadores… e ao presidente”, apontou Jorge Jesus na conferência de imprensa de antevisão do jogo da Liga Europa, contra o Arsenal.

“Não falhei e poucas vezes falho”

Na antevisão do jogo com o Arsenal que se realiza nesta quinta-feira, Jesus tratou de realçar que o Benfica teve “o plantel todo, a equipa médica, a equipa técnica, o staff” infectados com covid-19. Uma “confusão” que complicou a vida ao clube, sublinhou, salientando que a responsabilidade dos jogadores nos maus resultados “é zero”.

“Não deram mais porque não puderam”, realçou, salientando que também não tem culpas no cartório.

“Não digo que não falhe, os treinadores falham, mas em relação a esta questão do Benfica, não falhei e poucas vezes falho“, apontou o técnico.

“Esta crise não tem nada a ver comigo” porque “não treinava os jogadores” devido à covid-19, realçou ainda, constatando que “no mês de Janeiro, o Benfica era segundo a 2 ou 3 pontos do Sporting”.

“O presidente, o treinador, os jogadores e a estrutura não conseguem controlar uma pandemia de covid que esteve durante 2 meses e meio aqui dentro”, acrescentou.

Chega de me responsabilizarem, o presidente do Benfica e os jogadores a mesma coisa”, atirou Jesus, apontando também o dedo aos comentadores de televisão.

O treinador queixou-se de “ver gente que, nas televisões, benfiquistas, que todos os dias nos agridem, não nos dão uma palavra de conforto para passar esta fase, constantemente a porem em dúvida os jogadores, o treinador, o presidente”.

“Não vou sair por pé nenhum”

Jesus assegurou ainda que não tem qualquer intenção de se demitir. “Não vou sair por pé nenhum, não me sinto responsável por esta crise do Benfica“, reforçou.

“Vim para ser campeão e poder trabalhar normalmente”, referiu o treinador, considerando que foi “travado por uma pandemia”.

O técnico apontou, contudo, que no último jogo com o Arsenal já houve bons “sinais” em termos da “capacidade física” dos jogadores.

“Temos jogadores que já correm acima de 10 quilómetros por jogo quando não tínhamos, nem no treino”, disse Jesus, considerando que “a equipa fisicamente vem a melhorar, mas psicologicamente [a perda de pontos] marcou”.

“Mas há ainda muita coisa para ganhar”, lembrou Jesus, admitindo que “o campeonato está difícil”. Contudo, “não deitamos a toalha ao chão”, concluiu.

https://www.youtube.com/watch?v=ofMHQV3ZDm0

[sc name=”assina” by=”Susana Valente, ZAP”]


Comentários

3 comentários a “Houve buzinão na Luz (mas sem “carinho”). Jesus culpa covid-19 pela crise do Benfica”

  1. Avatar de Ze Galambadas
    Ze Galambadas

    Engraçado, às portas da assembleia da república a única buzina que se ouve é a dos táxis.

  2. Avatar de de mal a pior
    de mal a pior

    E lá se foi mais uma! Ai Jesus que a culpa é do covid!

  3. Avatar de Pezinhos de La
    Pezinhos de La

    Parabéns benfica, pelos teus resultados, devolve novamente o Jesus para o Brasil e mais nada. Vieira, não te demitas da Direcção. estás no bom caminho na tua gestão financeira, o Fisco para já, fecha os olhos, quando te demitires, vai-te acontecer o que aconteceu ao Val de Azevedo, Justiça Portuguesa

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *