Esta época há menos 500 clubes em comparação com a temporada transata. O presidente da FPF, Fernando Gomes, classifica a situação de “drama absoluto”.
A pandemia de covid-19 e a consequente interrupção das competições foi um duro golpe em muitos clubes portugueses, que se viram forçados a fechar portas. O próprio presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, admite este cenário, classificando-o de “drama absoluto”.
“A FPF tinha aproximadamente 2 mil clubes inscritos na época passada, que contabilizavam um total de 9 mil equipas. Esta época há menos 500 clubes. Das 9 mil e tal equipas, existem neste momento 3.700″, disse Fernando Gomes em entrevista ao jornal Record.
“Estamos a trabalhar em conjunto com os clubes e as associações distritais, a ver se encontramos mecanismos que nos permitam perder menos jovens e tentar ter o mesmo nível de atividade que tínhamos em 2019/20, quando atingimos o topo de atletas inscritos, cerca de 220 mil. Tínhamos uma meta que era atingir os 300 mil atletas no fim do nosso mandato e agora vai ser muito difícil. O nosso objetivo é tentar recuperar os 220 mil que tínhamos“, acrescentou.
A incapacidade de gerar receitas, a quebra das receitas com os direitos televisivos e a diminuição drástica do mercado de transferências são alguns dos problemas identificados pelo presidente da FPF.
E para o futebol não profissional? “É um caos absoluto”, atira. “Os clubes não têm receitas de televisão, têm da bilheteira e não há público. Muitas vezes têm receitas de atividades complementares do bar, da sede, do patrocínio local, de apoios das autarquias, e deixaram de as ter”.
“Temos mais de mil entidades certificadas que não conseguem sobreviver porque parte significativa da receita era pela mensalidade paga pelos utentes. É um drama absoluto, generalizado a todas as modalidades”, argumentou.
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