Aos 118 anos de idade, a pessoa mais velha do mundo prepara-se para carregar, já no mês de maio, a chama olímpica no Japão.
Estamos a falar de Kane Tanaka, japonesa, de 118 anos, que vai levar a chama olímpica ao passar por Shime, cidade japonesa localizada no distrito de Fukuoka.
Segundo a cadeia televisiva CNN, embora esteja previsto que os familiares a empurrem numa cadeira de rodas durante a maior parte do percurso de cerca de 100 metros, a “supercentenária” (pessoa com mais de 110 anos de idade) está determinada em dar os últimos passos, à medida que passa a tocha ao corredor seguinte.
A japonesa, que já sobreviveu a dois cancros e viveu durante duas pandemias globais, até já tem um novo par de sapatilhas para o evento – um presente da família no seu último aniversário, em janeiro.
“É ótimo que tenha atingido esta idade e ainda consiga manter um estilo de vida ativo. Queremos que outras pessoas vejam isto e se sintam inspiradas, e que não pensem que a idade é uma barreira”, disse o neto, Eiji Tanaka, que tem cerca de 60 anos, à estação televisiva norte-americana.
Tal como recorda a CNN, entre os que detêm o recorde de pessoas mais velhas a carregar a chama olímpica está a brasileira Aida Gemanque, que a acendeu nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, e o jogador de ténis de mesa russo Alexander Kaptarenko, que correu com ela nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, em 2014, aos 101 anos.
Eiji Tanaka contou que a avó está entusiasmada com a participação no evento, que está a ser patrocinada por uma companhia de seguros de vida japonesa, mas lembrou também que esta situação dependerá da sua saúde e das condições meteorológicas na altura.
O percurso da chama olímpica foi atrasado devido à pandemia e vai começar em Fukushima, a 25 de março, com várias medidas covid-19 em vigor. A chama vai passar primeiro por regiões afetadas pelos devastadores terramoto e tsunami de 2011, marcando o 10.º aniversário deste desastre.
Tanaka nasceu em 1903, casou aos 19, teve quatro filhos e trabalhou no negócio da família até aos 103 anos. Atualmente, tem cinco netos e oito bisnetos.
Apesar de uma vida cheia de história, afinal viveu durante as duas Grandes Guerras e a gripe espanhola, o neto diz que não se recorda de a ouvir “falar muito sobre o passado” porque a avó “é muito progressista” e “gosta mesmo é de viver no presente”.
A CNN lembra que a japonesa é quase tão velha como os Jogos Olímpicos da era moderna, que começaram em 1896, e destaca ainda que, em 2019, o Guinness World Records a certificou como a pessoa viva mais velha do mundo.
Agora, Tanaka quer quebrar outro recorde, conta o neto – o recorde da pessoa mais velha a viver é de uma mulher francesa, que morreu com 122 anos.
O Japão registou no ano passado, pela primeira vez na sua história, mais de 80 mil centenários, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, do Trabalho e do Bem-Estar Social (o 50.º aumento anual consecutivo).
[sc name=”assina” by=”ZAP” ]
Deixe um comentário