Benfica 2-0 Boavista | Diogo faz “a papinha” a Seferovic

O Benfica recebeu e venceu o Boavista por 2-0, num jogo em que desde cedo o contexto se formou para uma noite tranquila dos comandados de Jorge Jesus.

Chidozie foi expulso nos primeiros minutos, pelo que os benfiquistas jogaram quase toda a partida com mais num elemento, deparando-se, por isso, com uma formação boavisteira muito fechada, a tentar adiar ao máximo o tento benfiquista.

Haris Seferovic foi o elemento decisivo do jogo, ele que marcou os dois golos da partida, mas o melhor em campo foi outro. Com este resultado, as “águias” chegaram aos quatro jogos seguidos sem sofrer golos.

O jogo explicado em números

  • Duas novidades no Benfica em relação à vitória na jornada anterior frente ao Belenenses. Para o “onze” avançaram Adel Taarabt e Pedrinho, saindo Pizzi e Everton “Cebolinha”. Nos “axadrezados”, Nuno Santos, ainda ligado contratualmente aos “encarnados”, ficou de fora, entrando para o seu lugar Sebastián Pérez, no meio-campo.
  • Entrada de rompante do Benfica. Aos quatro minutos, excelente domínio de Luca Waldschmidt e o árbitro assinalou falta de Chidozie sobre o alemão. Inicialmente apontou para a marca de grande penalidade e mostrou amarelo ao jogador do Boavista. Mas depois, após consulta do VAR, assinalou livre directo, pois a falta foi fora da área, e expulsou o nigeriano.
  • Praticamente só deu Benfica no primeiro quarto-de-hora, mais natural ainda perante a inferioridade numérica das “panteras”. As “águias” registaram 70% de posse neste fase, dois remates, um enquadrado, 86% de eficácia de passe e três cantos, mas sentiram dificuldades para entrar na área contraria, somando somente duas acções com bola nesta zona. O Boavista fez um disparo, sem a melhor direcção.
  • E à meia-hora essa superioridade era ainda mais evidente. Aos 74% de posse, os homens da casa juntavam cinco remates, dois enquadrados, e já 12 acções com bola na área contrária, ou seja, dez em cerca de 15 minutos, a mostrar que a pressão começava a dar frutos na procura de espaços. Seferovic, com três, era dos mais activos neste detalhe, mas já somava dois remates, ambos desenquadrados, mostrando desinspiração.
  • O melhor rating aos 30 minutos pertencia a Léo Jardim, com 6.3. O guarda-redes do Boavista mostrava-se muito atento e já contava duas defesas, ambas a disparos na sua grande área. Taarabt, com 5.8, era o melhor do Benfica, com 88% de eficácia de passe e cinco recuperações de posse. E aos 38 minutos, de novo Seferovic em evidência, a rematar de cabeça, mas à figura de Léo Jardim, numa das melhores ocasiões do jogo.
  • Até que o golo, que se adivinhava, acabou mesmo por acontecer, aos 42 minutos. Vários lances de insistência, Diogo Gonçalves interceptou uma bola no último terço, entrou em velocidade pela área e cruzou tenso. Seferovic desta vez não falhou, só tendo de encostar para o 1-0. Um tento ao nono remate benfiquista, quarto com boa direcção.
  • Intervalo: Jogo praticamente de sentido único, ao que não era alheia a expulsão de Chidozie logo nos minutos iniciais, ao travar em falta Luca Waldschmidt, quando este fugia em direcção à baliza. Depois assistiu-se a uma avalanche atacante do Benfica e a várias ocasiões falhadas, em especial por Seferovic, que se redimiu perto do intervalo, com o único golo do desafio. O melhor em campo ao descanso era, contudo, Diogo Gonçalves, com um GoalPoint Rating de 7.3, fruto da assistência para o golo, mas também duas ocasiões flagrantes criadas em três passes para finalização e dois cruzamentos eficazes em cinco.
  • E os primeiros minutos do segundo tempo confirmaram ainda mais a tendência de vitória para o Benfica. Aos 52 minutos, a dupla do 1-0 voltou a funcionar. Diogo Gonçalves arrancou um cruzamento fantástico do lado direito e Seferovic, de cabeça, fez o 2-0. O segundo tento do suíço, que chegou aos 13 golos na Liga NOS, ficando a dois do melhor marcador, Pedro Gonçalves.
  • O jogo parecia praticamente decidido, pois a presença boavisteira nos momentos ofensivos era quase nula. À passagem da hora de jogo a posse de bola “encarnada” rondava os 80% e os anfitriões tinham dois remates, um enquadrado, contra apenas dois cantos dos “axadrezados” desde o intervalo, contudo sem qualquer sequência. Às seis acções com bola do Boavista na área benfiquista, o Benfica respondia com um total de 35 do outro lado.
  • Ao todos, os benfiquistas registavam 13 remates aos 70 minutos, cinco enquadrados, dez cantos contra dois, 87% de eficácia de passe, 75% nos passes verticais e 74% de posse. E aos 75 minutos, Seferovic fez mais um, em recarga a cabeceamento de Lucas Veríssimo ao poste, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.
  • Até ao fim, o Boavista ainda se tentou aventurar um pouco no ataque, mas sem grande convicção, pelo que o Benfica esteve mais perto de ampliar. Só que o resultado acabaria por não sofrer mais alterações.

O melhor em campo GoalPoint

Enorme jogo de Diogo Gonçalves. Cada vez mais o jovem parece ter ganho a corrida pela lateral-direita do Benfica a Gilberto e voltou a estar em destaque, nomeadamente nos momentos ofensivos, pois defensivamente teve pouco para fazer.

Diogo registou um GoalPoint Rating de 8.5, fruto de números pouco vistos num jogador da posição: duas assistências, três ocasiões flagrantes criadas em quatro passes para finalização, sete passes ofensivos valiosos, quatro cruzamentos eficazes em 11, 72 passes certos (máximo da partida), 113 acções com bola (também valor mais alto) e três dribles completos em quatro.

Jogadores em foco

  • Léo Jardim 7.2 – Desde o início o brasileiro assumiu-se como pedra fundamental do Boavista, que se viu obrigado a recuar, e o guardião foi mesmo o melhor dos visitantes. Ao todo somou cinco defesas, quatro a remates na sua grande área, duas a disparos a menos oito metros de distância.
  • Haris Seferovic 6.8 – O suíço ameaçou um festival de desperdício na primeira parte, mas acabou por abrir o activo perto do intervalo, ganhando confiança que parecia estar a perder com o passar dos minutos. No segundo tempo bisou e até viu um golo anulado, e terminou como mais rematador do jogo, com seis disparos, três enquadrados, cinco passes ofensivos valiosos, nove acções com bola na área contrária, dois duelos aéreos ofensivos ganhos em três… e uma ocasião flagrante desperdiçada.
  • Nicolás Otamendi 6.6 – Aos poucos vai assumindo o papel de um dos mais consistentes jogadores do Benfica. O argentino esteve sempre muito atento e Elis deverá ter pesadelos com o central benfiquista. Otamendi registou 90% de eficácia de passe, fez 16 passes progressivos certos, ganhou os cinco duelos aéreos em que participou, somou quatro desarmes e três intercepções.
  • Álex Grimaldo 6.4 – Carrilou muito jogo pelo flanco esquerdo, sempre com critério. Foi o segundo jogador em acções com bola (98), foi o que registou mais recuperações de posse (11) e fez sete passes ofensivos valiosos.
  • Adel Taarabt 6.2 – O marroquino assumiu o lugar que no jogo anterior foi de Pizzi e esteve muito bem, em especial no passe. Dos 49 realizados, completou 44, fez cinco passes ofensivos valiosos e três cruzamentos, dois eficazes.
  • Julian Weigl 6.1 – Mais um bom jogo do alemão. Autor de três desarmes, três acções defensivas no meio-campo contrário e cinco recuperações de posse, deu qualidade ao passe benfiquista, com 49 completos em 55, sendo que cinco foram ofensivos valiosos.

Resumo

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