Mais uma jornada, mais uma vitória do Sporting.
Num jogo muito difícil em Tondela, perante um adversário que se soube fechar muito bem, e até criou um ou outro lance de perigo, os “leões” mostraram a paciência e o sangue frio necessários para vencer por 1-0, com golo apontado nos últimos dez minutos, por Tiago Tomás.
Os números finais mostram superioridade total da formação de Alvalade, que foi melhor em praticamente todos os momentos de jogo.
O jogo explicado em números
- O regresso de Pedro Porro ao lado direito da defesa do Sporting, no lugar de Matheus Nunes, e a aposta em Nuno Santos em vez de Bruno Tabata foram as únicas novidades na equipa leonina, em relação à vitória sofrida sobre o Santa Clara na 22ª jornada. Já o Tondela apostou no reforço defensivo, com o recurso a três centrais, com Khacef, Jaquité e Ricardo Alves a serem apostas desde o início, saindo Enzo Martínez, Jaume e Salvador Agra.
- Os primeiros minutos foram pouco interessantes. O domínio foi todo do Sporting, que no primeiro quarto-de-hora teve 73% da posse de bola, completou 90% dos passes e fez o único remate (desenquadrado). Contudo, a qualidade do futebol era inexistente e nesta fase não se registou qualquer acção com bola nas grandes áreas.
- O cenário melhorou ligeiramente até à meia-hora, com os “leões” a chegarem aos quatro remates, um enquadrado, seis acções com bola na área contrária e 66% de posse, contra um disparo dos beirões, que criavam muitas dificuldades ao Sporting, pois fechavam bem os espaços que os comandados de Rúben Amorim tanto gostam de aproveitar.
- Aos 43 minutos aconteceu a primeira grande ocasião de golo do jogo. Porro arrancou um excelente cruzamento da direita e Tiago Tomás, à entrada da pequena área – um pouco “encolhido” perante a saída de Pedro Trigueira -, cabeceou por cima, quando já a formação leonina se preparava para festejar.
- Intervalo: Primeira parte pouco interessante. Muita luta, pouca inspiração, uma equipa da casa mais preocupada em anular os pontos fortes do Sporting e um “leão” sem inspiração ofensiva. Ainda assim, este foi um jogo praticamente de sentido único, com os líderes da Liga a terem muito mais bola e a criarem os únicos lances de perigo, mas só a partir dos 25 minutos. O melhor na primeira metade foi Porro. O jogador espanhol regressou ao “onze” leonino e registou um GoalPoint Rating de 6.5, com uma ocasião flagrante criada em três passes para finalização, dois cruzamentos realizados, ambos eficazes.
- Aos 53 minutos, o Tondela desperdiçou uma soberana ocasião para se colocar na frente. Jhon Murillo, em “carrinho”, ganhou a Feddal, fugiu pela direita e cruzou rasteiro para Mario González ao segundo poste. O espanhol fez o mais difícil: falhou a bola e, com ela, um golo feito.
- Apesar dos maior atrevimentos dos anfitriões, o Sporting continuou a mandar no jogo e, ao minuto 60, registava 70% de posse desde o intervalo, muito por culpa da fraca qualidade de passe dos tondelenses. Os homens da casa acertaram apenas 41% das suas entregas nesta fase, dando aos “leões” a possibilidade de reter o esférico. Ainda assim, o Tondela conseguiu sete acções com bola na área lisboeta neste período, mais uma que o Sporting do outro lado.
- Por volta o minuto 70 já o Sporting havia anulado as transições dos homens da casa, que passaram a ter a preocupação quase exclusiva de evitar o golo contrário, perante a iminência de somar um ponto perante o líder. Os “leões” registavam um total de 11 remates na partida, três enquadrados, 17 acções com bola na área contrária (contra nove), cinco cantos (para dois) e 13 acções defensivas no meio-campo contrário – onde quase se encontrava instalado.
- Cheirava a golo, que aconteceu aos 81 minutos. Nuno Mendes cruzou da esquerda, Pedro Gonçalves recolheu na área, mas a bola seguiu para Tiago Tomás que, no coração da área, rematou com êxito para o seu terceiro tento na prova. Ao 13º remate leonino, quarto com boa direcção, o marcador funcionava.
- O Tondela passava a ter a necessidade de atacar, à procura do empate, mas o Sporting, como tem sempre demonstrado esta temporada, sente-se bem na tarefa de controlar os desafios e fechar os caminhos para a sua baliza, e fê-lo com competência, somando mais três importantes pontos.
O melhor em campo GoalPoint
Um pêndulo. As jornadas passam e João Palhinha não apresenta grandes oscilações de forma, e voltou a ser o melhor em campo, apesar de este não ter sido o jogo mais brilhante por parte do Sporting.
O médio registou um GoalPoint Rating de 6.6, com alguns números de relevo, em especial os defensivos. Ao todo somou cinco intercepções, máximo do jogo, oito recuperações de posse, também valor mais alto, ganhou três de cinco duelos aéreos defensivos e a totalidade dos quatro ofensivos.
Jogadores em foco
- Pedro Porro 6.6 – O lateral espanhol regressou à equipa e voltou a ser um dos melhores. Em quatro passes para finalização criou uma ocasião flagrante, teve sucesso em dois de três cruzamentos e só pecou no drible, com quatro tentados, mas nenhum com sucesso.
- Pedro Gonçalves 6.5 – Desta vez não marcou, mas esteve em diversos momentos ofensivos de qualidade, incluindo no do golo, embola a bola tenha sobrado para Tiago Tomás após um remate de “Pote” bloqueado pela defesa. Pedro Gonçalves criou uma ocasião flagrante em três passes para finalização, fez quatro passes ofensivos valiosos e registou quatro acções com bola na área contrária.
- Tiago Tomás 6.3 – O homem do jogo, pois decidiu a contenda. O jovem atacante foi, de longe, o mais rematador, com seis disparos, dois deles enquadrados, e foi também o elemento com mais acções com bola na área contrária, nove, uma delas terminando em golo. De negativo a ocasião flagrante que desperdiçou no primeiro tempo.
- Ricardo Alves 6.1 – Num jogo de sentido único, o melhor dos homens da casa acabou por ser um dos centrais. Ricardo Alves somou 13 acções defensivas, com destaque total para oito alívios.
- Gonçalo Inácio 6.1 – Belíssimo jogo do jovem defensor leonino. Elemento mais interventivo na partida, com 101 acções com bola, esteve muito competente no passe, com 86 completos (máximo do jogo, correspondendo a 91% de eficácia), 13 passes longos certos em 15, 18 entregas progressivas eficazes e cinco variações de flanco.
- Pedro Trigueira 5.8 – Jogo competente do guardião do Tondela, que não teve responsabilidades no tento leonino. Ao todos foram três defesas, todas a remates na sua grande área, e ainda converteu com eficácia dois pontapés de baliza para o último terço.
Resumo
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