O “caso dos emails”, que envolve correspondência privada do Benfica divulgada sem autorização, tem novas revelações no âmbito da abertura de instrução, com o FC Porto a acusar o clube da Luz de usar informação sobre a vida privada de árbitros para fazer “chantagem ou pressão”.
O FC Porto acusa o Benfica de ter investigado a vida privada de vários árbitros, de forma a obter dados pessoais privilegiados para os chantagear ou pressionar.
Estes dados constam do requerimento de abertura de instrução do “caso dos emails”, documento que foi consultado pelo Correio da Manhã (CM).
Os portistas constatam que elementos afectos ao Benfica tiveram conhecimento “das amantes, das relações ou mesmo das preferências dos árbitros e de outras personalidades de relevo no mundo do futebol” e que “não tiveram pudor em tomar conhecimento e guardar para si, sabe-se lá para quê, informações de natureza confidencial e privada, relativas à intimidade dos visados”, conforme cita o CM.
O FC Porto aponta directamente o dedo ao comentador televisivo Pedro Guerra, frisando que desejaria “manter toda esta informação de natureza sensível, íntima e privada” para a usar “em seu proveito, através de chantagem ou pressão“.
Além disso, os dragões alegam que o seu director de comunicação, Francisco J. Marques, actuou como uma espécie de jornalista, no sentido de investigar a verdade em nome do interesse público.
Note-se que Francisco J. Marques é o principal arguido do “caso dos emails”, juntamente com Pinto da Costa, presidente do FC Porto, e mais cinco administradores da SAD portista.
Francisco J. Marques responde por 13 crimes depois de ter divulgado vários emails privados do Benfica num programa do Porto Canal. Após a providência cautelar apresentada pelo Benfica contra essa divulgação, o blogue Mercado de Benfica tornou públicos alguns dos conteúdos.
O FC Porto já foi condenado, num processo cível, a pagar uma indemnização de cerca de dois milhões de euros ao Benfica.
[sc name=”assina” by=”ZAP”]
Deixe um comentário