Missão cumprida. O FC Porto fez poupanças no jogo com o Tondela, mas levou os três pontos para casa, graças a um triunfo por 2-0.
Os “dragões” foram claramente superiores no primeiro tempo, marcaram por Toni Martínez, mas no segundo tempo permitiram a reacção dos beirões.
Contudo, responderam à tremenda inoperância ofensiva dos homens da casa com excelente eficácia, “matando” o jogo já dentro dos dez minutos finais, por Mehdi Taremi.
O jogo explicado em números
- Sérgio Conceição promoveu diversas alterações ao “onze” que bateu o Santa Clara na 25ª jornada. Zaidu regressou ao lado esquerdo, saindo Nanu e mudando Wilson Manafá para a direita. Sérgio Oliveira, que falhou o jogo com o Chelsea por castigo, mas foi o MVP com os açorianos, ficou no banco, sendo Marko Grujic o titular, mas a “revolução” maior aconteceu na frente, com Jesús Corona a substituir Luis Díaz e a dupla composta por Toni Martínez e Evanilson a merecerem a confiança. Nos beirões, Medioub entrou para o lugar de Yohan Tavares, Salvador Agra jogou na vez de Jhon Murillo.
- Não foi bem jogado o primeiro quarto-de-hora, mas era evidente a equipa que estava por cima no encontro. O Porto chegou a esta fase com 75% de posse de bola, os únicos três remates do jogo, um enquadrado, 88% de eficácia de passe, 74% no vertical e cinco acções defensivas no meio-campo contrário, contra… zero. O Tondela apresentava pobres 44% de eficácia de passe e perdia a bola muito rapidamente.
- Não espantou, por isso, que o “dragão” se colocasse na frente. Aos 19 minutos, Pepe arrancou um passe longo, Toni Martínez parou no peito e rematou cruzado para o 1-0, ao quarto disparo portista, segundo com boa direção. O espanhol já havia marcado o golo da vitória contra o Santa Clara, no último suspiro, e aproveitou o “balanço” para voltar a faturar.
- Quem esperava uma reação do Tondela, não a teve. À meia-hora o máximo que a equipa da casa conseguira foi realizar um remate desenquadrado, melhorando marginalmente a qualidade de passe para 54% (28% no vertical…), mas mantendo somente duas ações com bola na área contrária e tímidos 25% de posse de bola.
- Otávio Monteiro registava o melhor rating nesta altura do jogo, um 6.1 com dois passes para finalização, 94% de eficácia de passe, três recuperações de posse e duas acções defensivas no meio-campo contrário.O melhor do Tondela era Salvador Agra, com 5.6, devido a seis recuperações e dois desarmes.
- A primeira ocasião do Tondela aconteceu somente aos 42 minutos, quando Jaume Grau, de fora da área, arrancou um pontapé forte para defesa atenta de Marchesín, que não arriscou agarrar e socou a bola para longe. Foi o primeiro remate enquadrado dos homens da casa, à segunda tentativa.
- Intervalo Vantagem mais do que justificada do Porto ao descanso, num jogo pouco atrativo, mas que teve uma equipa claramente superior. Os “azuis-e-brancos” tiveram muito mais bola, atacaram mais e melhor, e marcaram um golo, por Toni Martínez, após passe de categoria de Pepe. O melhor em campo nesta fase era Otávio, com um GoalPoint Rating de 6.6, mercê de dois passes para finalização, cinco passes ofensivos valiosos, 92% de eficácia de passe, três dribles completos em quatro tentativas, três acções defensivas no meio-campo contrário e três desarmes.
- Bem melhor o Tondela nos primeiros 15 minutos do segundo tempo. Nesta fase registou 48% de posse de bola, embora só um remate, desenquadrado, contra dois dos portistas, um com boa direcção. Também neste período os beirões alcançaram 80% de eficácia nos 47 passes realizados, num claro contraste com o conseguido no primeiro tempo.
- E a tendência manteve-se nos minutos seguintes. Aos 70, o Tondela tinha tantos remates quanto o Porto no segundo tempo – dois, um deles enquadrado – e já 54% de posse, sendo a equipa mais perigosa. Contudo, eram parcas as acções com bola na área portista (só cinco em todo o jogo) e quando o recurso era a bola pelo ar, os “dragões” ganhavam quase tudo nos momentos defensivos (71%).
- Essa incapacidade ofensiva tinha um preço alto a pagar. Aos 83 minutos, Otávio cruzou da direita, o recém-entrado Mehdi Taremi cabeceou para grande defesa de Pedro Trigueira, mas à segunda, o iraniano atirou a contar para o 2-0, ao 13º remate portista no jogo, sexto enquadrado. Estava sentenciada a partida, tendo em conta qua faltavam poucos minutos e os homens da casa não mostravam arte nem engenho para fazer o marcador funcionar.
O melhor em campo Goalpoint
Fiabilidade absoluta. Otávio não sabe jogar mal e, num encontro longe de bem disputado, voltou a exibir-se a grande nível, nos vários momentos. De entre os quatro passes para finalização que realizou – máximo do jogo -, um deles acabou por dar golo de Taremi, embora à segunda tentativa. O médio realizou ainda oito passes ofensivos valiosos (máximo), acumulou quatro ações com bola na área contrária, completou quatro de seis tentativas de drible e ainda fez quatro acções defensivas no meio-campo contrário. Terminou com um GoalPoint Rating de 7.1.
Jogadores em foco
- Diogo Leite 6.8 – De novo na vaga de Chancel Mbemba, o central português foi um dos responsáveis pela inoperância atacante dos homens da casa. Com 90% de eficácia de passe, somou 93 acções com bola, recuperou nove vezes o esférico e ainda fez três intercepções.
- Pepe 6.6 – Com esta dupla de centrais, não haveria o Tondela de ficar em branco… Pepe brilhou no passe, completando o número máximo (77), um deles a assistência para o 1-0. Dos 15 passes longos, nove encontraram um colega de equipa, somou 14 passes progressivos eficazes e ganhou três de quatro duelos aéreos defensivos.
- Toni Martínez 6.4 – O herói da vitória em casa contra o Santa Clara voltou a marcar. O espanhol abriu o activo e foi importante na batalha pelo ar, tendo ganho os três duelos aéreos ofensivos que disputou.
- Pedro Trigueira 6.3 – O melhor do Tondela. O guarda-redes esteve sempre muito atento, realizando quatro defesas, todas a remates na sua grande área, três a menos de oito metros.
- Marko Grujic 6.3 – O médio já havia feito um bom jogo ante o Chelsea e voltou a estar bem na partida. Excelente no posicionamento, fez dois remates, ambos enquadrados, concluiu 89% dos passes que fez, recuperou 11 vezes a posse de bola (máximo) e pelo ar esteve intratável, ganhando os cinco duelos aéreos defensivos e quatro de sete ofensivos.
- Jesús Corona 6.2 – Nota-se algum desgaste no mexicano, mas ainda assim o extremo fez um bom jogo. Aos três passes para finalização juntou oito ofensivos valiosos, quatro acções com bola na área contrária e completou três de quatro tentativas de drible.
Resumo
[sc name=”assina” by=”” url=”” source=”GoalPoint”]
Deixe um comentário