Paços de Ferreira 0-5 Benfica | Seferovic “parte tudo” na Capital do Móvel

Na noite deste sábado, o Benfica somou o sétimo triunfo consecutivo no campeonato, ao golear o Paços de Ferreira por 5-0, num embate relativo à 26.ª jornada do campeonato.

A equipa de Jorge Jesus, que acabou por aproveitar da melhor forma a expulsão de Eustáquio, contabilizou, ainda, o oitavo encontro sem sofrer golos na prova. Foi apenas a segunda derrota dos pacenses em casa esta época, a primeira tinha sido na ronda inaugural diante do Sporting.

Os comandados de Pepa não perdiam em casa há 11 partidas e vinham de três triunfos consecutivos no seu reduto.

Seferovic partiu a “mobília” toda na Capital do Móvel, ao bisar (nos golos e nas assistências) e já é o rei dos goleadores da Liga NOS – e no processo arrancou a primeira nota máxima 10.0 da Liga esta época.

Diogo Gonçalves, Rafa e Darwin Núñez apontaram os outros golos dos visitantes.

O jogo explicado em números

  • Nos da casa, face às ausências de Douglas Tanque (castigado) e Adriano Castanheira (de fora por opção), Pepa chamou Dor Jan e Uilton, respetivamente. Apenas uma mudança no “onze” das “águias” se tivermos como ponto de comparação o magro triunfo ante o Marítimo. Everton ficou no banco e Vertonghen foi titular. Com isto, a equipa voltou a atuar com três centrais.
  • Primeiro quarto-de-hora movimentado no palco da Mata Real. Mais iniciativa para os forasteiros – 60% de posse de bola -, não obstante a equipa da casa jogava com o bloco subido no sentido de condicionar a primeira fase de construção “encarnada”. A realçar duas jogadas na área pacense (aos quatro e oito minutos), protagonizadas por Luca Waldsmicht e Seferovic, mas que após auxílio do VAR o árbitro Hugo Miguel nada assinalou.
  • À passagem do minuto 22, Stephen Eustáquio foi expulso após entrada dura sobre Weigl, em mais um lance em que o auxílio do VAR foi utilizado pela equipa de arbitragem.
  • No primeiro remate do encontro, aos 25 minutos, Luca Waldschmidt atirou e Jordi, com uma excelente intervenção evitou o “tento” lisboeta. Dois minutos volvidos, Rafa, em óptima posição, não conseguiu desfeitear o guardião contrário.
  • Decisivo, Jordi era, aos 30 minutos, o jogador que tinha o estatuto de melhor em cena, registando duas defesas, um alívio, seis ações com a bola e um GoalPoint Rating de 5.7. Nos visitantes, Seferovic 5.6 ia dando nas vistas com um passe para finalização, sete acções com o esférico na área contrária, pecando apenas nas três vezes em que foi apanhado em posição irregular.
  • À terceira tentativa, as “águias” inauguraram o marcador, aos 38 minutos. Luiz Carlos quis sair a jogar em zona proibitiva e acabou por “assistir” Diogo Gonçalves, que foi lesto a roubar a bola, disparou forte e de forma certeira para o fundo das redes da equipa orientada por Pepa. Foi o primeiro golo do internacional sub-21 na prova.
  • Jordi voltou a brilhar a três minutos do intervalo, quando parou um remate de Luca Waldschmidt que parecia levar a direção do golo. O alemão deveria ter feito melhor, mas convém destacar a agilidade do guarda-redes brasileiro e o passe de Seferovic. Dos seis remates do Benfica, metade foram em direção ao alvo.
  • No entanto, segundos depois, o camisola “1” do Paços nada conseguiu fazer para evitar o 0-2. Seferovic assistiu Rafa, o extremo luso, com uma diagonal da direita para o centro, fugiu à marcação de tudo e todos e só teve de encostar para o fundo da baliza. Foi o quinto tiro certeiro do campeão europeu português em 23 jornadas.
  • Seferovic tanto tentou que acabou por fazer a festa. Já em período de descontos, o suíço respondeu de forma certeira a um passe de Taarabt, picou a bola por cima do corpo de Jordi e escreveu o 0-3. Foi o 15º golo do ponta-de-lança helvético no campeonato, apanhando Pedro Gonçalves no topo da lista dos goleadores.
  • Intervalo Etapa inicial frenética repleta de lances polémicos, uma expulsão e três golos. O vermelho directo a Eustáquio, numa fase em que o equilíbrio era uma tónica no encontro, acabou por ser determinante e desbravou o caminho dos visitantes rumo à felicidade. A equipa de Jorge Jesus apontou três golos e foi para o descanso uma confortável almofada. Seferovic foi o melhor elemento nesta fase, com um GoalPoint Rating de 7.8. O avançado marcou no único remate que fez, gizou uma assistência – Expected Assists (xA) de 1,3 – criou duas ocasiões flagrantes, em três passes para finalização, assinou dois passes valiosos e, não fossem as quatro vezes em que foi apanhado em fora-de-jogo, a nota até seria mais elevada.
  • Dois dos suplentes lançados por JJ quase cozinhavam o 0-4. Pizzi, que substituiu Waldschmidt, centrou e Gilberto (ocupou a vaga de Diogo Gonçalves) não chegou por muito pouco a tempo de finalizar com êxito, decorria o minuto 62. Dois minutos depois, Everton (ocupou a vaga de Rafa) atirou com as coordenadas certas, mas Jordi voou e impediu novo festejo “encarnado”. E aos 66 minutos o guardião voltou a estar em foco, desta feita negando a glória a Grimaldo.
  • Olhando para os números, o Paços tinha apenas um remate (desenquadrado), 29% da posse e um canto. Já o Benfica acumulava 71% da posse, 11 remates (sete ao alvo) e oito cantos.
  • Numa jogada de elevada “nota artística”, Everton assistiu e Seferovic, após uma excelente rotação, lançou um “míssil” que resultou em golo. Foi o 16º tiro certeiro do suíço, que disparou para a liderança da lista dos goleadores do campeonato.
  • A um minuto dos 90, Seferovic voltou a estar ligado “à corrente” e ofereceu o 0-5 a Darwin Núñez, que tinha entrado instantes antes. Em 22 jornadas foi o quinto tento do avançado uruguaio – que não escondeu a emoção – e o 13º se contabilizarmos todas as competições.
  • As “águias” fixaram o resultado mais dilatado na prova, depois de na na jornada inicial, diante do Famalicão, terem ganho por 5-1. Já o quinto classificado sofreu a maior derrota no campeonato.

O melhor em campo GoalPoint

Noite memorável para Seferovic, que rubricou uma exibição para mais tarde recordar. Desde os segundos iniciais que o avançado foi uma constante dor de cabeça para os defensores adversários. Móvel e acutilante, foi estendendo a “passadeira vermelha”, com dois golos em dois remates, duas assistências – Expected Assists (xA) de 2,1 -, três ocasiões flagrantes criadas, cinco passes para finalização (máximo no encontro), três passes valiosos, apenas quatro passes falhados em 16 tentados (75% de eficácia), sete acções com a bola na área contrária e foi apanhado na “malha” do fora-de-jogo em quatro ocasiões.

Com este bis, o suíço, o senhor GoalPoint Rating 10.0, tomou a dianteira na lista dos goleadores.

Jogadores em foco

  • Taarabt 8.2 – Boa “performance” do marroquino, que tem estado mais regular durante os 90 minutos, não oscilando entre os momentos de brilhantismo e outros em que “desaparece”. Com a protecção de Weigl, subiu no terreno e foi distribuído o jogo da equipa com mestria. Dos seus números destacamos a assistência realizada para o primeiro golo de Seferovic, dois passes para finalização, 17 passes valiosos (máximo no duelo), apenas cinco passes falhados em 85 (90% de eficácia), 13 passes progressivos certos, foi quem mais teve a bola (104 acções), não falhando, ainda, nenhum dos quatro dribles que fez e recuperou a posse em 11 ocasiões.
  • Weigl 6.8 – Sem o brilhantismo do colega da zona central do meio-campo, o alemão voltou a exibir-se a um bom plano. A defender, recuperou por dez vezes a posse e assinou três intercepções. Ofensivamente, rematou uma vez, fez seis passes ofensivos valiosos e oito passes progressivos certos, terminando com uma eficácia global nas entregas de 94%.
  • Everton 6.7 – O internacional canarinho, que perdeu a vaga no “onze”, aproveitou os 32 minutos em que participou na partida para realizar dois remates, uma assistência, dois passes ofensivos valiosos, dois dribles certos em dois tentados e quatro acções com a bola na área do Paços.
  • Diogo Gonçalves 6.6 – Saiu ao intervalo devido ao amarelo que viu, não fosse isso certamente continuaria em campo. Enquanto esteve, inaugurou o marcador numa jogada em que antecipou as intenções de Luiz Carlos e demonstrou argúcia na forma como bateu Jordi. Registou cinco cruzamentos, dois passes ofensivos valiosos, 31 acções com o esférico e a certeza de que neste momento é o lateral-direito titular da equipa.
  • Bruno Costa 5.8 – Foi o melhor jogador dos anfitriões esta noite. Na fase de maior equilíbrio, teve critério e orquestrou as iniciativas da equipa, e com a saída de Eustáquio, teve de baixar no terreno, mas mesmo assim sempre que conseguiu, tentou criar perigo. Destaque para as 12 recuperações da posse, quatro acções defensivas no meio-campo adversário e cinco desarmes.
  •  Stephen Eustáquio 3.7 – Imprudente na forma como fez falta sofre Weigl, acabou por prejudicar a equipa. Nos 18 minutos em que esteve em acção, falhou apenas dois dos 11 passes que fez.
  • Weigl 6.8 – Sem o brilhantismo do colega da zona central do meio-campo, o alemão voltou a exibir-se a um bom plano. A defender, recuperou por dez vezes a posse e assinou três intercepções. Ofensivamente, rematou uma vez, fez seis passes ofensivos valiosos e oito passes progressivos certos, terminando com uma eficácia global nas entregas de 94%.
  • Everton 6.7 – O internacional canarinho, que perdeu a vaga no “onze”, aproveitou os 32 minutos em que participou na partida para realizar dois remates, uma assistência, dois passes ofensivos valiosos, dois dribles certos em dois tentados e quatro acções com a bola na área do Paços.
  • Diogo Gonçalves 6.6 – Saiu ao intervalo devido ao amarelo que viu, não fosse isso certamente continuaria em campo. Enquanto esteve, inaugurou o marcador numa jogada em que antecipou as intenções de Luiz Carlos e demonstrou argúcia na forma como bateu Jordi. Registou cinco cruzamentos, dois passes ofensivos valiosos, 31 acções com o esférico e a certeza de que neste momento é o lateral-direito titular da equipa.
  • Bruno Costa 5.8 – Foi o melhor jogador dos anfitriões esta noite. Na fase de maior equilíbrio, teve critério e orquestrou as iniciativas da equipa, e com a saída de Eustáquio, teve de baixar no terreno, mas mesmo assim sempre que conseguiu, tentou criar perigo. Destaque para as 12 recuperações da posse, quatro acções defensivas no meio-campo adversário e cinco desarmes.
  •  Stephen Eustáquio 3.7 – Imprudente na forma como fez falta sofre Weigl, acabou por prejudicar a equipa. Nos 18 minutos em que esteve em acção, falhou apenas dois dos 11 passes que fez.

Resumo

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