A partida entre SC Braga e Sporting (0-1) ficou marcada por momentos de alguma tensão nos camarotes do estádio, onde se encontravam o treinador do Sporting Rúben Amorim e o diretor desportivo Hugo Viana. Ambos os clubes já reagiram aos acontecimentos.
“Conheço o Hugo Viana [diretor desportivo dos leões], mas eu ontem não conheci o Hugo Viana. Estava completamente transtornado, perdido, fora de si. É pena, mas também percebo o momento do jogo”, disse António Caldas, comentador do canal de TV do Sp. Braga, em declarações ao jornal Novo, citado pelo jornal A Bola.
“O Viana conhece-me, o Rúben Amorim conhece-me perfeitamente, mas estavam descontrolados. Quando Hugo Viana veio ter comigo e invadiu o camarote da Next [canal de TV do Sp.Braga], perguntei o que é que se passava com ele, o que é o que ele tinha, se estava bem. Vi-o completamente transtornado”, continuou.
Já Miguel Braga, responsável pela comunicação do Sporting, negou em declarações ao canal de televisão oficial do clube que tenham existido quaisquer tipo de agressões nos camarotes do Estádio Municipal de Braga, na sequência das acusações de António Caldas.
“A polícia não foi identificar o Hugo Viana, é só mais uma mentira. Só pediram ao Rúben Amorim para usar a máscara. Tudo não passa de um episódio de mau perder”, frisou.
“O Sporting de Braga não conseguiu ganhar ao Sporting e não sabe perder. Estão a 15 pontos do Sporting, mas tem de haver limite para as táticas de clube de bairro pequeno nos anos 80″, apontou Miguel Braga, citado pelo Sapo Desporto.
“Nesse jogo, a comitiva do Sporting não pôde usar o elevador e teve de usar as escadas, mas agradeço a motivação extra que nos deram. Depois a comitiva presidencial ficou num camarote e não na tribuna, como mandam os regulamentos. Sei que há a situação da covid-19, mas espero que a liga esteja atenta”, queixou-se.
“Depois, o Rúben Amorim foi colocado num camarote na ponta direita do estádio. E, não contentes com isso, ainda colocaram o António Caldas e mais 10 elementos da Next ao lado…não sei se outros camarotes estavam em obras. Logo quando o jogo começou as provocações começaram e depois as pessoas reagem”, relatou o responsável pela comunicação do Sporting.
Na habitual newsletter semanal, o SC Braga começa por dizer que, “tão importante como saber perder, é saber ganhar”, e aponta o dedo ao comportamento dos responsáveis da equipa leonina.
“Foram ultrapassados limites que devem envergonhar não apenas os autores dos atos em causa (os quais foram imediatamente reportados às autoridades e posteriormente detalhados por António Caldas), mas também toda a estrutura que os comparticipa e estimula de forma direta ou indireta”, pode ler-se na comunicação feita pelo clube minhoto.
Além disso, o Sp. Braga critica a atuação das forças policiais nas imediações do Estádio Municipal de Braga e deixa “uma palavra de repúdio”.
“De forma indiscriminada, a demonstração de agressividade contra os nossos adeptos (entre famílias, crianças e idosos) é por demais incompressível e demonstra uma diferenciação no critério de atuação. Porque não vimos este mesmo tratamento contra os adeptos que se juntaram nas imediações do Hotel Melia? Porque não sentimos esta agressividade perante a multidão que acompanhou o autocarro do Sporting?”, acusam os leões, citados pelo desportivo A Bola.
[sc name=”assina” by=”Sofia Teixeira Santos, ZAP” url=”” source=”” ]
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