Portugal está a um empate de garantir a qualificação para o Europeu de 2022 de andebol e assegurar um inédito ‘pleno’ de participações, no espaço de dois anos, nos principais palcos da modalidade a nível mundial.
Depois de ter sido sexto classificado no Euro2020, 10.º no Mundial2021 – que constituem as duas melhores posições de sempre – e do inédito apuramento para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, a seleção portuguesa está a um ponto do Euro2022, na pior das hipóteses, como um dos quatro melhores terceiros classificados da segunda fase de apuramento.
Para garantir esse objetivo, a seleção orientada por Paulo Jorge Pereira tem duas tentativas no grupo 4 de qualificação, na quinta-feira, frente a Israel, em Telavive, e no domingo, na receção à Lituânia, em Matosinhos.
Portugal disputou quatro jogos no grupo, que lidera, com mais dois pontos do que a Islândia. Soma três triunfos, nas receções a Israel (31-22) e Islândia (26-24) e em casa da Lituânia (34-26), e uma derrota, na deslocação a Reiquiavique (32-23).
O apuramento para a fase final do Euro2022, a disputar na Hungria e na Eslováquia, está ao alcance dos dois primeiros classificados de cada um dos oito grupos, mais os quatro melhores terceiros, o que deixa ainda tudo em aberto no que toca à qualificação.
A fase final contará com 24 seleções, 20 das quais saídas da qualificação, que se juntam aos organizadores Hungria e Eslováquia e à campeã europeia em título, a Espanha, e à ‘vice’ Croácia.
Os regressos de Gilberto Duarte, Humberto Gomes, Alexis Borges, após lesão, bem como de Sérgio Barros e a estreia de Miguel Espinha, são os destaques dos convocados da seleção lusa para o duplo confronto de qualificação com Israel e Lituânia.
O lateral Gilberto Duarte, o guarda-redes Humberto Gomes e o pivô Alexis Borges regressam aos eleitos após terem falhado o torneio pré-olímpico de qualificação, todos devido a lesão, que ditou a presença em Tóquio2020, com um triunfo sobre a anfitriã França.
No mesmo sentido, o selecionador Paulo Jorge Pereira também promoveu o regresso ao lote de opções do ponta Sérgio Barros, que defende as cores dos romenos do SCM Timisoara, e a estreia do guarda-redes Miguel Espinha, dos espanhóis do CB Huesca.
Fora dos eleitos, em relação ao torneio pré-olímpico, ficaram os guarda-redes Diogo Valério (VFL Gummerbach, Ale) e Manuel Gaspar (Sporting), o ponta Leonel Fernandes (FC Porto), o central André José (ABC), o pivô Tiago Rocha (Sporting) e o lateral Diogo Silva (FC Porto).
O leque de opções da seleção incorpora apenas um lateral direito de raiz, Bélone Moreira, mas essa opção foi justificada pela equipa técnica com o facto de tanto André Gomes, como Fábio Magalhães e Gilberto Duarte fazerem essa posição.
De acordo com a equipa técnica portuguesa, o “foco máximo” da seleção, após a euforia da inédita qualificação olímpica para Tóquio2020, está centrado apenas no jogo com Israel e no apuramento para o Euro2020, sem pensar ainda no Japão.
Apesar de ter perdido o primeiro jogo por 31-22, a seleção israelita deu boa réplica até ao início da segunda parte e é um adversário muito competitivo e a ter em conta, porque está ainda empenhado no apuramento para o Euro2022.
Com três partidas a disputar em seis dias – Islândia (hoje e domingo) e Portugal (quinta-feira) – Israel acredita ainda na possibilidade de chegar à fase final do Euro2020, como um dos melhores terceiros, após uma ausência de 20 anos.
Um dos aspetos a ter em conta no encontro de quinta-feira, na Sports Arena de Telavive, que poderá ter algum peso no desenrolar da partida, é que terá público e praticamente “casa quase cheia”, para a receção à seleção portuguesa.
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