As perícias médicas apontam uma nova hora para a morte do ex-futebolista argentino e atiram culpas para o seu neurocirurgião e a sua psiquiatra, dizendo que “a morte poderia ter sido evitada”.
De acordo com o portal argentino TN, as perícias médicas realizadas a pedido da Justiça argentina indicam que Diego Maradona sofria de insuficiência cardíaca e renal, assim como de cirrose.
Os médicos confirmaram que a doença cardíaca preexistente foi a causa da morte do ex-futebolista, indicaram fontes que tiveram acesso ao relatório. Ninguém terá detetado que o coração não funcionava corretamente porque, alegadamente, Maradona não tinha os controlos médicos adequados.
Além disso, neste mesmo relatório médico avança-se que o argentino morreu entre as 04h00 e as 06h00 da manhã do dia 25 de novembro, enquanto dormia. Este dado é importante, uma vez que o paramédico da empresa Más Vida, que chegou na primeira ambulância à casa de Maradona, confirmou o óbito por volta das 13h15, depois de 45 minutos a tentar reanimá-lo.
Segundo o portal argentino, a hora da morte contradiz as primeiras declarações que indicavam que El Pibe se tinha levantado de manhã e põe em causa, sobretudo, o depoimento da enfermeira Daiana Madrid, uma das sete arguidas na investigação.
As perícias médicas também complicam ainda mais a situação do neurocirurgião Leopoldo Luque e da psiquiatra Agustina Cosachov. Os especialistas concluíram que “a morte poderia ter sido evitada” e “foi afetada de forma decisiva por omissões de assistência e uma negligência geral no tratamento e cuidados reservados ao paciente”.
O TN adianta que Maradona tinha edemas em várias partes do corpo, estava inchado e chegou a dormir três dias seguidos. Os dois médicos terão ainda de explicar porque é que dispensaram os acompanhantes terapêuticos e por que razão não permitiram que as enfermeiras monitorizassem os seus sinais vitais ou lhe dessem os medicamentos.
A dupla parecia não estar ciente de que estava a lidar com um paciente com problemas cardíacos: Maradona não seguia uma dieta alimentar específica, nem tinha qualquer indicação para prevenir uma complicação deste quadro clínico.
Por outro lado, a casa do ex-futebolista também não estava apta, tendo em conta as condições de internamento de que este precisava após a cirurgia à cabeça, não tendo “os elementos básicos em caso de emergência”.
Segundo o portal argentino, o relatório final será divulgado oficialmente na primeira semana de maio e poderá levar os indiciados à acusação de homicídio culposo.
Diego Armando Maradona, de 60 anos, morreu a 25 de novembro de 2020, na consequência de um “edema agudo de pulmão secundário a uma insuficiência cardíaca crónica aguda”. No coração também havia uma “miocardiopatia dilatada”.
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