Portugal e Alemanha defrontam-se no domingo numa inédita final da 23.ª edição do campeonato da Europa de sub-21. Portugal venceu os três embates diante da Alemanha em fases finais.
A seleção portuguesa de futebol de sub-21 qualificou-se pela terceira vez para a final do Europeu da categoria, ao bater a Espanha por 1-0, na primeira meia-final da edição de 2021, em Maribor, na Eslovénia.
Um autogolo de Jorge Cuenca, aos 80 minutos, selou o triunfo da formação das ‘quinas’, que repete as presenças de 1994 (derrota por 1-0 face à Itália, com ‘golo de ouro’) e 2015 (desaire por 4-3 com a Suécia nos penáltis, após 0-0 nos 120 minutos).
A Alemanha, duas vezes campeã, qualificou-se para a final, marcando encontro com Portugal, ao bater os Países Baixos por 2-1, na segunda meia-final, em Szekesfehervar, na Hungria.
Um ‘bis’ de Florian Wirtz, que marcou logo no primeiro minuto e aos oito, selou a quinta presença na final dos germânicos, depois de duas com a Inglaterra (derrota em 1982 e vitória em 2009) e duas com a Espanha (triunfo em 2017 e desaire em 2019), enquanto Perr Schuurs reduziu para os holandeses, aos 67.
A final está marcada para as 20h00 de domingo, em Ljubljana, onde os alemães procuram o terceiro cetro e Portugal o primeiro, na terceira presença, após os desaires de 1994 e 2015.
O árbitro georgiano Giorgi Kruashvili vai dirigir o jogo entre as seleções, no Estádio Stozice, em Ljubljana, informou hoje a UEFA.
O juiz, de 35 anos e internacional desde 2015, será assistido pelos compatriotas Levan Varamishvili e Zaza Pipia, enquanto o também georgiano Irakli Kvirikashvili assumirá as funções de quarto árbitro, numa prova sem recurso ao sistema de videoárbitro (VAR).
Portugal venceu os três embates diante da Alemanha em fases finais
A seleção portuguesa de futebol de sub-21 disputa a terceira final de um Europeu da categoria, que nunca venceu, frente à bicampeã Alemanha, à qual infligiu três derrotas em outros tantos jogos em fases finais.
Em 2015, a equipa das ‘quinas’, já com Rui Jorge no comando técnico e na República Checa, alcançou a segunda final às custas da ‘mannschaft’, graças à goleada mais expressiva em oito participações na ronda decisiva do torneio (5-0), materializada pelos golos de Bernardo Silva, Ricardo Pereira, Ivan Cavaleiro, João Mário e Ricardo Horta.
Um dos restantes dois triunfos sucedeu em 2006, quando Portugal, sob orientação de Agostinho Oliveira, derrotou a Alemanha (1-0), com um golo de João Moutinho no ‘último suspiro’, em Guimarães, na última jornada do Grupo A do Euro2006, disperso por seis cidades lusas e marcado pelas derrotas com França (0-1) e Sérvia e Montenegro (0-2).
Dois anos antes, o conjunto nacional superou pela mão de José Romão o Grupo B, no qual começou por marcar passo com Suécia (2-3) e Suíça (2-2), antes de confirmar um lugar nas meias-finais diante dos anfitriões germânicos (2-1), com o golo de Bastian Schweinsteiger a ser insuficiente face aos tentos de Hugo Almeida e Luís Lourenço.
O histórico de confrontos oficiais entre as duas seleções no escalão de ‘esperanças’ agrupa ainda mais quatro duelos em fases de apuramento para o Euro1986, na qual Portugal venceu em Lisboa (2-1) e perdeu em Karlsruhe (0-2), e para o Euro1998, com a Alemanha a vencer em Leiria (1-2) e a consentir um empate a uma bola em Cottbus.
Quanto às presenças em finais de campeonatos da Europa de sub-21, a equipa das ‘quinas’ repetirá as presenças de 1994, assinalada por uma derrota face à Itália (1-0), em França, com um ‘golo de ouro’ de Pierluigi Orlandini, e 2015, que acarretou um desaire com a Suécia na lotaria dos penáltis (3-4), após um nulo no final do prolongamento.
Já a ‘mannschaft’ vai tentar desempatar a seu favor o balanço nesse encontro decisivo, com dois triunfos e dois desaires, tendo começado por perder a duas mãos com a Inglaterra (1-3 e 3-2), em 1982, adversário que goleou em solo sueco há 12 anos (4-0).
Desde o ingresso do atual selecionador Stefan Kuntz, esteve também nas últimas duas finais do Europeu, ambas face à Espanha, alcançando o bicampeonato em território polaco (1-0), em 2017, dois anos antes de perder o torneio disputado em Itália (2-1).
Os germânicos fecham o pódio de conquistas da competição, ao partilharem os mesmos dois títulos de Inglaterra, Países Baixos e União Soviética, três abaixo dos recordistas Espanha e Itália e mais um do que França, Jugoslávia, República Checa e Suécia.
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