Christian Eriksen vai ter um desfibrilador cardíaco interno

O futebolista Christian Eriksen, vítima de uma paragem cardíaca no jogo frente à Finlândia, para o Euro2020, no sábado, vai ter um desfibrilador cardíaco implantado, anunciou esta quinta-feira a federação dinamarquesa (DBU).

“Após diversos exames ao coração realizados a Christian, foi decidido que deveria usar um desfibrilador subcutâneo“, conhecido pela sigla DAI (desfibrilador automático implantado), informou a DBU, em comunicado.

A DBU explica ainda que tal dispositivo “é necessário após um enfarte por causa dos distúrbios no ritmo cardíaco”.

A recomendação partiu do médico da seleção, Morten Boesen, que esteve em contacto com o especialista de cardiologia do Hospital Rigshospitalet, onde o futebolista está internado. Depois de vários exames, Boesen entende que esta é a melhor opção para Eriksen.

Eriksen, de 29 anos, que alinha nos italianos do Inter Milão, colapsou no relvado, pouco antes do intervalo do encontro entre Dinamarca e Finlândia, que viria a ser suspenso e, posteriormente, retomado, terminando com a vitória finlandesa por 1-0.

Ainda esta semana, em entrevista ao jornal espanhol As, o cardiologista Sanjay Sharma, que monitorizou Eriksen no Tottenham entre 2013 e 2020, considerou que será muito difícil o futebolista prosseguir com a sua carreira.

“É provável que os médicos estejam a aconselhá-lo a não competir”, disse ainda o especialista, realçando que Eriksen ainda pode ser treinador, embaixador, comentador ou até estar envolvido com a seleção dinamarquesa.

“Provavelmente ele ainda está a assimilar tudo e ainda não se deu conta de como será daqui em diante. Mas sem dúvida que onde ele joga agora, no Inter Milão, será muito difícil continuar a jogar depois do que aconteceu”, disse Sharma.

[sc name=”assina” by=”ZAP” source=”Lusa” ]


Comentários

Um comentário a “Christian Eriksen vai ter um desfibrilador cardíaco interno”

  1. Não vi as imagens, tenho pouca apetência pela morbidez, apenas li, mas não tive grandes dúvidas que o moço dinamarquês foi apanhado por taquicardia ventricular, provavelmente, no ventrículo esquerdo, fenómeno que se popularizou como “morte súbita”. Não vejo como poderá voltar a jogar, profissionalmente, E teve muita sorte o moço, os deuses estavam com ele naquele momento: relvado seco – ao contrário de Feher – assistência imediata e um diagnóstico pré formado e a aplicação imediata do desfibrilador. Se tudo correr normalmente, fará uma vida normal, correr, saltar, jogar à bola, devendo apenas evitar choques físicos violentos na zona do implante. Teve sorte, se a crise tivesse acontecido em casa, por exemplo, provavelmente estaria morto. E o médico dizer que esteve morto durante breves segundos, é uma afirmação que só a emoção justifica.

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