Uma Alemanha impiedosa ao atrevimento da Hungria rendeu hoje um empate a duas bolas, selando a qualificação germânica para os ‘oitavos’ do Euro2020 e a despedida dos magiares no quarto e último lugar do Grupo F.
Numa noite de chuva diluviana no Allianz Arena, em Munique, 12.413 espetadores testemunharam a superação do conjunto de Budapeste, que chegou a liderar duas vezes o marcador, com golos de Ádám Szalai, aos 11 minutos, e András Schäfer, aos 68.
Kai Havertz igualou momentaneamente as contas para os alemães, aos 66, e o recém-entrado Leon Goretzka confirmou o adeus do ‘outsider’ do ‘grupo da morte’, aos 84, inviabilizando uma ‘vingança’ à medida do ‘milagre de Berna’, 67 anos depois da vitória germânica no Mundial 54 (3-2), na que fora a última partida oficial entre as duas seleções.
A Alemanha, tricampeã europeia em 1972, 1980 e 1996, apurou-se no segundo lugar do Grupo F, com quatro pontos, os mesmos de Portugal, terceiro colocado, que empatou à mesma hora com a França (2-2), líder isolada, tendo a Hungria sido eliminada, com dois.
Inoperância atacante
A coisa esteve tremida. A Alemanha recebeu a Hungria em Munique, mas esteve a maior parte do tempo a perder, primeiro por 1-0, depois por 2-1.
Os alemães mostraram uma pálida versão da equipa que bateu Portugal com quatro golos, sentiu dificuldade para criar lances de golo, apesar do domínio amplo, e só aos 84 minutos fugiram à eliminação, terminando em segundo lugar no Grupo F, o de Portugal.
Grande surpresa em Munique, com a Hungria a adiantar-se aos 11 minutos por Ádám Szalai, num belo golpe de cabeça, e a deixar os comandados de Joachim Löw em sarilhos.
Os alemães dominaram por completo a posse de bola, terminando a primeira metade com 71%, mas ainda assim permitiram que os magiares fizessem quatro remates, dois enquadrados, contra oito dos germânicos (também dois à baliza). Os da casa fizeram todos os seus disparos na área contrária, onde realizaram 13 acções.
No segundo tempo a Alemanha partiu para cima da Hungria, mas sem grande convicção e, acima de tudo, sem espaços, e acabou por empatar num lance em que Péter Gulácsi andou aos papéis e Kai Havertz aproveitou para marcar de cabeça.
Só que no lance seguinte os húngaros voltaram a marcar num rápido contra-ataque, por András Schäfer. A eliminação pairou sobre os alemães, mas o recém-entrado Léon Goretzka acabou com o sofrimento germânico, à “lei da bomba”.
Melhor em Campo
Num jogo em que o apuramento da Alemanha esteve em perigo e esta precisava de atacar, acaba por ser estranho o MVP ser um defesa-central, mas foi Mats Hummel a registar o melhor GoalPoint Rating, um excelente 8.5.
O jogador do Dortmund foi um dos mais rematadores, com quatro disparos, acertou uma vez no ferro, fez uma assistência, criou uma ocasião flagrante e somou um passe de ruptura, além de ter registado o máximo de acções com bola (135).
Esteve imperial pelo ar, com sete duelos aéreos ganhos em oito, e ainda fez cinco intercepções e ficou o máximo de passes certos (110).
Destaques da Alemanha
Toni Kroos 6.9 – O “pés de veludo” acertou 91 passes em 100 (95% de eficácia), 14 de 15 longos, somou 124 acções com bola e quatro passes para finalização.
Joshua Kimmich 6.7 – O ala-direito fez três passes para finalização, dois de ruptura e foi um dos que mais desestabilizou a defesa húngara.
Destaques da Hungria
Ádám Nagy 6.6 – O médio-defensivo teve muito trabalho, com nove recuperações de posse, três desarmes e cinco intercepções…
András Schäfer 5.9 – … e formou uma excelente dupla com o parceiro de sector, Schäfer, autor de um golo e um passe para finalização.
Resumo
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