O França-Suíça dos oitavos-de-final do Euro 2020, onde os gauleses acabaram eliminados, deixou um trauma à equipa de Didier Deschamps. E há até quem peça a repetição do encontro, considerando que o guarda-redes suíço não cumpriu as regras aquando do penálti falhado por Mbappé.
A França vive ainda o trauma da eliminação precoce do Euro 2020 depois de ter caído aos pés da Suíça nos oitavos-de-final. Os gauleses continuam a mexer na ferida, com críticas ao seleccionador Didier Deschamps e até às instalações escolhidas pela Federação Francesa de Futebol (FFF) para albergar a equipa.
Contudo, também há quem aponte o dedo ao árbitro. E há uma petição com mais de 200 mil assinaturas a pedir a repetição do jogo, algo que é altamente improvável.
Essa petição apela à “anulação da qualificação da Suíça” e à “repetição do jogo”, como nota a RTL Sport, com os signatários a alegarem que o guarda-redes da Suíça, Yann Sommer, não estava na linha de golo quando Kylian Mbappé apontou e falhou o penálti que acabou por eliminar a França.
“O desporto deve jogar-se dentro das regras e as regras não foram respeitadas“, destacam ainda.
Aquando do Euro 2016, depois da derrota com Portugal na final, já tinha surgido uma petição de franceses a pedirem a repetição do jogo por causa das más condições.
Lembram-se da “Mão da Gália”?
Entretanto, na plataforma Les Lignes Bougent, há diversas petições para todos os gostos em torno do França-Suíça, desde os defensores da repetição do desafio a uma que quer “Expulsar a França da UEFA”.
Esta petição alega que o guardião gaulês, Huggo Lloris, “não estava na linha de golo no penálti assinalado em pleno jogo” com a Suíça.
Assim, “a França ridiculariza-se a tentar encontrar uma desculpa” para a eliminação, destacam os autores desta petição que perguntam ainda se o jogo foi repetido “quando Thierry Henry passou a bola com a mão contra a Irlanda”.
Em causa está um lance de um jogo de 2009, da qualificação para o Mundial 2010, que ficou conhecido como a “Mão da Gália”. Nessa altura, Henry, ex-internacional francês, ajeitou a bola com a mão antes de a passar a William Gallas que marcou o golo que qualificou a França para o Mundial, eliminando a Irlanda.
“Eles acham-se os reis do mundo” e estão “tão cegos pela sua arrogância que não podem aceitar” a eliminação do Euro 2020, defendem os autores da petição “Expulsar a França da UEFA”.
Entretanto, quanto ao lance de Sommer e Mbappé no França-Suíça, há imagens que circulam nas redes sociais que parecem indicar que o guarda-redes estava adiantado na altura do remate. Mas são imagens falsas.
Na verdade, Sommer tinha o pé sobre a linha de golo aquando do remate de Mbappé, como mandam as regras. De resto, o golo foi validado pelo VAR na altura do jogo. Portanto, o desafio nunca poderia ser repetido.
https://twitter.com/Footballdayy2/status/1410544344306753544
O site francês 20minutes lembra que “uma nova regra, em vigor desde 2019, estipula que o guarda-redes deve ter, pelo menos, um pé sobre a linha no momento em que a bola é chutada”. Antes, os guarda-redes tinham que manter os dois pés sobre a linha de golo.
“O pé pode estar em contacto direto com a linha, mas também simplesmente estar acima dela”, conforme explica o International Football Association Board, a entidade que define as regras do jogo, citado pelo 20minutes.
[sc name=”assina” by=”Susana Valente, ZAP”]
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