Abel: “Hoje é o maior e amanhã é porcaria”

Abel Ferreira é treinador do Palmeiras.

Abel Ferreira ficou contente com a vitória do Palmeiras mas não gostou do relvado: “Deveria ser proibido jogar aqui”. Proposta do Fenerbahçe foi rejeitada.

O Palmeiras voltou a ganhar no campeonato brasileiro. Neste domingo a equipa paulista levou a melhor sobre o Sport por 1-0, num jogo em que o Palmeiras teve dois adversários em campo: o Sport e o relvado.

As queixas foram partilhadas por Abel Ferreira, depois do triunfo na Ilha do Retiro: “Acho que o resultado é fabuloso porque jogámos contra dois adversários: primeiro o Sport e segundo o relvado. Eu já falei do relvado no início do jogo, não vou me alongar mais. Deveria ser proibido jogar futebol aqui“.

“Acima de tudo, quero dar os parabéns aos jogadores pelo sacrifício e pela qualidade de jogo que tivemos em muitos momentos, sobretudo na primeira parte. Sabíamos que ia ser extremamente difícil. Vai ser um jogo que vai ter impacto no futuro. O Danilo Barbosa jogou 15 ou 20 minutos e estava com dores incríveis no tendão. Isso mostra bem o desgaste que este campo provoca nos jogadores”, lamentou Abel.

O treinador do Palmeiras lembrou palavras recentes do selecionador nacional brasileiro, Tite, que se queixou do estado dos relvados de alguns dos estádios que estão a receber os jogos da Copa América, que decorre no Brasil: “Volto a dizer: Tite, estou contigo. Se queremos melhorar ainda mais o futebol brasileiro, temos de melhorar as condições de onde queremos jogar”.

O Palmeiras tem 19 pontos, divide o segundo lugar com o Atlético Paranaense (de António Oliveira) e está a apenas dois pontos do líder Bragantino. Mas ainda é cedo para pensar no título brasileiro: “Vocês, jornalistas, aqui são 8 ou 80. Hoje é o maior e amanhã é porcaria. Nós, não. Sabemos o que queremos e o que temos de fazer. É muito cedo. É uma maratona, só quero olhar para a tabela de classificação no último jogo”.

2,5 milhões recusados

Abel Ferreira não fugiu do assunto que preencheu os últimos dias: a tentativa do Fenerbahçe, que queria contar com os serviços do técnico. “Não foi uma sondagem, foi uma oferta: pagavam-me 2,5 milhões de euros para sair do Palmeiras”, revelou o treinador, que explicou porque recusou a oferta turca.

“Tenho trabalho para fazer no Palmeiras. Já disse que o Palmeiras é um estilo de vida. Enquanto me sentir bem aqui, vou continuar. Já disse que, quando for problema, deixo de ser problema no dia seguinte. Quando sentir que sou um problema, da mesma forma que recusei estas ofertas para sair, saio pelos meus próprios pés“, acrescentou Abel.

[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]


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