Este sábado, o Benfica entrou com o pé direito na Liga Bwin, com uma vitória por 2-1 em casa do Moreirense.
O jogo começou bem, com as “águias” a mostrarem-se sólidas e com energia e criatividade no ataque, bons lances ofensivos e dois golos, por Lucas Veríssimo e Luca Waldschmidt.
O tento cónego ainda antes do intervalo, por Rafael Martins, deixou o jogo em aberto para a segunda parte, e mais aberto ficou quando Diogo Gonçalves teve uma entrada imprudente e foi expulso, lançando a incerteza até final.
Os “encarnados” souberam sofrer até final e arrecadaram os três pontos.
Jogo interessante até à expulsão
Excelente entrada do Benfica, a controlar o meio-campo e as investidas cónegas. Cedo as “águias” marcaram, aos nove minutos, por Lucas Veríssimo, e aos 19, por Luca Waldschmidt.
Os visitantes eram donos da bola, como demonstram os 72% de posse ao intervalo, mas também das principais acções ofensivas, com mais remates e acções com bola na área contrária, e muitos jogadores a surgirem em velocidade e em trocas de posição, criando dificuldades à defesa dos da casa. Contudo, à passagem da meia-hora, Rafael Martins passou Odysseas Vlachodimos e reduziu, reentrando o Moreirense no jogo. O resultado ao descanso era reflexo das ocasiões que ambas as equipas haviam criado.
A expulsão de Diogo Gonçalves ainda antes da hora de jogo, por entrada dura sobre Abdu Conté, estragou os planos do Benfica para a segunda parte. Ainda que, a espaços, tenha conseguido controlar os acontecimentos, a verdade é que o Moreirense tomou conta do jogo, teve mais bola e foi a equipa mais perigosa. As “águias” recuaram, tentaram apostar no contra-ataque, mas este raramente saiu em condições, mesmo com Rafa Silva ao lado de Gonçalo Ramos na frente. Uma etapa complementar muito abaixo da primeira metade em termos de qualidade, com muitas faltas, alguma dureza e pouco futebol.
O MVP GoalPoint
Grande jogo do central brasileiro, em todos os momentos. Logo no arranque, Lucas Veríssimo marcou um golo, e depois foi sempre o mais esclarecido no sector mais recuado dos “encarnados”, assumindo a responsabilidade de comandar os seus colegas, dando o exemplo com uma entrega irrepreensível.
Melhor em campo com um GoalPoint Rating de 7.3, somou dez acções defensivas, com destaque para três intercepções e quatro alívios.
Os ratings do Moreirense:
Rafael Martins 6.1 – O Benfica jogou com três centrais, mas a velocidade e capacidade de movimentação do atacante brasileiro causaram grandes problemas. E foi assim que fugiu à defesa contrária e surgiu isolado para fazer o golo da sua equipa.
Mateus Pasinato 6.0 – Nos melhores períodos do Benfica foi o guardião brasileiro a evitar que os cónegos chegassem ao intervalo com uma desvantagem difícil de recuperar. Ao todo fez quatro defesas, todas a remates na sua grande área, uma com a ponta dos dedos a desviar um remate de Gonçalo Ramos com selo de golo para a barra.
Yan Matheus 6.0 – O brasileiro é um criativo por excelência, mas entregou-se à luta sem medo, somando seis acções defensivas no meio-campo benfiquista (máximo do jogo), três desarmes e três bloqueios de passe. Na frente foi dele a assistência para o golo de Rafael Martins.
Abdoulaye Ba 5.8 – Inteligente na leitura dos lances benfiquistas, o central apostou no passe longo (oito completos em 16), fez quatro desarmes e dez recuperações de posse.
Os ratings do Benfica:
Luca Waldschmidt 7.2 – Estava a ser o melhor em campo quando saiu ainda antes da hora de jogo, devido à expulsão de Diogo Gonçalves. Fez um golo em dois remates (ambos enquadrados), falhou apenas um de 22 passes e a sua movimentação complicou a vida à defesa da casa.
Nicolás Otamendi 6.1 – Capitão das “águias” nesta partida, o argentino não vacilou, mostrando uma entrega ao jogo à prova de crítica. Jogador com mais acções com bola (95), completou 91% dos passes e somou quatro intercepções, máximo da partida.
Gil Dias 6.1 – Sem deslumbrar, também não comprometeu. Gil Dias fez três intercepções e completou duas de três tentativas de drible.
Soualiho Meïté 5.8 – Após ter “aterrado” há pouco tempo em Portugal, a sua estreia não foi nada má. Excelente no posicionamento, recuou para junto dos centrais sempre que necessário, esteve bem nos duelos individuais e no passe. Ao todo fez 49 entregas e teve sucesso em 47 (96%), numa delas, longa, criou uma ocasião flagrante para Gonçalo Ramos. Mostrou as características que as estatísticas da época passada faziam antever (link).
Jan Vertonghen 5.6 – Mal batido no lance que originou o golo cónego, o belga foi o pior dos centrais benfiquistas, tendo falhado seis passes de risco, máximo da partida. Pelo lado positivo as dez recuperações de posse e os quatro duelos aéreos defensivos ganhos (100%).
Adel Taarabt 5.5 – Esforçado, somou seis acções defensivas e quatro recuperações de posse e destacou-se no drible, com quatro completos em quatro tentados. Mas no último terço não foi efectivo no passe.
Odysseas Vlachodimos 5.4 – No lance do golo do Moreirense foi ludibriado por Rafael Martins. Ao todo somou duas defesas, uma delas de grande qualidade.
Gilberto 5.3 – Entrou para o lugar de Diogo Gonçalves, numa altura em que era preciso defender. Em 34 minutos somou cinco acções defensivas.
Everton “Cebolinha” 5.3 – Tirando o lance que conduziu e acabou no golo de Waldschmidt (num de três passes ofensivas valiosos), passou praticamente ao lado do jogo.
Gonçalo Ramos 5.2 – A qualidade está lá e não engana. Contudo, desta feita esteve perdulário no ataque, tendo desperdiçado três ocasiões flagrantes (numa delas a “culpa” foi de Pasinato). Foi o mais rematador do jogo, com quatro disparos, três enquadrados, assinou o máximo de acções com bola na área contrária (8) e dos 11 duelos aéreos ofensivos, ganhou quatro. Lutou muito.
Julian Weigl 5.2 – Entrou para defender e colocar um pouco de critério no meio-campo. Nos 34 minutos em que esteve em campo não o conseguiu fazer, terminando mesmo com cinco passes falhados em 16 (69% de acerto), algo pouco habitual no alemão.
Resumo:
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