Os próximos cinco bebés a sair da Academia? Rúben Amorim já escolheu

Após uma época em que se sagrou campeão nacional, 19 anos depois do último título, com uma aposta bem sucedida nos jovens da Academia de Alcochete, o Sporting prepara a próxima “fornada” de jogadores da formação para a equipa A — e Rúben Amorim já escolheu os cinco “bebés” em que vai apostar.

Ainda antes de se ter sagrado campeão nacional, Rúben Amorim era já uma aposta ganha pelo presidente Frederico Varandas, fruto de um investimento bem sucedido em jovens da Academia de Alcochete, lançados na equipa principal pelo técnico contratado ao Braga.

Em cerca de ano e meio ao comando da equipa leonina, Rúben Amorim fez apostas certeiras em cinco jovens que marcaram presença regular na equipa principal e deram um contributo importante para o título nacional alcançado no fim da época passada: Nuno Mendes, Gonçalo Inácio, Tiago Tomás, Matheus Nunes, Daniel Bragança.

Destes, Nuno Mendes e Gonçalo Inácio impuseram-se mesmo como titulares indiscutíveis, enquanto Matheus Nunes e Tiago Tomás foram frequentemente usados, quer no onze inicial, quer como suplentes utilizados. Daniel Bragança foi, por seu turno, alternativa regular ao internacional João Mário, agora no Benfica.

Num plantel muito jovem temperado com a experência do guarda-redes Adán, do capitão Coates e do central marroquino Feddal, o técnico do Sporting apostou ainda em outros jovens da Academia, como o extremo Jovane Cabral — que esta época parece ter ganho a titularidade — e o regressado João Palhinha, peça fulcral do meio-campo da equipa.

Virada a página da época de regresso ao título, o Sporting fez no defeso contratações cirúrgicas — João Virgínia para substituir Max, Ricardo Esgaio e Rúben Vinagre para reforçar as alas (e prevenir uma eventual saída de Nuno Mendes, que viria a acontecer), e Manuel Ugarte para colmatar a saída de João Mário.

Findo o período de transferências, Rúben Amorim viu quase totalmente satisfeito o seu principal objectivo: não perder nenhuma das peças chave da equipa. Saiu apenas Nuno Mendes, numa venda milionária em que o Sporting ainda recebe em troca o internacional-A espanhol Pablo Sarabia. Ficaram Palhinha, Pedro Gonçalves e Matheus Nunes.

Para uma época que se adivinha desgastante para o campeão nacional, com presença garantida em quatro competições — entre as quais a sempre exigente Champions League — os reforços cirúrgicos da equipa parecem, ainda assim, ser escassos e deixar o plantel demasiado curto.

Que cartas tem o Sporting na manga?

A resposta à aparente escassez de alternativas no plantel leonino é fácil de adivinhar. As escolas de formação dos “três grandes” são habitualmente pródigas em fabricar talento, e para um técnico que não hesita em lançar bebés às feras, apostando seriamente até na sua titularidade, esse talento é campo fértil de recrutamento.

Portanto, a Academia de Alcochete, uma vez mais. E segundo a edição deste sábado do jornal A Bola, Rúben Amorim já identificou os próximos cinco jovens talentos em que vai apostar, que vão ter presença regular nos trabalhos da equipa A — e eventualmente espreitar minutos ou até titularidade.

Dario Essugo é o primeiro desses jovens. O jovem médio foi mesmo chamado à equipa principal na época passada, numa noite de lágrimas em Alvalade, tendo-se tornado campeão nacional com apenas 16 anos. Poderá ser alternativa a Palhinha e Ugarte no meio-campo.

O lateral direito Gonçalo Esteves, contratado ao FC Porto no defeso, será outra das apostas de Rúben Amorim. Com 17 anos, joga numa posição em que enfrenta concorrência forte: Pedro Porro e Ricardo Esgaio. Mas a saída de Nuno Mendes poderá puxar Esgaio para a esquerda nas ausências de Vinagre, e abrir espaço para o talentoso lateral.

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O guarda-redes brasileiro Diego Callai é outra das apostas de Amorim que A Bola chama à capa este sábado. Com 17 anos, tem Adán e João Virgínia à frente, mas poderá ganhar o lugar a André Paulo como terceiro guarda-redes da equipa.

Tiago Ferreira é o mais “velho” nas apostas de Amorim. Com 19 anos, o extremo está em Alvalade desde 2010, e a saída por empréstimo de Gonzalo Plata poderá este ano abrir-lhe a porta a espreitar minutos na equipa A.

Finalmente, Flávio Nazinho. Aos 18 anos, o lateral esquerdo é uma das apostas mais promissoras da formação de Alvalade. A saída de Nuno Mendes abriu-lhe espaço para ser alternativa a Rúben Vinagre, Mateus Reis, eventualmente Esgaio — um espaço curto, aparentemente.

Mas foi precisamente nesta posição que este ano se fez prova de que o sonho de todos os meninos em singrar no mundo do futebol por vezes se torna realidade — haja talento e força de vontade para o concretizar.

Há um ano, poucos imaginariam ver na equipa titular do campeão nacional a mão cheia de jovens que nela se impuseram. A questão que se coloca agora é se, daqui a mais um ano, campeões ou não, serão estes os bebés de Alcochete de que falaremos, ou se a academia tinha afinal outros trunfos na manga.

[sc name=”assina” by=”Armando Batista, ZAP” url=”” source=”” ]


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