Novo documentário da Netflix contará com a participação dos membros da família mais próxima, colaboradores do tempo da Ferrari e até adversários.
Os fãs do desporto automóvel terão, na próxima semana (dia 15), acesso a novas informações sobre o estado de saúde de Michael Schumacher, quando a Netflix estrear o novo documentário sobre o sete vezes campeão do mundo de Fórmula 1.
Do que já foi revelado pela produtora norte-americana, será passada em revista a carreira memorável do piloto alemão, desde que começou nos escalões mais baixos até aos dias de glória na Ferrari, mas também a vida no pós automobilismo, nomeadamente o acidente que sofreu em 2013, durante umas férias em família nos Alpes suíços, e que o deixou em estado vegetativo desde então.
Nos excertos do documentário, a mulher de Schumacher, Corinna, refere-se ao estado do piloto de forma delicada. “Toda a gente sente a falta dele, mas o Michael ainda está cá, diferente, mas está.”
Apesar de as informações sobre o estado de saúde do antigo piloto alemão serem escassas — a família tem lutado para preservar a sua privacidade e dignidade —, Corina disse ainda que o marido lhe mostra o quão forte é “todos os dias”.
“Nós estamos juntos. Vivemos juntos em casa. Fazemos terapia. Fazemos tudo o que podemos para que o Michael se sinta melhor e garantir que ele está confortável. Também para que ele possa simplesmente sentir a nossa família, os nossos laços. Independentemente de tudo, farei o que estiver ao meu alcance. Todos faremos. Estamos a tentar continuar enquanto família, da maneira que o Michael gostaria e ainda gosta. Estamos a seguir em frente com as nossas vidas.”
Corinna fala ainda sobre as 19 temporadas que o marido competiu na Fórmula 1 sem grandes acidentes para registo, à exceção do sofrido no Grande Prémio do Reino Unido, em 1999, em que partiu uma perna.
“Conseguimos sair sempre das corridas de forma segura. Por isso é que sempre acreditei que ele tivesse alguns anjos da guarda que o mantinham debaixo de olho. Não sei se é uma espécie de parede protetora que se constrói à nossa volta ou se somos simplesmente inocentes, mas nunca me ocorreu que alguma coisa lhe pudesse acontecer.”
Para além de Corinna, outros membros da família Schumacher estão presentes no documentário, como o pai do antigo piloto, Rolf Schumacher, o seu irmão Ralf Schumacher, e os seus filhos Mick — atualmente também a competir na sua época de estreia pela Haas no campeonato mundial de Fórmula 1, e Gina. Mick é precisamente o autor de alguma das frases mais emocionantes do documentário.
“Depois do acidente, aqueles momentos em família com o meu pai deixaram de existir. Do meu ponto de vista isso é muito injusto”, lamenta Mick, atualmente com 22 anos — 14 à data do acidente. “Teríamos tanta coisa para conversar. Se fosse possível seria magnífico. Daria tudo para que isso acontecesse.”
O documentário conta ainda com a participação de outras estrelas da modalidade rainha do automobilismo como Sebastian Vettel, Mika Hakkinen, Damon Hill e David Coulthard. O primeiro tem sido, de resto, o grande mentor de Mick Schumacher nos seus primeiros passos na Fórmula 1. Jean Todt, atual diretor da Federação Internacional do Automóvel, chefe de equipa da Ferrari nos tempos de Schumacher e amigo da família, também dá o seu depoimento no documentário.
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