Falhas na comunicação com os outros árbitros e confusão numa suposta expulsão, após 13 cartões amarelos: um jogo que Cordero Vega não vai esquecer.
Radamel Falcao estreou-se neste sábado pelo Rayo Vallecano e já terá reunido uma série de aplausos entre os adeptos da sua nova equipa: entrou a 20 minutos do fim, contra o Getafe, e ainda conseguiu marcar um golo.
Num jogo com dois portugueses ex-Benfica em campo (Bebé titular no Rayo e Florentino Luís no relvado em toda a segunda parte, pelo Getafe), Trejo marcou o primeiro golo numa grande penalidade. Pathé Ciss dobrou a vantagem do Rayo Vallecano e Falcao estabeleceu o 3-0 final.
No entanto, o maior protagonista neste jogo não foi, nem Falcao, nem Bebé, nem Florentino, nem qualquer futebolista. Foi o árbitro.
Cordero Vega estabeleceu um recorde na Liga espanhola: 15 minutos de compensação. Seis minutos acrescentados na primeira parte, nove na segunda.
A lesão de Jakub Jankto, ainda nos primeiros minutos do encontro, contribuiu para este número mas o que interrompeu várias vezes este jogo foi…a comunicação entre os elementos da equipa de arbitragem. O dispositivo tecnológico falhou várias vezes, o que originou diversas interrupções do jogo.
Numa das paragens, já na segunda parte, o jornal Marca até indicou que “a continuar assim, vão ser concedidos 20 minutos de compensação”.
Além disso, o jogo ficou marcado por paragens constantes, também criadas pelo árbitro, mas não por causa da tecnologia – Cordero Vega estava repetidamente a intervir na partida, a falar com os jogadores, a parar o ritmo do jogo. Assinalou ainda 36 faltas e mostrou o cartão amarelo 13 vezes (o primeiro foi a Bebé, logo aos seis minutos), num duelo que não foi propriamente “rasgadinho”.
No meio de tantos amarelos, novo episódio insólito: aos 92 minutos, Pathé Ciss foi expulso, mas continuou a jogar. Porque o árbitro, ao exibir o amarelo ao jogador do Rayo Vallecano, pensou que já era a segunda vez que o fazia. “Cordero Vega já nem sabe a quem mostrou o cartão“, voltou a «atacar» o jornal Marca.
Quando se apercebeu da falha, o árbitro pediu desculpa a Ciss, retirou o vermelho e o jogador permaneceu no relvado.
Pelo meio, duas grandes penalidades – uma a abrir e outra a fechar o jogo. E, na segunda, que viria a ser desperdiçada pelo Getafe, foi muito difícil ver qualquer falta através das repetições televisivas.
O Rayo ganhou pela segunda vez nesta época e está a meio da classificação. O Getafe é último classificado: cinco jogos, cinco derrotas.
[sc name=”assina” by=”Nuno Teixeira, ZAP” ]
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