O médico que salvou Christian Eriksen diz que o futebolista teve sorte. Os medicamentos para o coração “só duram dois meses” e, por acaso, o que Morten Boesen tinha na mala era novo.
O mundo do futebol susteve a respiração ao ver o Dinamarca-Finlândia na fase de grupos do Euro2020. O encontro foi interrompido ao minuto 43 depois do médio Christian Eriksen ter caído inanimado do relvado.
O jogador do Inter Milão, de 29 anos, recebeu assistência médica no campo, tendo sido efetuadas tentativas de reanimação. Depois, o futebolista recuperou a consciência e foi transportado para o hospital.
Morten Boesen, médico da seleção dinamarquesa, confirmou numa conferência de imprensa que Christian Eriksen esteve mesmo em paragem cardíaca, tendo o jogador sido reanimado com um desfribilador.
Apesar de todo o infortúnio, a situação de Eriksen poderia ter sido bem pior, admite o próprio médico da seleção dinamarquesa.
“Os medicamentos cardíacos apenas duram dois meses. Por sorte, o que estava na minha mala era novo, tinha-o comprado para o Europeu e fiquei muito feliz por isso”, disse Boesen no webinar organizado pela Liga de Clubes de Futebol Profissional, citado pela Tribuna Expresso.
Boesen elogiou “os protocolos e procedimentos” então em vigor durante o Campeonato da Europa, mas mostrou-se preocupado com a situação em campeonatos de divisões inferiores, por exemplo.
“A questão é onde colocamos o standard para ser utilizado. Com o que temos agora, especialmente sobre paragens cardiorrespiratórias, penso que estamos preparados. Se for seguido, está tudo bem”, disse o médico, acrescentando que Eriksen “teve sorte” por estar “num estádio que estava preparado e tinha tudo organizado”.
“Se episódios destes acontecem a nível amador ou em divisões inferiores”, um médico tem de estar preparado, sublinhou o dinamarquês.
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